[Secção pensamentos soltos] Estive a orientar três dias de Exercícios Espirituais. Fazer é um graça. Orientar é uma graça e uma riqueza, por ver de forma tão forte o que Deus realiza quando cada pessoa se abre à Sua luz. Permitir, em passos, pequenos ou grandes, que o Amor se vá adentrando de tal modo na vida e assim viver a plenitude do que somos: criados à Sua imagem e semelhança. Na sexta-feira de manhã, esta magnólia estava em botão. Hoje, em abertura. É o que acontece quando se deixa Deus amar todas as sombras.
domingo, 24 de fevereiro de 2019
sábado, 23 de fevereiro de 2019
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
"P. Paulo"
[Coisas na vida de um padre num Colégio]
- P. Paulo, pode entrar aqui na sala?
Muitos risos dos colegas.
- O Dinis tem algo a mostrar.
Dinis (ou Zé Tuga Produções) meio envergonhado começa a ler “Padre Paulo”. Muitas palmas no final, com o meu sorriso de orelha-a-orelha ante a criatividade artística.
domingo, 17 de fevereiro de 2019
Sombra e luz
[Secção coisas de nada] Passei por esta sombra. Achei interessante a luz, a forma e, depois, o desfocado da fotografia. Fica o registo, em subtileza de ramificações que ligam vidas desde memórias agradecidas.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
Ao sétimo dia descansou
[Secção pensamentos soltos] A primeira leitura para a Missa de hoje é a segunda parte do primeiro capítulo do Livro do Génesis. Contempla a beleza da criação do ser humano à Sua imagem e semelhança, destacando o sexto-dia como muito bom. De seguida, surge o famoso descanso do sétimo dia. Eu gosto muito destas passagens dos relatos da criação (sim, são dois e dá muito a comentar). A riqueza destes textos é imensa. Desta vez, detenho-me no sétimo dia, com o descanso divino. Deus descansa. Não para tirar uma soneca porque tem de ser. O descanso tem como propósito contemplar o vivido. Não é um acessório, é algo de essencial, fundamental. Apercebo-me de que muitas vezes é o primeiro a ser posto para canto: “não tenho tempo, logo o primeiro a cortar é no descanso”. Muitas vezes, as crianças e adolescentes, para quem o descanso é ainda mais importante, seguem o mesmo caminho. O cansaço tem efeitos muito negativos nas muitas nossas dimensões. Recordar o descanso, as horas de dormir, de contemplar beleza, de, sim, “dolce fare niente” e saborear a vida, são formas de reconhecer e agradecer o muito bem recebido. Não é ficar em atitude relaxada sempre, é dar-se tempo para que o ser recupere vida e continue a pôr os dons a render… e a criar. Fico a pensar que o Vitinho poderia voltar a recordar a hora de descanso. E à sociedade, que nem tudo vale no propósito do progresso.
Para um momento de nostalgia, aqui fica a primeira versão do “Boa noite”:
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019
Violência doméstica
Estamos a 6 de fevereiro de 2019. Nas notícias, a indignação da violência doméstica com a morte, efectiva, de mulheres. Não ponho o número que dizem, por, a meu ver, serem muitas mais mortes: de vida, de honra, de carácter, de personalidade. O coração continua a bater e os pulmões a trocar o ar. É apenas o estado de sobrevivência, entre o medo e a incompreensão. Mas, cada um de nós é chamado à Vida e não à sobrevivência. Sempre que vem a propósito, em homilias ou conferências, falo do tema da violência doméstica. No final, apercebo-me do tom de muitos “obrigada”, alguns acompanhados de lágrimas. É o agradecimento de que há voz e são recordadas desde um púlpito. Tenho consciência de que isso não chega, pois a justiça é muito branda. A vítima será sempre vítima, desprotegida, até ao momento em que morra. Aí, todos falaremos, com pena e indignação. Mas, é mesmo, já morreram totalmente. Esta realidade atravessa todos os estratos sociais, culturais e religiosos. Tanto agressor como vítima precisam de ajuda. No entanto, a vítima muito mais necessita, para além de “estou contigo” de conforto, de uma efectiva protecção. E isto é algo de toda a sociedade.
Subscrever:
Mensagens (Atom)