A transição para Portugal começou com um encontro inesperado ainda em Paris. Na comunidade estava o Pe. Alexis Prem Kumar, antigo director do Serviço de Jesuítas aos Refugiados no Afeganistão, que esteve refém pelos talibãs durante 8 meses. Aí falámos um pouco desses dias e disse-lhe que em Portugal também muita gente tinha rezado por ele. Ficou muito agradecido. Daí a ideia da selfie, como forma de agradecimento. Seguiu-se o resto das arrumações; dormir duas horas e ir para o aeroporto. No check-in a senhora estava muito agitada a chamar o supervisor. Só dizia: “Staff! Staff! Il est staff!” Não estava a perceber o que se passava, mas consideraram-me como “staff”… ;) Até que vi o cartão de embarque: executiva. Deu muito jeito, pois para económica tinha excesso de bagagem, o que deixei de ter, podendo levar até dois volumes para a cabine. Foi perfeito. Depois percebi que houve “mimos” dos amigos aviadores… o que agradeço muito, muito. Não me roguei. Sendo dia de S. Paulo, recordei a sua passagem que fala do saber viver ora quando se tem e ora quando não se tem. Lá fui ao “lounge” tomar o pequeno-almoço. Voltei ao ambiente de avião: tão bom! Houve boas conversas de galley, a recordar velhos tempos. Depois aterrei em Lisboa no cockpit: foi fechar um ciclo para começar outro com grandes vistas. Como me disse a Suzanne: “Olha, foi uma transição à grande e à francesa!” ;) Rezei em acção de graças por S. Pedro e S. Paulo… acho bonito e fortemente simbólico regressar neste dia. E como se canta na famosa música do Dino Meira: “Voltei, voltei, voltei de lá. Ainda ontem estava em França e agora já estou cá!” ;) De fundo há sensação boa, muito boa… da vontade de anunciar a Vida em abundância de Deus.
segunda-feira, 29 de junho de 2015
domingo, 28 de junho de 2015
Au revoir, Paris !
[FR] Merci Paris ! Merci a tous les nouveaux amis de Paris ! Merci pour ces deux ans de Vie dans ma vie. Dieu a travaillé beaucoup en moi dans ce temps et je pense que je l’ai aidé aussi. ;) C’est la ville de l’amour et de la lumière. Que ça continue à passer, pas seulement dans les filmes ou dans l’imaginer des gens, mais dans le cœur de chaque personne. Je suis heureux pour tout que j’ai vécu ici. Je quitte avec une marque d’une forte sensation d’action de grâces. Je continue à prier pour vous, chers amis. Je vous attends au Portugal. ;) À très, très bien tôt, j’espère ! Je vous embrasse avec tendresse !
[PT] Obrigado! É a agradecer que faz sentido terminar mais esta etapa aqui em Paris. Sou feliz pelo que aprendo e que vivo. Espero continuar a dar, como sou chamado. Portugal, até amanhã! ;)
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Vibrações, diferença e paz
[Coisas do quotidiano em Paris] Claro, esta secção não podia faltar nos últimos dias. Estava há pouco a dar um passeio quando, em plena rua, vejo uma senhora metida num grande cuenco tibetano, com outro na cabeça. Dois senhores lá tocavam nos dois cuencos para provocar vibração. A senhora quase levitava. Depois, no autocarro, vi esta senhora e este senhor a trocarem contactos. Tão diferentes no modo de vestir e unidos pela paz. O que despontou a conversa foi ele ter-se despediu-se de alguém a dizer: “Precisamos de paz na diferença!” Estando sentados em frente um do outro, a senhora deu um sorriso e disse: “Je suis d’accord!” E puseram-se a conversar. Em dia de tristeza pelos atentados, é uma pequena lufada de ar fresco ver encontros na diferença, seja a “levitar” com cuencos, seja em conversas a partir da paz. Tendo em conta o post de há pouco, hoje foi dia de UNESCO tanto na sede, como na rua.
