Sexta-feira

Sexta-feira, em casa, os amigos com as/os respectivos, o meu computador, a ouvir opera, eu sozinho, a janela aberta, a luz pouca dos candeeiros, sede constante, vontade de fumar e não ter cigarros, vontade de beber e não ter que beber, vontade de estar e não te ter, chorar e rir de seguida com a minha condição. Resta-me ir dormir. Excelente programa de sexta-feira…

E porque é sexta feira

Boa Sorte
(Vanessa da Mata ft. Ben Harper)

Die Walküre

Em Londres, já em Outubro, Placido Domingo é Siegmund, Bryn Terfel é Wotan e Lisa Gasteen é Brunnhilde a Valquiria. Melhor não conheço. Só para vos manter informados dos meus próximos passos. Aceita-se companhia que não a da TAP... Sky, Mel baza?

Pensava ser indiferente a publicidade, mas este é o primeiro efeito da redução da easyjet até 3f. Damn... potenciado não sei porquê, acaba de chegar outro, a Takeoff alicia-me a ir com ela às Maldivas. I can´t get no Satisfaction!

(P)BCP

Paulo Teixeira Pinto sai e ganha o Conselho de Supervisão de Jardim Gonçalves. Não consigo dissociar este Conselho de Supervisão daquele orgão criado (e extinto) à imagem do Dr. Álvaro Cunhal no PCP.

«Não meças o amor pelo tempo que dura;
Ontem amei-te mais nessa hora tão ligeira,
Senti maior prazer, gozei maior ventura,
Do que se ao pé de ti passasse a vida inteira.

Deixa que esta paixão termine com o dia,
Efémera recém nascida à madrugada,
E que ao cair do sol, nessa hora de poesia,
Deixou pender no chão a fronte desfolhada.

Fiquemos sempre assim, um ao outro ignorados
Nestas vagas regiões duma paixão nascente.
Sigamos cada um caminhos separados;
Com uma hora de amor e alma é já contente.»

Júlio Dinis

Já exercia fascinio sobre mim, mas desde que a vi no Klute, passou a figurar como uma das favoritas. Não sei se repararam, mas há aí um filme com ela, Jane "Barbarella" Fonda está de volta. O filme parece que não é mau, e ela continua linda!

Às moscas

Nos meses de Verão, em especial Agosto, a cidade de Lisboa pára. Até aqui não há novidade. Mas se Lisboa pára, então Lisboa vive em essência para os lisboetas. Qualquer grande cidade europeia vive para si e para os de fora de si. No dia em que Lisboa começar a ter produtos, que possamos oferecer a quem nos visita e a quem fica, certamente teremos bastante a ganhar, em termos de visibilidade, notoriedade e financeiramente. São Carlos é o que é, porque não sai de si mesmo, nem do snobismo de meia duzia de árvores petrificadas que ali têm lugar cativo. Mesmo na Gulbenkian, excepção ao Jazz, o marasmo instala-se. O CCB oferece meia dúzia de espectáculos light, mais carnavalescos que interessantes. As outras salas ... enfim, o deserto.

Punch and Judy

Há esta personagem insuportável, no minimo extraordinário face ao tamanho que ocupa, de no meu entender, cheio de boas intenções, mas tudo o que faz é uma facada nas costas (nas dele mesmas). Alguém explica o que foi fazer ao MNAA? Ainda por cima, coadjuvado pela directora cessante em tão triste acto, e se dúvidas houvesse para o acto de demissão da senhora, ficou provado que a ministra as teve e bem!

Série "Músicas que arrepiam" XX

Summertime
(Amália Rodrigues)
.

Ler Death in Venice de Thomas Mann

Ver Death in Venice de Luchino Visconti

Ouvir Death in Venice de Benjamin Britten

De passagem abrem-se três caminhos, cada um composto pelo trabalho destes 3 génios.

Somos tão bonzinhos e até, às vezes, fechamos olhos, um bocadinho só...

