[Secção Rezar a Vida] Recebi esta foto vinda de Sílvia Baptista, a minha querida editora da Matéria-Prima. Estou com grande sorriso. Apresento o “Rezar a Vida - A experiência da fé no quotidiano”. Só daqui a uns dias é que me encontrarei com ele, sentindo as páginas e o cheiro. É novamente aquela sensação de nascimento, sim. Estará à venda a partir de 13 de Novembro. Que alegria!
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
domingo, 27 de outubro de 2019
Agradecer
Suzanne
[Secção agradecer] 40. Dizem que têm ternura. Simbolicamente, no pensamento hebraico, o 4 significa passagem. É, sem dúvida, tempo novo. Agradeço tudo o vivido até agora, em conjunto com as manifestações de carinho recebidas ao longo do dia de ontem que emocionam sempre. Que bom! Ainda mais acompanhado pelas bonitas leituras deste fim-de-semana: “Deus não faz acepção de pessoas”, no livro de Ben-sirá; “combati o bom combate”, diz-nos S. Paulo; e a beleza da humildade do publicano que na simplicidade da oração “Meu Deus tem piedade de mim” sai justificado pela autenticidade. Olho o infinito de Mar, dou passos de dança, enquanto agradeço e peço a Deus luz, beleza e autenticidade para o novo tempo.
sábado, 26 de outubro de 2019
40!
[Secção Vida] É dia de sorrir aos 40 anos bem vividos, com muita história na História. Tudo faz parte da aprendizagem no caminho de crescimento e liberdade. Hoje, de forma especial, agradeço muito a Deus, pela vida, família e amigos. Haja alegria!
quinta-feira, 24 de outubro de 2019
Boas notícias
Marta José - Dreamaker
[Coisa na vida de um padre, com boas notícias] A manhã começou muito bem. Bons encontros e abraços na Casa da Música, no Career Summit, organizado pela Cidade das Profissões - CMPorto. Um painel com muito boa disposição e animação em conversa sobre “Carreiras Fluídas” com a Edite, o Pedro e o Carlos. Para a próxima teremos mesmo de dançar! Depois, pela tarde, saber da boa notícia que faz sentido partilhar. O “Deus como Tu” foi e continua a ser cheio de Vida, com a descoberta do que significa algo que é nosso e ao mesmo tempo deixa de o ser. Recebi muitas palavras de agradecimento... e, logo, logo, ecos: “para quando o próximo?”. As coisas têm o seu tempo. Continuei a observar e a perceber o sentido. Claro, também com o reconhecimento, carinho, amizade, ajuda, muita ajuda e paciência da editora, a Sílvia Baptista, com quem tenho tido maravilhosas conversas e a chancela, da Liliana Valpaços, Matéria-prima. Assim, sem mais demoras, de coração emocionado e agradecido, dizer que o meu segundo livro está a caminho da gráfica. Em breve, darei mais novidades. Também é graças a este mundo das redes sociais que a Luz de frente acontece. Agradeço-Te o Verbo feito carne na nossa história.
Breve oração
[Breve oração ao amanhecer] ⠀
⠀
Agradeço-Te⠀
as possibilidades de silêncio e diálogo,⠀
de ligação e ruptura, de memória e descoberta, de determinação e flexibilidade.⠀
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Peço-Te⠀
autenticidade em cada inspiração.
domingo, 20 de outubro de 2019
Contemplações
[Secção coisas de nada] Estava sentado a contemplar a beleza de “Manhã de Páscoa”, de Caspar David Friedrich, quando se aproxima o casal. Não repararam que eu estava ali. Os obstáculos podem ser vistos como bloqueadores, provocando desânimo e afastamento do caminho. Ou, como possibilidade de puxar mais pelo melhor de cada um de nós, vendo novas perspectivas. Levantei-me e estavam no ângulo ajustado. Todos em sequência observávamos o eterno e simbólico novo amanhecer. Sairam e segui em contemplação.
sexta-feira, 18 de outubro de 2019
44 anos de vida partilhada
Kátia Viola
[Secção vidas] Agradecer. É dia de o fazer. Afinal, são 44 anos de vida partilhada, com alegria, paciência, silêncios e muitas histórias. Já tinha publicado esta fotografia. Volto a ela por ser tão expressiva no muito a agradecer de abraços que falam de vida. Ser casal tem cada vez mais a exigência de muita transformação. Não é fácil, pois o Amor implica dar e receber com muita gratuidade. E isso é aprendizagem de vida. Parabéns, Mãe Maria e Pai José, pelo vosso amor cheio de paciência um pelo outro e um com o outro! Gosto muito de vocês.
terça-feira, 15 de outubro de 2019
Boas recordações
[Coisas na vida de um padre] Chegam boas recordações de um dia feliz. Com animação e sorrisos, como se quer em dia de casamento.