UNESCO
Fui pela primeira vez à UNESCO no dia 27 de Novembro. Nesse dia vivi a alegria da passagem do Cante Alentejano a Património Imaterial da Humanidade. Vivi igualmente a surpresa de uma nova amizade a surgir. Voltei lá mais vezes para boas conversas de vida, de humanidade, em alegrias e tristezas, dores e esperanças, de partilha daqui e dali sobre educação, ciência e cultura, de escuta, de pensar e de sonhar. O mundo da cultura, nessa riqueza da diversidade, também me ajuda a continuar a percorrer caminhos de fé, de humildade, de respeito e de aprendizagem na escuta de outras perspectivas. Perceber a importância da cultura, da educação e da ciência, em boas reflexões, é também ir percebendo quem é o ser humano.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Dança e agradecimento
Quando termino etapas sinto sempre profundo agradecimento. É muito o que recebo. Um dos encontros importantes que levou a uma grande amizade é sem dúvida o que tive com a Diana, minha professora de dança durante este tempo de Paris. Hoje tivemos a última aula, pelo menos por cá (nunca se sabe o futuro ;) ). Foi muito o que aprendi com “mi maestra.” Este trabalho, implicando corpo, dança, movimento, foi fundamental para o caminho que faço de autenticidade comigo, com Deus e com os outros. Recordo das primeiras coisas que me disse: “o que recebi é para dar, não me interessa guardar para mim.” Deus esteve presente nas aulas, entre partilhas e respiração. Houve transição nas nossas vidas, em gestos que ganham consistência e densidade em dança que “torna visível o invisível.”
terça-feira, 23 de junho de 2015
Mudanças
As mudanças são aborrecidas. Ponto! É estranho começar a ver o quarto a ficar vazio. Recordo a primeira vez que mudei de quarto no noviciado. Não achei piada nenhuma: “Ainda há 6 meses mudei-me de Lisboa para Portimão, depois para Coimbra e agora ando a mudar outra vez!” Pois, é a nossa vida de jesuítas, em sinal de disponibilidade, de ir aprendendo a partir para onde somos enviados em missão. Já não sinto a fúria que senti no noviciado, apenas aquele lado aborrecido de encaixotar. ;) Despersonaliza-se o quarto mais uma vez. Por seu lado, a vida vai ficando mais cheia de nomes, rostos, histórias, acontecimentos. Tal como em registos de livros… muitos livros. ;)
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Mestrado em Teologia: check!
Hoje, depois de hora e meia de exame final, por um lado, à volta de uma questão teológica sobre a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo e não a cervejaria/zona de Lisboa, entenda-se ;) ), por outro, sobre o dossier final de ano que escrevi com uma dissertação teológica sobre o apanhado geral dos estudos feitos, dou por concluída esta fase de estudos. Mestrado em Teologia: check! :D Houve algumas perguntas de “chatear”. Ajudou estar calmo e tranquilo, afinal com esta idade já não estou para este tipo de chatices. O que sei, sei. O que não sei, pois não vou enrolar, não sei. Parece óbvio, mas não foi há tanto tempo quanto isso em que os exames eram momentos dramáticos desgastando-me a provar, estupidamente a mim mesmo em primeiro lugar, que era capaz, ou que sabia, ou que até era digno de ser jesuíta. Isto para mim é um grande ensinamento para as cenas dos próximos capítulos que se aproximam em que serei professor: ajudar os alunos a buscar a verdade e autenticidade de si próprios. Agora: semana de “até já”, “até logo” e, claro, encaixotar. Também faz parte!
domingo, 21 de junho de 2015
Em dia grande
Andrew Hara
Em dia grande escrevo
cada deixa de silêncio.
Após o ponto final
parágrafo
fitarei o horizonte.
Rodeado de rosas fogo
caminho de pés em terra.
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Gestos
AFP/Bülent Kiliç - Sírios a fugir do Estado Islâmico por uma abertura na fronteira com a Turquia
[Secção outros tons] Há gestos que só podem ser compreendidos por outros gestos. Não se trata de argumentos, nem de razão. Apenas deixar o corpo ser. Aí, o silêncio condensa-se de existência e percebe-se que a humanidade não pode ser maltratada por arame farpado, nem por muros que impeçam a liberdade.
