sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Piada de final de sexta-feira - As Botas

Num infantário a educadora está a ajudar um menino a calçar as botas.

Ela faz força, faz força, e parece impossível; as botas entram muito

apertadas.

Ao fim de algum tempo, e a muito custo, uma bota já entrou e a outra já

está quase.

Nisto diz o miúdo:

- As botas estão trocadas!

A educadora pára, respira fundo, vê que o rapaz tem razão e começa a

tirar-lhe as botas novamente.

Mais uma dose de esforço e depois ela torna a tentar colocar-lhe as

botas, desta vez nos pés certos.

Ao fim de muito tempo e muito esforço, ela lá é bem sucedida e diz:

- Bolas… estava a ver que não… custou…

- Sabe é que estas botas não são minhas!

A educadora fecha os olhos, respira fundo e lá começa a descalçar o

rapaz novamente.

Quando finalmente consegue, diz ao miúdo:

- OK! De quem é que são estas botas, então?

- São do meu irmão! A minha mãe obrigou-me a trazê-las!

A educadora fica em estado de choque, pulsação acelerada, vai respirando

fundo, decide não dizer nada e começa novamente a calçar o rapaz.

Mais uma série de tempo e finalmente consegue.

No fim diz-lhe:

- Pronto, as botas já estão! Onde é que tens as luvas?

- Pus nas botas!

Sexta-feira

Podiam ter conversado por mail

Em Davos concluiram que a crise exige soluções não convencionais.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Nós por cá às Moscas...



"A 18 heures, mercredi 28 janvier, 17 500 réservations avaient déjà été effectuées pour la visite nocturne de l'exposition "Picasso et les maîtres", au Grand Palais. Devant l'affluence (700 000 visiteurs depuis l'inauguration le 8 octobre 2008), les organisateurs ont décidé une ouverture ininterrompue du vendredi 30 janvier, à 9 heures, au lundi 2 février, à 20 heures,qui verra la clôture de l'exposition. Ils attendent 55 000 personnes, dont 36 000 visiteurs du soir. La moitié des places de nuit, soit 18 000, peuvent être réservées sur trois sites Internets : Ticket.net, qui affiche complet, Fnac.com et Digitick.com où il reste des places respectivement pour les tranches de 3 h 30 à 4 h 30, et de 3 heures à 4 heures, pour la seule nuit de dimanche. 18 000 autres places sont disponibles aux guichets du Grand Palais, sans réservation."

Le Monde.fr 29.01.2008

Declaração de Sócrates ao país


Podemos tirar uma conclusão da declaração de Sócrates ao país sobre o caso Freeport: dá imenso jeito mudar de Procurador Gerl da República!
De repente, tudo se torna mais previsivel...





Olho para Portugal, olha para o seu passado, vejo quem foi passando pelo poder e concluo: tristeza, desilusão, falta de ambição, interesse pessoal ou corporativo.

É triste, mas nas últimas três décadas Portugal não soube criar um herói. O que faz com este seja , cada vez mais, um país muito mal frequentado...

Mudar de casa, não há coisa pior

terça-feira, 27 de janeiro de 2009


Há uns 2 anos, superficialmente e à distância, achava piada (e recomendava) a este gajo. Acontece que hoje, não. Parece que em Portugal, além da inveja, é comum, haver casos de perda fugaz de inteligência, atingindo até os céus, imagine-se. Imagine-se ainda que o futebol, é de natureza gay!

Este rapaz, que nasceu velho e assim vai morrer, acha ainda "Verdade que o futebol sempre serviu para isto: para que os homens pudessem expressar as suas pulsões homossexuais sem sentimento de culpa. Só assim é possível explicar a paixão masculina por rapazes de calções curtos, a correrem pelo campo e, em caso de golo, a abraçarem-se e a acariciarem-se com os seus corpos suados.". Isto é extraordinário. Será esta a sua visão de um jogo de futebol? A mim, parece-me, uma confissão pública, da sua homossexualidade. Vivemos tempos conturbados e as pessoas já não sabem o que dizem. Honestamente, não percebo a irritação que o Cristiano Ronaldo causa, para alguns irem buscar, tudo menos o essencial, o CR7 joga muito e bem e o ano passado limpou mais títulos do que qualquer outro jogador alguma vez o fez, e... infelizmente, nasceu numa terra, onde os seus confrades, insistem, geração após geração, a linchar os melhores.