«Partidos multados em mais de cem mil euros por irregularidades nas contas
O Tribunal Constitucional (TC) divulgou um acórdão relativo à campanha eleitoral para as legislativas de 2005 que determina a aplicação de coimas aos partidos políticos num valor total de 115.781,9 euros, por irregularidades na apresentação das contas.»
in Público

Ainda há quem nos ganhe em escandalo

Antigo braço-direito de Lula da Silva processado por corrupção
O ex-ministro da Presidência do Brasil José Dirceu, considerado o homem mais poderoso dos primeiros dois anos de governo de Lula da Silva, vai ser processado pelos escândalos de corrupção denunciados em 2005, anunciou o Supremo Tribunal Federal.
in Público online.

Fim da invencibilidade Leonina fora de casa

Num jogo de gigantes de força igual, o Sporting perde no Dragão. Antes do jogo pediu-se coragem à arbitragem, o resultado foi após um corte de Polga, Stojkovic agarrar a bola com as mãos. Erro estúpido e imperdoável, do guarda redes leão ou do árbitro (?), fica o resultado após a marcação de um livre indirecto por Raúl Meireles, potente e sem defesa possível.

O acto terrorista em Portugal:a invasão de um campo de milho

Ainda há uns minutos atrás vi e ouvi um jovem, muito provavelmente, desocupado e que me parecia líder de uma qualquer associação que esteve envolvida no ATAQUE TERRORISTA ao campo de milho transgénico, tudo isto na SIC Noticias.
Não lhe tenho muito para dizer, mas apenas três coisas:
1. Que leia a Constituição Portuguesa, no seu artigo 2º diz e passo a citar «A República Portuguesa é um ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, e no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e na interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia». In Constituição Portuguesa, versão de 1997;
2. Não se queira substituir à ASAE, não é por ela não fiscalizar que nos compete, a cada um de nós, passar a fiscalizar. Temos antes obrigação de exigir que se fiscalize. Abrimos um perigoso precedente!!! Duhhhhhhhhhhhhhhh
3. Que arranje uma ocupação e por que não na agricultura;
4. Corte o cabelo.

Orgulho!

Nélson Évora venceu a medalha de ouro no triplo salto nos Mundiais de Atletismo que decorrem em Osaka (Japão), conseguindo um espectacular recorde nacional na terceira tentativa (17,74 m).

Por sugestão da Moura e porque o Morgado Louro chegou ontem dos Açores, aqui fica a banda sonora para o dia de hoje

Votar no que é nosso!

Vanessa Fernandes foi nomeada para melhor atleta do mundo pela Women's Sports Foundation. O prémio será entregue em Nova Iorque no próximo dia 15 de Outubro. As votações prosseguem até 31 de Agosto no site oficial, Women Sports Foundation, organização que seleccionou, com base nos resultados desportivos conseguidos entre 1 de Agosto de 2006 e 31 de Julho de 2007, as atletas com melhores performances em todo o mundo.

Música de intervenção...

Simple Song of Freedom
Bobby Darin
(escrita em 1970)

.

"Come and sing a simple song of freedom
Sing it like you've never sung before
Let it fill the air, tell the people everywhere
That we, the people here don't want a war.
Hey there mister black man can you hear me?
I don't want your diamonds or your game
I just want to be, someone known to you as me
And I will bet my life you want the same.
Seven hundred million are you listening?
Most of what you've heard is made of lies
But speaking one to one, ain't it everbodys sun
To wake up in the morning when we rise.
Brother Yevtoshenko are you busy?
If not won't you drop a friend a line?
And tell me if the man, who is playing up your land
has got a warmachine upon his mind
No doubt some folks enjoy battle
Like presidents, primeministers and kings
So let us build them shelves, where they can fight amongst themselves
And leave the people be who likes to sing!!"

Ouvi, por ai, dizer que era o Senhor copy/paste?

Conspirações

Não sou de intrigas nem de conspirações, mas há quem:

«CDU suspeita de fábrica de enchidos».

in Público 22 de Agosto

Lisboa em Agosto

Chegado o Verão lá vêm os milhares de textos sobre Lisboa em Agosto, uns que adoram e outros que detestam. Este ano, na sua maioria, tenho lido textos de gente que não gosta de Lisboa em Agosto. Ora porque perde alma e identidade, ora porque não tem a confusão que a caracteriza, ora porque não há filas nos restaurantes e bares da moda e putos a chorar e a gritar baba e ranho nas filas dos supermercados.

