sábado, 30 de novembro de 2019

Agradecer [III]




[Secção “Rezar a Vida”] Agradecer. Continua a ser o verbo também para o dia de hoje, depois da apresentação mais a norte. A beleza da autenticidade nas palavras, vidas, seres da Helena e do Nuno ainda ecoam em mim... e, acredito, em quem lá esteve. São mesmo tempos de agradecer. A fé desafia... e muito!

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Agradecer [II]



João Delicado


[Secção “Rezar a Vida”] Agradecer. Continua a ser o verbo. Ainda não consigo verbalizar muito bem o final de tarde de dia 27. Foram muito bonitas e densas as palavras da Sílvia, da Ana Rita e do Henrique. Depois, sentir diante o carinho dos meus pais e a amizade de companheiros e tantos amigos. É avassalador. Há pouco, no silêncio do santuário de Fátima, agradecia e pedia a Deus para me guiar. Amanhã, dia 30, há mais na fnac do Marshopping, pelas 16h30. Que dirão Helena Teixeira da Silva e Nuno Baltazar sobre o “Rezar a Vida”? Estou muito curioso. Entretanto partilho o que o Henrique Raposo escreveu aqui.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Agradecer



[Secção letras verdes] Sendo pouco, muito pouco, no muito a agradecer, é o que de momento partilho sobre ontem.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Vésperas de dia bonito




Zeferino,scj

[Seccão pensamentos soltos com “Rezar a Vida”] Tenho vivido muito o presente. Sinto isso nas minhas orações, no meu quotidiano, por exemplo. Talvez ajude viver na Casa da Torre. Casa que aviva a beleza e a força do silêncio na sua importância em deixar-mo-nos habitar pelo Espírito. Há dias perguntavam-me se estava nervoso com a chegada do dia 27. Não. Afinal, ainda havia tanto até lá. Hoje, em vésperas de um dia bonito, a resposta é outra. Sim. É o presente a acontecer. Ainda mais quando já me começam a chegar bonitos e emocionantes comentários sobre o impacto do livro a quem o está a ler. O meu livro é aquele que toquei por primeira vez e está comigo. O “Rezar a Vida” já tem vida própria e faz caminho, atrevo-me a dizer, divino. Aproximar o amanhã, o dia 27, com a primeira apresentação, dá então o nervoso miudinho. Tenho tanto a agradecer. A caneta verde já está preparada.


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

A um mês do Natal




[Secção pensamentos soltos, especialmente por ser dia 25 de Novembro] Estamos precisamente a um mês do Natal. Daqui a dias começa o Advento, tempo bonito de preparação da vinda do Príncipe da Luz, da Paz e da Justiça. As ruas, as montras, as casas, compõem-se de luzes mais ou menos bonitas. Como muitas mulheres gostariam de sentir essas luzes, melhor, a luz nas suas vidas. A violência a que são submetidas, da velada à mais agressiva, torna este tempo ainda mais doloroso. Ainda mais. Ou seja, é vida quotidianamente marcada de dor. Temos o dia de hoje a recordar, infelizmente, essas mulheres e toda a violência que vivem. Gostaria que chegasse o dia em que felizmente estes “dias” deixassem de existir. Será o cumprimento do anúncio do Reino que o profundo sentido do Natal vem revelar: a Paz que cada ser humano é chamado a dar e a receber. Desde o respeito de que na dignidade todas e todos somos iguais, sem direito a praticar ou promover qualquer tipo de violência. Para isso, os agressores são os primeiros a necessitar de luz na sua escuridão. Mas as vítimas, as primeiras a necessitar de muito amor, compreensão e, sobretudo, justiça.

sábado, 23 de novembro de 2019

Nomes



[Secção letras verdes] Depois da beleza de mais um dia de orientação e escuta em Exercícios Espirituais.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Perda de credibilidade... ou não



Zeferino,scj

[Coisas na vida de um padre] Como perder a credibilidade… ou não? Pedro de Sousa, amigo dehoniano, convidou-me para estar à conversa com Ana Viriato, no Centro Universitário dos Dehonianos no Porto, moderados pelo Emanuel Boavista e pela Catarina. O tema: “Like, comment and share - uma fé influenciada”. Foi uma noite muito bem passada, com momentos de muito boa partilha e disposição. Entre eles, colocar um aparelho que nos impede mover os lábios e dizer alguns hashtags. Foi a gargalhada geral. As tirinhas com as frases que tínhamos de dizer eram tiradas à sorte. E eis que tinha de dizer: “hashtag a missa na minha terra é uma seca”. Maior a gargalhada. Ah, enquanto me babava imenso. De repente, nuns segundos, toda a credibilidade se vai. Ou não. Cada vez há mais pessoas a manifestar o apreço que têm aos padres que são próximos. Que “são humanos como nós”, como tantas vezes dizem. E isso, numa boa gargalhada, bom encontro, em brincadeiras que aparentemente podem tirar credibilidade, pode ser a possibilidade de exactamente o contrário: dar crédito ao Deus próximo, que também tem humor e se diverte. Sim, que chora com quem chora e que dá vida, com humor, com alegria, com abertura de espírito. É o Deus da Vida.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Boas recordações



[Coisas na vida de um padre] Chegam boas recordações de um dia feliz. A simplicidade que promove vida, desde os tempos de Madrid. Que bom!