After-Sun ;)
[Pausa para boa publicidade] Parece que é daqui a muito tempo, que ainda há todo um Verão para a acontecer, mas… para programar é bom saber. Ah, pois é. AFTER-SUN a chegar nos dias 4, 5 e 6 de Setembro. Um fim-de-semana onde se juntará muita gente dos 18 aos 35 anos em Cernache. Em breve aparecerá o programa detalhado… entretanto, aguça-se o apetite com o “Lado B da vida - livres para decidir”. Em caso de dúvidas, inquietações, palpitações, informações ou já o propósito firme de inscrição, favor escrever para: aftersun2015@gmail.com.
domingo, 14 de junho de 2015
Primeiras Comunhões
Diana Ringel
[Secção coisas na vida de um padre] Pela primeira vez dei a primeira comunhão a um grupo de crianças. Sorriam com “cara laroca" de contentes por este dia. No corredor, antes da Missa começar, fizemos a “onda” umas duas vezes: “Olha à ondaaaaa… ooohhh uééééé!!!” Ao vê-los, sentia-os nervosos… e, claro, apesar do nervosismo normal das coisas importantes, há que mostrar que o respeito e seriedade não têm de ser vividos a partir da rigidez, mas da alegria e presença. Foi bom ouvir-lhes as gargalhadas. Na celebração, recordei a importância de nos alimentarmos de Jesus, para depois sermos nós alimento de paz, serviço e justiça uns para os outros. Comungar é fazer e promover a união, entre cada um de nós e Jesus e entre todos nós. Por vezes há dificuldades, por imensas questões de personalidades, histórias pessoais, etc., no entanto, o caminho é deixarmo-nos ir conhecendo e amando, por nós mesmos e por Ele. Se há esse alimento de fé, sabemos que essa semente vai crescendo noite e dia… e se é bem cuidada, dará muito fruto.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Coração
Mel Kevin Jumangit
[Secção outros tons] Embelezam o coração de cores várias. Desenham-no em piedade entre o sofrimento e a alegria. Apenas fala de misericórdia, com a suavidade dos que sabem tocar a liberdade de amar. No ritmo constante, variando-se em sístoles e diástoles, o sangue nutre o movimento de erguer o olhar e a palavra: a tua fé salvou-te. Dias depois, no silêncio, vendo a cabeça tombada, aperceberam-se que a vida entrega-se. “Fazei isto, por todos, em memória de mim!”, ecoa, recordando esse amor de entranhas.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Impedir um assalto
Nicole Cambré
[Coisas do quotidiano em Paris, que não gosto e não quero que se repitam] Infelizmente é do quotidiano. Ontem impedi que um assalto tivesse um final feliz para o assaltante. Após o toque de fecho de portas do metro, um miúdo dá um puxão e rouba um telemóvel de uma senhora. Rapidamente forço as portas, não deixando que se fechem e vou a correr em direcção ao miúdo que fugiu para o lado sem saída. Aproximei-me dele… sentia-se o nervosismo. [Entretanto o maquinista do metro sai também] A primeira coisa que lhe disse: “O que ganhas com isto? Alguma coisa!” Fugia-lhe o olhar e abanava a cabeça em não. Notava-se que ainda queria fugir, mas não conseguia. Voltei a perguntar o mesmo e pedi-lhe o telefone. Deu-o à senhora que aproximou-se. A senhora perguntou-lhe a idade. Não percebi se respondeu 16 ou 17, mas era por aí. O maquinista perguntou se queríamos chamar a polícia. Perguntei à senhora e ela disse que não. O miúdo sentou-se no banco. Antes do metro começar a andar, olhei-lhe nos olhos e de forma vincada disse-lhe: “Desta vez tiveste sorte, muita sorte. Pensa no que queres fazer na vida. Não te ponhas a roubar para provares nada a ninguém!” Entrei no metro e seguimos. Ele ficou sentado. Duas coisas: controlei-me para não lhe dar um par de estalos. Sinceramente, mais do que por ter roubado, por estar a fazer aquilo com aquela idade, claramente para