País de Poetas



Eclipse
(fotografado na Indonésia)

Portugal é um país promiscuo. Não percebo bem onde começou toda esta azáfama sexual pelo poder, afinal, a presença do clero sempre foi muito forte e estava tudo muito bem distribuido, depois a outra senhora e depois encalhámos no 25 de Abril e nas liberdades alcançadas. Elas foram tantas, que se esqueceram, que nada resiste sem o minimo de restrições. É a libertinagem à solta. O meio empresarial, político, jurídico, do futebol, todos comungam das mesmas caras. Onde acaba um e começa outro é um gozo, não é a Olivia patroa nem a costureira, é aquele fartote, de ver por exemplo, o Eng. Sócrates aqui como PM e aqui + 1 sec como Secretário Geral. Depois da multiplicação da raça com o mulato, surge a dualidade da personalidade. somos um país de poetas!

PASTELARIA

Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte nem a câmara escura

Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio

Afinal o que importa não é ser novo e galante
- ele há tanta maneira de compor uma estante

Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos
frente ao precipício
e cair verticalmente no vício

Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola

Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come

Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!

Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora – ah, lá fora! – rir
de tudo

No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra

Mário Cesariny

Um Voo até ao Prado! Genial!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Vêm aí os novos heróis

Incrível como passam despercebidas as notícias do suicídio de alguns grandes empresários mundiais que viram as suas empresas falir e os milhares de empregados que viviam da actividades dessas empresas ficar no desemprego. Assim de repente, não consigo dizer de memória o nome de nenhum, embora saiba que pelo menos um deles era alemão. Também me lembro vagamente de um empresário francês que, há cerca de um ano, pôs fim à vida com o desgosto de ver que os novo s donos da sua fábrica a tinham desmantelado, deslocalizado o que sobrou e posto na rua os empregados que com ele tinham erguido a empresa.
Pelo contrário, já os bandidos, os trafulhas e os vigaristas da pior espécie, os especuladores e os ricos inúteis, têm honras de primeira página, os seus nomes passam a fazer parte das conversas, tu cá, tu lá connosco e, com mais uns meses disto, serão os novos heróis, quando forem ilibados de tudo e voltarem a frequentar as festas da sociedade com o brilho da sua fortuna...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

No bom caminho...

Primeiro:
Carta da Airbus contraria versão de Mário Lino sobre contrapartidas

E depois a seguir
Caso Freeport: polícia faz buscas a tio de Sócrates e ao advogado Vasco Vieira de Almeida

Estamos pois no bom caminho... Cada vez mais promissor o futuro do país...

Lendo os outros...