Felizmente, foram todos para a praia. Albufeira, Armação de Pêra é deixa-los ir.
Lisboa em Agosto é do melhor, não tem gente e devia ser assim todo o ano. Felizmente há praia e campo…

O Português adora todo o tipo de carros que têm luzes que piscam no tejadilho

O meu carro ficou, no fim-de-semana sem bateria, mas ainda sem saber se de facto era a bateria avariada ou não decidi chamar o reboque do seguro para levar o carro à oficina mais perto de casa e resolver o problema.
Combinei com os senhores do reboque à hora X à porta de casa para levarem o carro. Quando entrei na rua já lá estavam e, tal como manda a lei, com as luzes em cima do tejadilho ligadas e a piscar. O que dava o ar de haver problema. Alguém tinha feito alguma coisa. Havia um problema na rua que era preciso resolver. Uma coisa grave, talvez.
Desço a rua normal mas curioso pelo facto de à medida que descia a rua havia, cada vez mais, gente a parar e a ficar a olhar para o reboque. Gente, pura e simplesmente, a ver o que se estava a passar. Cada um que passava na rua parava ao lado do reboque e olhava para o meu carro e para o reboque com olhar muito cientifico.
Aquela gente que por ali se foi juntando, ao reboque e ao meu carro, entrou em delirio e em êxtase quando tive de abrir o capot do carro para testar a bateria. Aí, ai povo, foi ao delírio. Era vê-los a olhar para o motor, todos eles com olhar de entendidos e de credenciados mecânicos.
Mas a melhor parte foi quando algum deles se lembrou de dar uma opinião, a contrariar o que o senhor, muito diligente, do reboque estava a fazer.
Mas o maior espantoso ainda está para vir. Felizmente, com a ajuda do senhor do reboque percebi que, à primeira vista, o problema era mesmo da bateria. O carro pegou, não tendo sido necessário colocar o carro no reboque e as luzes do tejadilho foram de imediato desligadas. E foi ai que o povo começou de imediato a debandar.
Portanto, o que os mantinha ligados à situação eram de facto as luzes a piscar no tejadilho do reboque, pois mal foram desligadas as pessoas começaram a desaparecer.
A ligação dos portugueses às luzes a piscar nos tejadilhos é muito forte…
E já agora o problema no caro era mesmo da bateria e já anda novamente, felizmente.

O descanso eleitoral

Desde finais de 2002 que o país está quase, a toda a hora, “decorado” com outdoors de campanhas eleitorais. Foi a campanha a seguir à demissão de Guterres e que fez eleger Durão, foi a demissão de Santana e a campanha que fez eleger Sócrates. Pelo meio ainda tivemos uma campanha para as autarquias, uma campanha do aborto e umas eleições intercalares para a Câmara de Lisboa.
Hoje o país pode descansar de ver milhares de caras gente desconhecida, feia, com ar ridículo a quererem parecer simpáticas e a ”explodirem” de boas intenções. São outdoors aos milhares. Não há rua, rotunda, travessa, páteo ou beco que não tenha um outdoor com uma frase que transpira felicidade e esperança e a cara de um qualquer desconhecido que tem a esperança que alguém acredite nele.
Felizmente esses tempos por agora estão mais sossegados. O pais está mais livre de tanta confusão e Lisboa está, de facto, mais limpa e segura. Deixamos de ter medo de acordar e olhar para algumas caras que nos aborrecem apenas por existirem.
Foi ontem, a passar pela Praça de Espanha, em Lisboa, que me apercebi desta realidade. Habituado a ver esta praça a ser alvo de uma furiosa competição de outdoors ontem esta linda!
Era possível olhar de uma ponta à outra sem esbarrar com um Zé qualquer ou um António da vida. Mas foi sol de pouca dura. Esta felicidade tinha de ser interrompida por um outdoor isolado. Adivinhem de quem é? Bloco de Esquerda. Tinha de ser.
Estes gajos têm de ser assim tão irritantes e desagradáveis. Francamente…