provar algo a alguém. Depois, tirando uma ou outra pessoa que saiu do metro para assistir à situação, mais ninguém saiu para ajudar. Isso magoou-me. Reconheço a generalização, mas o que senti ontem foi a indiferença diante do mal a acontecer ao outro e, de algum modo, o medo do que “me possa acontecer”. Pois, e se fosse comigo? Já fui assaltado há uns anos, com faca de ponta e mola e a sensação é terrível. Mas, nesta linha social, fiquei a pensar no miúdo durante bastante tempo. Enfim, o que me vale é que acredito e sei de bons exemplos que mostram que, mais do que gente diluída em manadas insensíveis, somos capazes de ser humanos, no serviço ao outro, em particular na educação.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Pátria Lusitana
Passei pela UNESCO. Sabia que estaria a bandeira portuguesa hasteada ao lado da das Nações Unidas. Vi-as a flutuar e comovi-me. Esta coisa do símbolo tem que se lhe diga. Em mistura de saudade, angústia, orgulho, nem sei. Por mais que se fale de globalização, as raízes são sempre de terra nossa. Mesmo que esteja de certo modo em caos, onde por influência de (des)valores corre-se riscos de perder identidade de língua e de gesto. Como portugueses temos garra, sim, nessa vontade de ir longe… mas, depois, há momentos que nos mirra a crise de auto-estima e ficamos presos à superficialidade do medo, do cómodo ou da eterna queixa, fazendo pouco para mudar. Em tempos o mar foi a nossa ida, hoje parece-me ser o infinito do Céu, sem esquecer a força da pátria, nesse amor Luso que nos faz acolher. Já o escreveu Fernando Pessoa: “Deus ao mar o perigo e o abismo deu, / Mas nele é que espelhou o céu.”
terça-feira, 9 de junho de 2015
Categorias? Rostos e nomes
Marco Vernaschi
[Secção outros tons] Espera-se sempre pela categoria. O gesto firme de classificar, arrumar na prateleira ou cacifo das coisas ou pessoas. Alivia-se, para assim se amar ou odiar, sem perder tempo em tentar perceber o coração que igualmente bate, ou pulmões que inspiram o mesmo cheiro de terra molhada, de maresia, de vento. As crenças podem ser diferentes em igual fome de fruta colhida no quintal. Em resumo, não há categoria nenhuma… apenas rostos e nomes.
Os últimos dias...
Estes últimos dias foram bastantes cheios: de celebrações, encontros, conversas e defesa. No sábado abençoei o casamento de dois amigos: a Julia e o Sérgio. Conheci a Lourdes, avó da Julia, com quem ficaria horas à conversa. É daquelas pessoas cheias de sabedoria, que articulam o sorriso das histórias com as lágrimas da emoção. Como lhe disse: “Querida Lourdes, a senhora é muito bonita!” Enrubesceu e agradeceu, com a simplicidade de quem conhece a beleza da vida. Quanto aos noivos, aquela felicidade estampada no rosto. A felicidade de quem leva amizade dentro, de saber o que se está a fazer. Disse-lhes o costume, o óbvio, o evidente, mas tão importante a recordar: não exijam do outro o que ele não pode dar; amem-se, sabendo que o amor muda, tal como vocês; sejam criativos e nos momentos de cansaço, recordem a história que despertou o amor; saibam que Deus está sempre pronto a vos apoiar. Aos familiares e amigos também recordei a importância da amizade, desse suporte que há que dar aos dois enquanto casal. Isto em vésperas da defesa da tese. Foi ontem: já está! Estou muito contente. Entre considerações, perguntas e respostas, ficou a forte recomendação de não deixar este projecto de relacionar a dança e a espiritualidade, até mesmo a teologia. Afinal, é óbvio ;) que a dança pode dizer e fazer despertar muito de Deus em cada um de nós. Parece-me que há muito estereótipo a combater… sobre a dança e sobre Deus. :) Agora, começar a preparar o exame final.