It would have helped if Obama had the courage to talk about what everyone in the Middle East was talking about. No, it wasn't the US withdrawal from Iraq. They knew about that. They expected the beginning of the end of Guantanamo and the probable appointment of George Mitchell as a Middle East envoy was the least that was expected. Of course, Obama did refer to "slaughtered innocents", but these were not quite the "slaughtered innocents" the Arabs had in mind.
There was the phone call yesterday to Mahmoud Abbas. Maybe Obama thinks he's the leader of the Palestinians, but as every Arab knows, except perhaps Mr Abbas, he is the leader of a ghost government, a near-corpse only kept alive with the blood transfusion of international support and the "full partnership" Obama has apparently offered him, whatever "full" means. And it was no surprise to anyone that Obama also made the obligatory call to the Israelis.
But for the people of the Middle East, the absence of the word "Gaza" – indeed, the word "Israel" as well – was the dark shadow over Obama's inaugural address. Didn't he care? Was he frightened? Did Obama's young speech-writer not realise that talking about black rights – why a black man's father might not have been served in a restaurant 60 years ago – would concentrate Arab minds on the fate of a people who gained the vote only three years ago but were then punished because they voted for the wrong people? It wasn't a question of the elephant in the china shop. It was the sheer amount of corpses heaped up on the floor of the china shop.
Sure, it's easy to be cynical. Arab rhetoric has something in common with Obama's clichés: "hard work and honesty, courage and fair play ... loyalty and patriotism". But however much distance the new President put between himself and the vicious regime he was replacing, 9/11 still hung like a cloud over New York. We had to remember "the firefighter's courage to storm a stairway filled with smoke". Indeed, for Arabs, the "our nation is at war against a far-reaching network of violence and hatred" was pure Bush; the one reference to "terror", the old Bush and Israeli fear word, was a worrying sign that the new White House still hasn't got the message. Hence we had Obama, apparently talking about Islamist groups such as the Taliban who were "slaughtering innocents" but who "cannot outlast us". As for those in the speech who are corrupt and who "silence dissent", presumably intended to be the Iranian government, most Arabs would associate this habit with President Hosni Mubarak of Egypt (who also, of course, received a phone call from Obama yesterday), King Abdullah of Saudi Arabia and a host of other autocrats and head-choppers who are supposed to be America's friends in the Middle East.
Hanan Ashrawi got it right. The changes in the Middle East – justice for the Palestinians, security for the Palestinians as well as for the Israelis, an end to the illegal building of settlements for Jews and Jews only on Arab land, an end to all violence, not just the Arab variety – had to be "immediate" she said, at once. But if the gentle George Mitchell's appointment was meant to answer this demand, the inaugural speech, a real "B-minus" in the Middle East, did not.
The friendly message to Muslims, "a new way forward, based on mutual interest and mutual respect", simply did not address the pictures of the Gaza bloodbath at which the world has been staring in outrage. Yes, the Arabs and many other Muslim nations, and, of course, most of the world, can rejoice that the awful Bush has gone. So, too, Guantanamo. But will Bush's torturers and Rumsfeld's torturers be punished? Or quietly promoted to a job where they don't have to use water and cloths, and listen to men screaming?
Sure, give the man a chance. Maybe George Mitchell will talk to Hamas – he's just the man to try – but what will the old failures such as Denis Ross have to say, and Rahm Emanuel and, indeed, Robert Gates and Hillary Clinton? More a sermon than an Obama inaugural, even the Palestinians in Damascus spotted the absence of those two words: Palestine and Israel. So hot to touch they were, and on a freezing Washington day, Obama wasn't even wearing gloves.
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Robert Fisk in The Independent

Demagogia ou "a arte de conduzir o povo"

"O Presidente norte-americano decidiu “apertar o cinto” a Washington. Numa das suas primeiras medidas enquanto chefe de Estado, Obama anunciou o congelamento dos salários de alguns membros seniores da Casa Branca e decidiu apertar as regras em relação ao trabalho de antigos “lobbyistas” que trabalham para o governo.“Durante este período de emergência económica, as famílias estão a apertar os cintos e Washington devia fazer a mesma coisa”, disse Obama ao dar as boas-vindas aos seus colaboradores da Casa Branca, um dia depois de ter tomado posse."

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

God Bless You



Quase aos 36, percebi que era altura de ter o meu estúdio, decidi ir morar sozinho. Como bom filho, vou visitando a casa do pai. Mais desporto, mais futebol e surf. Dá-lhe Obama!

Lendo os outros...

"(...) Tratando-se de um liberal modernaço, aplica-se na linguagem à qual não podia faltar o jargão: «deve ser agregado um cluster para a velocidade, criando a possibilidade de se fazer uma parte da produção em Portugal, transferindo tecnologia para o nosso país e gerando emprego.» É tão original, este ersatz do eng.º Ângelo e do dr. Manuel Pinho. A falta que nos têm andado a fazer pessoas como Passos e "clusters" como os que germinam da cabeça "jovem" de Passos. Como é que ele ainda não tomou posse?"
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(E agora que o Obama já tomou posse e o Mundo é um sítio muito melhor) Madonna e a nova campanha da Louis Vuitton...

Para ver AQUI

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ensinamento Obama

O bom político é aquele que consegue vender sonhos e vender esperança.
Perante o que temos hoje na vida política nacional e internacional, Obama foi o único que conseguiu ter essa visão e que a conseguiu concretizar. Vendeu sonhos e esperança e as pessoas compraram.
Vejamos como vai ser o resto...

Processo de intenções

Se me voltam a dizer que hoje somos todos americanos eu juro que vomito!

Foto de família


Tomada de posse de Obama

Pensamento de George W. Bush na tomada de posse de Obama: "Been there done that!"

Dressed to be President!