Everything is gone from me but the certainty of your goodness

"Dearest,
.
I feel certain I am going mad again. I feel we can’t go through another of these terrible times again and I shan’t recover this time. I begin to hear voices and can’t concentrate. So I’m doing what seems to be the best thing to do. You have given me the greatest possible happiness. You have been in every way all that anyone could be. I know that I’m spoiling your life and without me you could work, and you will, I know. You see, I can’t even write this properly. What I want to say is that I owe all the happiness of my life to you. You have been entirely patient with me. And incredibly good. Everything is gone from me but the certainty of your goodness. I can’t go on spoiling your life any longer. I don’t think two people could have been happier than we have been."

Virginia Woolf

Ilusão

"Quando a uma árvore são cortados os ramos da copa, vão-lhe nascendo mais perto da raiz novos rebentos. Do mesmo modo, também as almas que ao despontar adoecem e quase fenecem regressam frequentemente à primavera dos sentimentos, à apreensiva infãncia onde tudo começa, como se aí pudessem encontrar novas esperanças e reatar o fio condutor da vida que antes fora quebrado. Os rebentos que brotaram perto das raízes anseiam por uma rápida ascensão, mas tudo não passa de uma ilusão, pois nunca a partir deles se voltará a desenvolver uma verdadeira árvore."

Hermann Hesse, in 'Hans'

Banda sonora para hoje

Sanvean (I am your shadow)
by Dead Can Dance

Sporting em Grande (4-1)

A conquista da Taça ao Porto, grande exibição frente à Académica, belo início de campeonato e uma campanha de Marketing impressionante (http://www.sporting.pt/Servicos/Gamebox/Gameboxvideo.asp).

Copy cat

É esmagador o efeito Ronaldo em certas camadas sociais, hoje no ferry, viajei com uma banda filarmónica de sósias do nº7 do Manchester. Os óculos airforce lente única e o cabelo curto com crista num revival punk contido, multiplica-se como cogumelos.

...mas era assim que o queríamos ver!

Pedro, estamos à espera do próximo post...

Hoje acordei mais ou menos assim...

WIKEDpedia

O mais extraordinário na nova notícia que envolve o governo de Sócrates, é a ingenuidade se quisermos, de existir sequer uma página, editável por qualquer um, do primeiro ministro de Portugal, na web. Espanta, para quem está habituado aos corredores de São Bento, o palavreado ser contido. Subtilmente, a imagem passada, é excelente. Do melhor é a "passagem "briefly" pela universidade".

Burguês

Quase 90 anos depois da Revolução Bolchevique, "Burguês" ainda é um insulto, ou se quisermos, um atributo negativo. Louçã refere-se a VPV assim, é isto que tem para nos dar em pleno século XXI.

A luta de classes é passado. O proletariado usa colarinho branco, inverteram-se os papeis. Não vejo algum partido político apelar ou explorar esta questão, ou, com o qual, a camada 25-35 anos se identifique inteiramente. Um eleitorado tradicional de direita, quando confrontado com certas situações de precariedade, condições salariais..., encosta-se e recorre à esquerda vermelha, ainda dominante, nas comissões de trabalhadores de grandes estruturas empresariais. Esta realidade existe e está presente, um pouco a pairar no ar, intocável.

E o Torga

Essa erva das serranias... onde pára?

Elvis

Elvis morreu em 16 de Agosto de 1977. Guardo dele duas memórias boas, a pequena revolução que lançou a partir do pélvis e o concerto no Hawai.

O seu famoso pélvis, fez a América puritana inventar planos televisivos do pior, o homem aparecia a dançar e apenas viamos o tronco para cima, dizem, demasiado lascivo, provocador, sexualmente perturbador.

O Hawai dizem também, aparece numa fase decadente, eu acho o contrário, basta Suspicious Minds para calar o mundo. Vénia.

A fotografia deve ser do tempo em que tudo começou, Elvis foi a Menphis para gravar um disco, a mãe fazia anos e ele só queria oferecer-lhe uma música.