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Boas leituras



[Secção boas leituras] Ainda não é meia-noite, mas apenas a vela acende-se diante do ícone e faço minha esta oração de Thomas Merton, presente no seu livro “Diálogos com o silêncio”.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Respirar | Dormir | Comer




[Secção coisas de corpo] Se cada vez mais pessoas começassem a respirar, a dormir e a comer melhor, todos nós ganharíamos. A respiração é básica à vida orgânica e, por seguimento, à vida plena. Aproveitar toda a capacidade pulmonar, significa maior purificação, logo maior vida.


Dormir é ganho de tempo. Durante o sono, muito acontece nas dimensões física e psicológica. Ao se dormir cada vez menos e de forma pouco “descansativa”, vai crescendo a perda de tempo bom nas relações próximas e profissionais.

Saborear a riqueza dos alimentos é permitir que assimilemos os nutrientes necessários para a reflexão. Comer de forma desequilibrada vai afectar o modo como cada qual se relaciona com o que envolve: pessoas e acontecimentos.

Respeitar o básico de se ser humano na dimensão física é sinal de perceber o todo que somos. Por isso, se cada vez mais pessoas começassem a respirar, a dormir e a comer melhor, todos nós ganharíamos em humanidade.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

antes, anterior, prévio




[Secção divagações, em tarde de sexta-feira, a ver uma fotografia antiga, de escova na mão e saco de compras atrás] Uma das coisas que tenho aprendido: diante dos acontecimentos, fazer perguntas sobre o antes, o anterior, o prévio. Não é necessário voltar o big-bang, basta ir ao génesis de cada uma das nossas vidas. Sem julgar. Apenas constatar. Muitas vezes contamos a história por blocos, como se não houvessem subtilezas intermédias que, uma após outra, levaram e levam a algo maior. Palavras, olhares, silêncios, acomodações, feitios, emoções, muitas emoções, grande parte desconhecidas ou abafadas pelo desconhecimento, abraços de pele, cumprimentos cordiais, ironias, sarcasmos, felicidade de reencontro, sons, músicas, quente de sol e frio de mar, medo e medos, realizações, vitórias, desalentos e inspirações ante oportunidades, os cheiros de pão quente ou roupa estendida ao vento da montanha, as orações de amanhecer, o beijo dado e aquele que ficou pendurado na memória, o luto ou a desilusão da relação supostamente eterna e daquela pessoa que abriu perspectivas, as paisagens das viagens feitas ou sonhadas.  Conforme o contexto, nada é ridículo, tornando-se pincelada de vida. Tenho perguntado sobre o antes, o anterior, o prévio, em especial do que leva a fazer mal. Que zanga estará por detrás de alguém que destrói ostensivamente imagens religiosas? Que fobia é prévia ao escárnio a alguém que apenas quer ser feliz a amar uma pessoa do mesmo sexo? Que falta de amor terá tido quem ostenta agressividade nos gestos e nas palavras? Que dor ou luto mal vivido está em quem se refugia no sarcasmo ou autoritarismo como modo de relação? As prisões do antes, do anterior, do prévio, podem explicar muito do agir desordenado. Visitá-las, com tempo e honestidade, é caminho exigente e necessário de perdão. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Rezar a Vida




[Secção “Rezar a Vida”] Na Companhia de Jesus celebramos hoje S. Estanislao Kostka, padroeiro dos noviços. Também a família de S. Bento (beneditinos, cistercienses e trapenses), religiosos e religiosas com especial vocação contemplativa, dedicados à oração, celebra todos os seus Santos. É um bonito dia para o “Rezar a Vida” começar a estar à venda pelas livrarias portuguesas. Haja rezar a vida. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Breve oração




[Breve oração ao anoitecer]

Agradeço-Te
profundamente
a lucidez, a paciência, a fé em nós,
ainda que a insensatez e gritos 

de anulação do outro te humedeçam o olhar.