The Mosquito Net


Uma das peças mais conhecidas da Casa Branca!
John Singer Sargent (1912).

"Yes we can" day

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Azul Comum

O que o Pedro não sabia quando escolheu esta imagem…

Que faz anos (quase 20) que me pediram para transportar até Portugal, umas borboletas raríssimas numa viagem mirabolante e inesquecível que me ligou para sempre ao MNHN…

Que anos depois organizei na velhinha estufa do Jardim Botânico, um projecto que dava pelo nome de “Metamorfoses do Corpo”, tinha a ver com borboletas e foi dos projectos mais bonitos em que participei…

Que curiosamente, a primeira exposição onde trabalhei à séria... imagine-se tinha o titulo – “Os Insectões”!

E que hoje quando recebi o convite, recebi também no correio electrónico um pedido de oração que me recordou muito o filme – Blue Butterfly…

Por tudo isto não resisti ao o.insecto nem à Borboleta e a partir de agora assino Azul Comum!

Mais um Insecto


Bem sei que o blog tem andado meio parado. Parece que andamos todos com muito trabalho. É uma razão mais do que válida. Mas O.Insecto continua a "voar" por aí. E por isso mesmo temos uma nova contratação: a Gabriela Cavaco. Bem vinda ao grupo minha amiga!

Hoje acordei mais ou menos assim...

"Well you done done me and you bet I felt it
I tried to be chill but you're so hot that I melted
I fell right through the cracks
Now I'm trying to get back
Before the cool done run out
I'll be giving it my bestest
And nothing's going to stop me but divine intervention
I reckon it's again my turn to win some or learn some

I won't hesitate no more, no more
It cannot wait, I'm yours

Well open up your mind and see like me
Open up your plans and damn you're free
Look into your heart and you'll find love love love love
Listen to the music of the moment people dance and sing
We're just one big family
And It's our God-forsaken right to be loved love loved love loved

So I won't hesitate no more, no more
It cannot wait I'm sure
There's no need to complicate
Our time is short
This is our fate, I'm yours

Scooch on over closer dear
And i will nibble your ear

I've been spending way too long checking my tongue in the mirror
And bending over backwards just to try to see it clearer
But my breath fogged up the glass
And so I drew a new face and laughed
I guess what I'm be saying is there ain't no better reason
To rid yourself of vanity and just go with the seasons
It's what we aim to do
Our name is our virtue

But I won't hesitate no more, no more
It can not wait I'm yours

Well open up your mind and see like me
Open up your plans and damn you're free
Look into your heart and you'll find that the sky is yours
Please don't, please don't, please don't
There's no need to complicate
Cause our time is short
This oh this this is out fate, I'm yours!"

Jason Mraz

Segunda-feira...

Primeiro dia depois das férias...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

E porque é sexta-feira...



Teri Ore - (Singh is Kinng)
(Katrina Kaif and Akshay Kumar)

De volta!

Depois de um mês inesquecível, estou de volta a casa. Hei-de escrever sobre tudo o que vi. Foram dias emocionantes, entre o amor e o ódio, entre a alegria e o desespero. A Índia é assim mesmo, um país de extremos. No fim, a certeza de que voltarei àquele país em breve. Desta vez deixei amigos que quero rever.
E agora ao trabalho! (A propósito, os Insectos andam muito preguiçosos... Ou o país não tem inspirado a escrita...?)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Benfica TV

Há dois logos que são presença constante no Benfica TV:



Vale mesmo a pena ter, em especial para quem adora ver, voltar a ver e voltar a ver....

Love or Hate Cristiano Ronaldo

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ensinamento: Path to liberation

«Salvation does not come from the sight of Me. It demands strenuous effort and practice. So work hard and seek your own salvation diligently.»

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Eu sei que não devia…

Mas em Portugal as coisas só funcionam se conhecermos a pessoa certa no local certo, isto quando nos referimos à Administração Pública.
Se assim não fosse eis o que me esperava: não sei quantas horas na fila à espera do meu número e teria de voltar dois dias depois, mais umas intermináveis horas a preencher impressos e a explicar a minha situação, mais outras tantas a justificar por que sou assim e não de outra maneira. Tudo isto para depois me mandarem de volta para casa porque falta a declaração X ou o impresso Y.
Evitando tudo isto um simples telefonema e a coisa ficou resolvida. Até parece o anúncio do Pingo Doce: sem cartões, sem talões e sem complicações!!!!
Obrigado amigos.