Os caminhos da Modernidade

«Freiras da Ilha Terceira passam a fazer hóstias à máquina»
in Público, 16 de Agosto de 2007

Segundo o Público de hoje as irmãs do Mosteiro da Senhora das Mercês, na Terceira, passaram a produzir hóstias com a ajuda de máquinas, quando até então as produziam manualmente.
Fabricam semanalmente mais de 60 mil hóstias e segundo a irmão Verónica “com a ajuda das máquinas novas o processo é mais rápido e menos cansativo”.
A modernidade não pára e não conhece limites, mas pergunto já alguém se queixou da qualidade das hóstias?

David Mourão-Ferreira

E por vezes as noites duram meses

E por vezes os meses oceanos

E por vezes os braços que apertamos

nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses

o que a noite nos fez em muitos anos

E por vezes fingimos que lembramos

E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos

só o sarro das noites não dos meses

lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos

E por vezes por vezes ah por vezes

num segundo se envolam tantos anos.

Rufus Wainwright

É uma boa notícia. Sei que não tem muitos adeptos em Portugal ainda, pertence ao grupo de cantores dificeis. É um óptimo escritor de canções, tem uma voz porreira e em substância, é um performer. Gosta de transfigurar-se em palco e fá-lo bem. Há pouco tempo recriou algo impossível, o espectáculo histórico que Judy Garland cantou no Carnegy Hall, ele, qual ela, repetiu, e quem já ouviu Somewhere Over the Rainbow sabe do que falo. Antes já tinha havido Cigarettes and Chocolate, muitos encontros com Leonard Cohen nas terras frias do Canadá, algumas músicas dele e outras canções muito boas. O ano passado junto com Devendra Banhart, foi dos novatos que Antony foi buscar para colaborar, aliás, anulou-se e deu-lhe uma canção inteira no seu disco, afinal, parecem feitos da mesma matéria. Eu sou dos que gosto bastante de Rufus. Na primeira fila, até lá. Em Novembro e esqueci-me o dia.

Domingo

Praia perto de casa, poucas pessoas e o melhor parque de diversões natural, o declive formado com a maré cheia gera as melhores ondas do mês. Água fria e o tempo obscuro e intermitente, ajudam a manter afastado os poucos resistentes. A euforia ainda foi ajudada pela vitória do Sporting sobre o Fêcêpê, jogo fraco, golaço do novato Ismailov, a provar o seu lugar no grupo, e um guarda-redes a revelar precisar de um melhor controle hormonal, manter-se no seu lugar e não sair tanto da área. Para pregar sustos, bastava o Ricardo coração hoje espanhol.

Chuva de estrelas!, chuva de saudades

Há uns anos houve a notícia de que ia haver uma chuva de estrelas e fomos todos para a serra mais próxima, instalámos uns cobertores no chão e esperámos pacientemente, de olhos no céu, a fazer desejos uns atrás dos outros sempre que uma estrela se despegava no céu. Chuva, chuva, não foi, antes umas gotas refrescantes, que valeram bem a noite divertida, a conversa, e a emoção do que nos esperava, a ouvir os relatos fantásticos do meu pai, lembrando o fenómeno de muitos anos antes, a justificar a espera ansiosa de nova chuvada! Será que agora vai haver mesmo? Que expressão tão poética, chuva de estrelas, até julgámos que era invenção dele para nos convencer a pasmar para os astros na noite de Verão!

Vou estar de olhos no céu, desta vez não vamos acampar ao relento, sem ele já não é o mesmo entusiasmo. Como gostava de poder acreditar que ele agora vê lá de cima as estrelas a soltarem-se, que lhes dá piparotes para as mandar cair, só para não nos ver o olhar desapontado. Gostava tanto de acreditar nisso que vou ficar a olhar para o céu, a ver se o vejo, entre a chuva da minha saudade...

Um dia que DEUS estava dormindo e o Espírito Santo

andava a voar, Ele foi até a caixa dos milagres e roubou três.