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Acessórios para telefone
[Coisas do quotidiano em Paris] Estava com amigos. Uma amiga de uma amiga começa a falar ao telefone. De repente, toda a gente a olhar. De facto, há acessórios e... há "A"cessórios para o telefone. “Isto merece uma foto!”, pensei. “Queres experimentar?” Pronto”s”, saiu uma “sélfe”. Salientar que este telefone, para além de todo o sucesso em cada momento, já fez um televisivo. A A. é advogada e um dia, numa audiência importante com direito a televisão, foi apanhada num directo por ter este telefone cravejado de brilhantes rosa choque. Haja criatividade e animação. :)
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Nova Missão
Teresa Lamas Serra - Topo da Capela do Colégio das Caldinhas, com rastos de avião.
De algum modo, passado, presente e futuro numa foto.
Estou muito contente! :D O Provincial confia-me uma nova missão: de Paris seguirei para o Colégio das Caldinhas, em Santo Tirso. Quando recebi a carta senti grande consolação, como se as entranhas sorrissem neste dar de mim a que sou chamado. Será um dar com escuta do que também irei receber. É um dar que tem o suporte de toda a formação, humana, espiritual, académica, profissional, que recebi até agora. São novos desafios que se avizinham, pessoas novas a conhecer e a acolher. Volto para um colégio. Tenho muito a aprender, reconhecendo a aprendizagem feita no Colégio Imaculada Conceição, em Cernache, que tanto me ajudou na descoberta do mundo da educação. É tempo de agradecer a Deus pelo futuro que aí vem. Estou muito contente! :D
terça-feira, 2 de junho de 2015
"Não acredito em Deus"
Alexey Trofimov
Tive uma conversa que me deixou a pensar. “Paulo, há muito que busco acreditar em Deus. Já passei por várias fases, entre a revolta, a queixa e a total indiferença. Cheguei ao ponto do mais óbvio: assumir que não tenho fé em Deus. Do que me apercebo, nunca tive.” Dizer que é alguém que busca a autenticidade de si mesmo e que de ignorância tem muito pouco. Normalmente, sai-me logo aquele desejo de provar, de mostrar os vários níveis de fé, etc. Mas, não… daquela vez sentia nas entranhas que deveria estar em silêncio. Não me apetecia nada estar com respostas argumentativas a provar a fé. De todo o corpo saía silêncio para escutar a verdade daquela pessoa. Nesse silêncio, o meu pensamento acelerava-se: se há o mistério da fé, também há o mistério do não acreditar. Eu vivo o contrário, acho que nunca “não acreditei” e digo-o com liberdade, por já ter passado por muitos momentos de dúvidas que terminaram sempre com a profunda sensação de presença de Deus na minha vida. Não sei se tenho muita ou pouca, não vai de quantidades, apenas sei que sou um homem de fé. É verdade que a pessoa ficou surpreendida com o meu silêncio. Parece que se espera que um “homem de Deus” esteja sempre a provar a existência divina. Naquele momento, percebi que o que podia dar era a minha escuta e amizade. Pediu-me para voltar a conversar.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Em dia da criança...
Amy Hildebrand
[Escrito há um ano, mas mantém a mesma vida] Crianças, que nós adultos sejamos capazes de vos libertar de toda a escravidão, dando-vos a possibilidade de crescerem aos vossos ritmos. Crianças, que nós adultos permitamos que os vossos trabalhos sejam sempre de descoberta e de gozo, nunca vos cortando o sonho e a imaginação. Crianças, que nós adultos sejamos sempre motivadores da vossa existência, da vossa educação e do vosso sorriso, sendo cada um de nós amparo nas vossas quedas. Crianças, façam-nos recordar a criatividade que permite encontrar uma nova personagem em cada objecto ou nuvem e que todos somos convidados a brincar “infinitos”.
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