Atrasado mas...


E Bom Ano Novo para todos!!!!

Ainda 2008

Nos últimos dias do ano 2008 fui assistindo às revistas do ano 2008 que a SIC foi fazendo. Houve um que me surpreendeu bastante: a revista do ano 2008 da Justiça.
Na revista do ano 2008 Justiça fiquei com uma única sensação: a justiça portuguesa não funciona e, assim, não produz resultados. Vejamos: é o caso Vale e Azevedo que vive alegremente no Reino Unido, é o caso Fátima Felgueiras que teve pena suspensa, é o Caso Casa Pia que ainda não deu em nada e que desconfio que algum dia venha a dar, é o caso Maddie que foi arquivado, o Caso Apito Dourado que não deu em nada, o caso Apito Final que teve o mesmo desfecho e o caso Noite Branca que nada deu.
Mas podemos retirar mais uma conclusão: alguns desde casos tiverem mão de Maria José Morgado, a intitulada salvadora da justiça portuguesa, e da grande maioria dos casos em que meteu mãos a montanha pariu um rato.
Conclusão, em Portugal a Justiça continua a ser um privilégio dos pobres, porque aos ricos e poderosos nada lhes acontece (e desculpem o apontamento 24 Horas).

domingo, 4 de janeiro de 2009

E agora o Nepal...


Tenho escrito menos do que imaginei e do que gostaria. Apesar de ir tomando notas no meu caderno, que poderão servir para posteriormente escrever uma especie de memoria desta viagem, tenho notado em mim uma total ausencia de vontade para a escrita... Este é o 17 dia de viagem e estou desde ontem no Nepal. Ficaram para trás o Rajastão, Agra (e o "postal" do Taj Mahal), e Varanasi. Sou obrigado a admitir que a minha terceira viagem pela Índia tem muito menos de fascinante do que imaginei. Mas esse é talvez o perigo de se preparar demasiado as viagens. Um ano de leituras, de filmes, de conversas, de sonhos, criou cenarios que nao existem. A Índia não é um país de sonho. A Índia não é so espiritualidade. Existe bem mais do que isso e, estranhamente, das outras duas vezes isso escapou-me. Desatenção ou terei visto apenas aquilo que quis ver? Não sei. Sei apenas que este intervalo no Nepal está a revelar-se o melhor da viagem ate ao momento. Desde logo pela tranquilidade. E pela simplicidade. E pela amabilidade e hospitalidade dos nepaleses. E por não me pedirem dinheiro a cada passo que dou. E pela limpeza, coisa completamente ausente na India.

Daqui sigo para Goa. Das vezes anteriores em que ali estive senti-me em casa. Desta vez vou com necessidade de me sentir em casa. Será a recta final da viagem. E depois o regresso a Lisboa, a minha cidade-luz, a minha cidade-oxigenio, o meu porto de abrigo. Que saudades da minha casa, dos meus amigos, da minha família.
E hoje estou assim, neste limbo entre o cinzento e o azul, neste corpo de saudade e ausencia, neste intervalo entre a dor e o riso, neste conflito entre o sentir-me um viajante e um desterrado, nesta distancia entre o desconhecido e a descoberta. E depois há o pensar que devo afastar de mim os pensamentos menos felizes para viver em pleno esta experiencia de viagem. Mas há tambem a certeza de que estes periodos de longo afastamento voluntário so fazem sentido porque volto para os bracos (e abraços) dos que diariamente viajam comigo nos olhos e no coração.


(E depois existe essa breve vertigem da noite de fim de ano quando, aqui tão longe (meu Deus, aqui tão longe), encontrei e amei outro olhar, de cor diferente, de lingua diferente, de calor e toque diferentes mas de entrega tão igual. E essa presença persiste em me acompanhar agora, com uma força e uma intensidade que não podem existir nem fazem sentido. E conto os dias para a rever, nem que seja por uma ultima vez, desta vez enquanto nao existem outras vezes, do outro lado do Atlantico onde vive. E assim, separados por tantos oceanos diferentes, descubro que apenas sei amar o impossivel e que não existe para mim a paz de um amor tranquilo. )