Com o primeiro Ele fez com que ninguém soubesse que

Ele tinha fugido; com o segundo Ele se criou

eternamente humano e menino; e com o terceiro Ele

criou um Cristo eternamente na cruz e deixou-o pregado

na cruz que há no céu e serve de modelo às outras.

excerto do poema do Menino Jesus de Fernando Pessoa

O minha grande questão com a Igreja do Vaticano está um pouco resumida em Pessoa, Jesus cresceu e os Homens apoderaram-se da sua mensagem, que é simples e clara como as ideias de uma criança. Os Homens fizeram-no crescer, e, em vez de se moldarem à sua imagem, moldaram Jesus à sua vontade. Jesus é humano e pecador, desconhecedor de toda a verdade do mundo, tolerante e com humor, não faz exclusões.

Um dia que Deus estava dormindo e o Espirito Santo se encontrava a voar

VPV é uma figura fascinante, pelo que é e pelo que provoca. A sua lucidez não conhece partidarismos, conhece apenas a razão. É por isso que alas habituadas a bajular e citar o homem, por vezes se escondem numa pretensa timidez ou talvez apenas férias. É o caso de algumas posições políticas e agora, um magnifico artigo Jesus de Nazaré de Joseph Ratzinger. Incómodo e de olhos bem abertos.

Secret

Agarrar o jornal, reparar que Bergman e Antonioni continuam no King, e escolher o Nimas para As Cartas de Iwo Jima de Clint Eastwood. Hoje ganha o cinema Japonês.

Série "Músicas que arrepiam" XIX

Out of Africa Theme
(John Barry)

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Perfect

I know we're just like old friends

We just can't pretend

That lovers make amends

We are reasons so unreal

We can't help but feel that something has been lost

But please you know you're just like me

Next time I promise we'll be Perfect

Perfect

Perfect strangers down the line

Lovers out of time

Memories unwind

So far I still know who you are

But now I wonder who I was...

Angel, you know it's not the end

We'll always be good friends

The letters have been sent on

So please, you always were so free

You'll see, I promise we'll be

Perfect

Perfect strangers when we meet

Strangers on the street Lovers while we meet

Perfect You know this has to be

We always we're so free

We promised that we'd be

Perfect

«Perfect» by Smashing Pumpkins

Secret II

Condições épicas. Na giria Secret significa um spot surfável, com altas ondas e conhecido por poucos.

Secrets

Há spots formidáveis para a prática. Ao fundo a acompanhar o voo das aves, um bodyboarder voa sobre as águas, condições perfeitas, nota máxima.

Cry me a River

"Rasga-os na mente,

Se o souberes de cor.

Que volte ao nada o nada de um momento!"

Florbela Espanca

Quanto tempo para cicatrizar?

O Golfinho Branco reencarnava as princesas desaparecidas. Em poucos anos o Homem conseguiu dar cabo de 20 milhões de anos de existência. Viviam no rio Yang Tse na China, o maior e dos mais poluídos.

"Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas

— Das ciências, da Política, da civilização moderna!"

Pessoa

Media Madie

Talvez por ser o único que aquela hora mergulhava no mar e não por ser especialmente simpático para as criancinhas, pela madrugada um miúdo aproximou-se de mim, depois de se certificar que ali não haviam rochas e sem um minimo de atenção da minha parte, disse-me esta coisa extraordinária "aquela menina inglesa, a madie, já está desaparecida há 97 dias".

Com a idade dele eu queria era saber de peões, caricas e carrinhos de rolamentos. Perdeu-se a idade da inocência.

Breves

Ainda o MNAA... parece-me que a Dalila está a servir para muito boa gente dizer finalmente Basta! Cansou deste governo.

Lembro-me quando há uns tempos atrás o silêncio foi outro, por falta de verbas o acesso a algumas das alas foi limitado, entre elas a que exibe os paineis de São Vicente. Parece-me um pouco contraditório isto tudo. A única coisa aqui em causa é a Forma de estar e de agir (da Dalila e do Governo). A mão de Ferro da ministra não aceitar a violação das regras mais básicas de convivência entre chefias e subordinados.