domingo, 10 de novembro de 2019

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Unidade | Diversidade




[Secção pensamentos soltos] O Facebook recorda-me uma publicação com 5 anos. Esta: “[Coisas do quotidiano em Paris] Ontem em passeio de conversa boa, demos com uma pequena praça muito simpática em Paris [tenho de lá voltar, esqueci-me do nome]. Numa das esquinas de entrada para a praça estava uma loja de tecidos. A vitrine cheia de pedaços ordenados em cor chamou-me a atenção. Fico a pensar sobre a diversidade e a unidade, no diálogo que não pode cessar entre essas duas realidades. Aqui, é uma montra de pedaços de tecido… podia ser uma praça, um auditório, um autocarro, um avião, um congresso, uma missa, uma concentração, uma manifestação, uma peregrinação, cheios de gente.” 


Talvez hoje fosse uma “Secção coisas de nada”, mas o importante é que faz sentido pensar nessa diversidade de humanidade que lhe dá cor. No entanto, há a acrescentar cor com valores como o respeito próprio que leva ao respeito pelo outro. Um respeito que toma tempo, silêncio, cuidado, atenção, antes de julgamentos precipitados. A tentação é querer um mundo muito ao nosso modo, ao nosso tom, mas não é assim. Antes de julgar é preciso conhecer bem. Conhecer bem precisa de tempo. E somos mais de 7 mil milhões de humanos à face da terra.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Lançamento "Rezar a Vida" - Lisboa



[Secção “Rezar a Vida”] É com muito gosto e alegria que partilho o convite para o lançamento de “Rezar a Vida”. Dia 27 de Novembro, pelas 18h30, na fnac do Chiado - Lisboa. Vai ser muito bom ouvir a Ana Rita Ramos e o Henrique Raposo. Sintam-se convidados.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

O encontro




[Secção “Rezar a Vida”] Deu-se o encontro. Está muito bonito e eu sinto-me agradecido. Apetece ficar a contemplar pelo que significa de pessoas nele implicadas, de desafios, de lançar perguntas e deixar que cada qual no seu caminho quotidiano encontre respostas. A fé vive-se também desde as coisas extraordinariamente simples. Sou e estou feliz! Nas livrarias a partir do próximo dia 13.

domingo, 3 de novembro de 2019

árvores



[Secção letras verdes] Eco depois de rezar o encontro de Jesus com Zaqueu.

sábado, 2 de novembro de 2019

Fiéis defuntos




[Secção pensamentos soltos em dia dos fiéis defuntos] Das grandezas da realidade humana é a memória. Seja intelectual, seja corporal, a memória estrutura o nosso presente e o modo como a vamos visitando, respeitando, amando, orienta o caminho de futuro. Hoje é um dia de Memória e de memórias. As pessoas que já partiram atravessam-nos o pensamento. Surgem as memórias boas, em saudade do abraço, do carinho da conversa. Também as memórias amargas, de dor que revela a falta de perdão, dado ou recebido. O luto acontece desde esse recordar através das emoções, ao voltar a imaginar rostos e puxar por palavras ditas. Hoje é dia de acender vela ou velas diante de pessoas que partiram, mas mantém-se vivas na memória. Que se encontre um especial tempo de silêncio. Diante da vela, por cada nome, conforme a emoção, haja agradecimento, em sorriso eventualmente acompanhado de lágrimas. Caso haja dor, misturada de raiva ou arrependimento, que se encaminhe para o perdão por dizer ou receber. Como sugestão: escrever num papel o que ainda dói, a ferida, a revolta, permitindo expulsar as lágrimas que atravessam a alma e impedem caminho de libertação. Depois, queimar, como folhas que se desprendem das árvores, permitindo o crescimento, a renovação, um novo sim, curando a memória e dando espaço ao amor e à vida. Afinal, o “amor é mais forte que a morte” [Ct 8,5] ou, numa possível interpretação, apenas o amor pode ajudar a transformar todas as dores em vida e reencontro de luz. 

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Todos os Santos




[Secção pensamentos soltos em dia de Todos os santos] Este é um dia bonito de Igreja, de nomes e rostos, conhecidos e desconhecidos, de feitos extraordinários e quotidianos. É dia de esperança de (re)encontro: daqui a uns tempos será face-a-face, hoje, ainda é no silêncio da oração. A santidade reveste-se de sonhos para que todos tenham vida. Cada um de nós é chamado a fazer a parte que lhe corresponde, com gestos e palavras de autenticidade, em profundo respeito por si mesmo e pelo outro. Não se trata de ser mais ou menos puro diante de Deus, mas cada vez mais de coração de carne, onde todas as petrificações foram e são transformadas em Igreja de nomes e rostos amados e amantes. E a vida plena acontece e espalha-se, com luz, muita luz.