«(...)Como sempre achei que as eleições de Lisboa não eram as primárias das próximas legislativas, porque sou lisboeta e porque o poder não me enoja, fiquei contente com o acordo entre Sá Fernandes e António Costa.»
Daniel Oliveira, in Expresso

O problema do acordo entre Costa e Sá Fernandes não está no acordo em si, mas na incerteza que este acordo traz para as próximas legislativas. É que Francisco Louçã anda tão bem comportado que não há quem lhe ponha a vista em cima e o histerismo juvenil de outros tempos foi trocado por um silêncio adulto e ponderado. Francisco Louçã está a fazer contas às próximas eleições legislativas e a fazer conta com a necessidade do PS precisar dos seus votos e mandatos para garantir mais uma maioria absoluta. Vejamos é se Sá Fernandes não hipoteca esse futuro. As eleições de Lisboa poderão não ter sido umas "primárias das próximas eleições legislativas" mas serão certamente um ensaio à possível coligação PS/Bloco de Esquerda.

A ver vamos se Sá Fernandes se porta bem e não estraga a vida a Francisco Louçã.

Faço votos para que estrague...

Série "Músicas que arrepiam" XVIII

Ballerina
(Leona Naess)

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I'll never feel the weight of your hands Inside mine like diamonds Lace so fine ballerina Cupcake and my earthquake Wakes me from a sleep that Never comes are you breathing Waiting for me I didn't really want you But I want you now Was so foolish of me To feel you tumbling down Into that empty room The lights went out I want to rescue want to scream out loud I didn't think I needed you But I need you now Was so empty in me To feel you crashing down Into the empty world The music stops I want to rescue want to scream out loud You will always be mine The room spins Pull you from me My body burns Tell me of the rainbows The colors that the rain throws Ballerina dance softly She knows when to come only When she's called I’m slowly coming to I didn't really want you But I need you Was so foolish of me To feel you tumbling down Into that empty room The lights went out I want to rescue want to scream out loud I didn't think I wanted you But I want you now Was so empty in me To feel you crashing down Into the empty world The music stops I want to rescue want to scream out loud You will always be mine So, so sorry Just come back for me now So, so sorry Just come back to me now oh soon I didn't think I wanted you But I want you now It was so foolish of me To feel you tumbling down Into that empty room The lights went out I want to rescue want to scream out loud I didn't think I needed you But I need you now Was so empty in me To feel you tumbling down Into the empty world The lights went out I want to rescue want to scream out loud That you will always be mine

.

Ministério da Cultura dispensa quase 900 funcionários

O Ministério da Cultura vai dispensar quase 25% dos seus 3.700 funcionários públicos, no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), avança o Diário Económico esta terça-feira.

E já começou pelo Museu Nacional de Arte Antiga!

Apagar as luzes

Exercício de pura demagogia ou não, chegou-me um e-mail que dá a notícia de um apagão a nível mundial... Aparentemente, no próximo dia 10 de Agosto, entre as 19h55 e as 20h00, é suposto a humanidade apagar todas as luzes para, e cito, "dar um alívio ao planeta".

Segundo o tal e-mail, "a proposta partiu de França. Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal. Só 5 minutos, a ver o que acontece." Se tiverem em conta os diferentes fusos horários a coisa até pode curiosa. Bom, e é um exercício que não custa nada.

Recordação

Hoje, assim que sai à rua, recordei-me das manhas em que saía, pela manha, com o meu pai para o seu trabalho. O pai cheio de papeis debaixo do braço, já cheio de preocupações e a queixar-se de que, mesmo sendo de manha, já não teria tempo para tudo o que tinha que fazer ao longo do dia.

Por pequenos momentos era esquecido perante a importância dos seus afazeres, mas isso não me incomodava, até me fazia sentir importante, mais crescido, um adulto. Esquecia-me que era criança e era igual ao pai, um crescido.

Mas a melhor parte era quando o pai me voltava a descobrir e, sem que estivesse à espera, até porque já me sentia sozinho no mundo, sentia a sua mão à procura da minha, que de tão grande que era quase me levava o braço todo…
Hoje sou eu quem lhe dá a mão.

Gostei deste poema

Cântico IV

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.

Cecília Meireles

Hoje no King

Pode-se ver (ou rever) o último filme de Bergman. Mas é só para quem está de férias porque a sessão é à meia-noite!

Assim de repente...

Directores afastados pela Ministra da Cultura desde 2005:

Instituto Português do Livro e das Bibliotecas - Rui Pereira
Instituto das Artes - Paulo Cunha e Silva
Instituto Português do Património Arquitectónico - João Belo Rodeia

Biblioteca Nacional - Diogo Pires Aurélio

Centro Cultural de Belém - Fraústo da Silva
Teatro Nacional D. Maria II - António Lagarto
Teatro Nacional de São Carlos - Paolo Pinamonti
Companhia Nacional de Bailado - Ana Pereira Caldas
Museu Nacional de Arte Antiga - Dalila Rodrigues

Contra o Excesso de "Autoritarismo"

Do prenome Que na lingua Portuguesa. Qualquer coisa é sempre Que, que, que.... nunca antes se viu tanto dominio de um vocábulo como neste momento, esqueceram-se dos anos gloriosos do De...

A perda de força da Dalila

Acho extraordinário, depois de defrontar publicamente um modelo de gestão, haver quem considere que a Dalila Rodrigues, apesar do seu indiscutivel mérito, deva continuar à frente do MNAA. Não percebe com certeza nada de gestão. Entre a Dalila e o ministério da Tutela, poderão haver todas e quaisquer guerras, discordâncias, pensamentos, abordagens e formas de agir distintas, mas, para bem das instituições que dirigem, ficarão sempre entre os orgãos decisores.

Ao declarar-se publicamente contra, está a abrir caminho a facções, grupos e vozes contrárias. Se alguém concorda com isto, enfim, nada a opôr, mas é uma atitude bem mais de guerrilha e sabotagem do que gestão que revele brio e ética profissional.

Se discorda da tutela, di-lo publicamente e pede a demissão. Repito, apesar de todo o mérito que possa ter.

Do processo

"Mas as mãos de um dos homens estavam já colocadas na garganta de K., enquanto o outro enterrava a faca bem fundo no seu coração e a fazia rodar duas vezes. Com a vista a falhar, K. ainda pôde ver os dois homens, mesmo à frente dele, face contra face, contemplando o acto final. «Tal como um cão!», disse ele; era como se esta vergonha devesse sobreviver-lhe."

Franz Kafka, in 'O Processo'

Capa do Inimigo Público brilhante! Agora ninguém esta a salvo, ela vem ai...

Prémio "Quando a estupidez não tem limites"

«A praia da Rocha está civilizada. Mas tem uma coisa que odeio, que são os Ecopontos, mas isso é mais uma bimbalhada à portuguesa.»
Paula Bobone, in 24 Horas

«A man who moralises is usually a hypocrite.»
Oscar Wilde

Love is only pain disguised as a kiss.

Já cansa...

Dalila Rodrigues, Directora do Museu Nacional de Arte Antiga, foi afastada da direcção do Museu apenas porque, segundo adianta a edição on-line do Expresso, manifestou por mais do que uma vez a sua discordância quanto ao modelo de gestão dos museus nacionais.
Segundo números do Expresso, durante a sua gestão, que teve início em Setembro de 2004, o Museu Nacional de Arte Antiga duplicou o número de visitantes. Em 2003 passaram pelo museu das Janelas Verdes 71.973, em 2006 os visitantes foram 192.452. Pela mesma ordem de comparação, antes e depois da sua direcção, as receitas da instituição passaram de 250 mil euros, em 2003, para um milhão e 109 mil euros, em 2006.
É absolutamente incompreensível este afastamento. Dalila Rodrigues é uma vencedora! Criou uma dinâmica em torno do MNAA como nunca antes se viu. Rejuvenesceu, dinamizou, mimou, valorizou, transformou, festejou a Arte Antiga e levou milhares de pessoas às Janelas Verdes. Se é autora de uma estratégia vencedora para aquele Museu, como é que a tutela explica este afastamento? Discordância de opinião quanto ao modelo de gestão. Soa a saneamento. Tristes dias se vivem para os lados da Ajuda... Fosse esta tutela tão eficaz na gestão cultural como é no afastamento de pessoas competentes, e a Cultura em Portugal estaria bem diferente...

Previsivel...

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