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
Career Summit | Casa da Música | Porto
[Coisas na vida de um padre] Fui convidado para ser orador no Career Summit. Será no próximo dia 24, na Casa da Música. Este evento é promovido pela Câmara Municipal do Porto, através do projeto Cidade das Profissões. Trata-se de uma iniciativa anual destinada a estudantes e técnicos que no seu quotidiano trabalham as questões da gestão de carreira e orientação vocacional / profissional (por exemplo, psicólogos, assistentes sociais, educadores sociais, sociólogos, entre outras áreas). Pretende-se que tenha um carácter provocatório que suscite a reflexão orientada acerca das questões da gestão de carreira no futuro e da evolução do mercado de trabalho. Mais informações aqui: www.careersummit.pt
domingo, 13 de outubro de 2019
Curar | Sanar
[Secção pensamentos soltos] Há curar e há sanar. Há quem fique curado e nunca sanado. Há quem possa não ficar curado, mas sana profundamente o Ser. É o eco que me sai da passagem do Evangelho para hoje. Jesus cura dez pessoas com lepra. Apenas uma, curiosamente um estrangeiro, um samaritano, regressa e agradece. A fé, diz-lhe Jesus, salvou-o. Além de curado, ficou sanado. Sanar é o reconhecimento do tanto bem recebido. É necessária a distância que permita esse reconhecimento. Quem já fez a experiência de uma ou mais viagens, da saída a outras perspectivas de terras, culturas, pensamentos, sentindo outros cheiros, sabores, línguas, emaranhando-se, por exemplo, no não entender bem o que está a ser dito, levando à humildade de algo novo em si, percebe a transformação que acontece na vida. Há muitas coisas que são precisas curar, mas o grande desafio da vida é sanar profundamente o Ser. Para isso, é preciso sair, abrindo o coração em atitude de agradecimento, e dar passos de encontro. De algum modo, todos somos estrangeiros, estando fora da terra que a todos une. Isso tem causado divisões, ataques a cores de pele, a modos de falar, em conjunto com desprezo fácil a quem, por exemplo, é crente em Deus. Também o despontar de ora patriotismos exacerbados, ora tentativas de diluições de identidade numa neutralidade ou igualitarismo animal impossíveis de acontecer. Tudo isso desgasta. Aumenta lepras socias, onde partes de corpo apodrecem, impedindo a colaboração e a integralidade da comunidade na sua diversidade. Por isso, é necessária a distância, onde se é capaz de reconhecer que ninguém é absoluto e, com objectividade, encontrar a relação que humaniza. Atravessamos muitas feridas sociais. Se cada pessoa conseguir perceber onde precisa ser curada, mas, mais que tudo, sanada, não só a própria sociedade se vai curando, como encontra sanação. Afinal, a nossa fé, alicerçada no reconhecimento em Bem do outro, é capaz de salvar.
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
Dia Mundial da Saúde Mental
[Secção pensamentos soltos em dia mundial da saúde mental] Quando há uns anos partilhei ter feito psicoterapia (e na altura ainda assim num misto de medo e de vergonha pelos julgamentos), fi-lo por dar-me conta do quanto havia de medos e tabus sobre o campo mental na sociedade, em particular, na vida religiosa. No entanto, os feedback recebidos, muitos deles em privado, a agradecer a coragem (?), confirmaram-me o quanto era necessário falar até normalizar e, a meu ver, mais que isso, naturalizar a questão da saúde mental. Na altura, saía-me a vontade de gritar, num “acordem para a vida”. Mas sabia que ainda seria apontado como: “olha este a projectar o que ele mesmo precisa”. De facto, apesar de muito se assistir de neuroses sociais, fruto do bombardeamento de informação sobre a formatação humana, o caminho não é o do grito, mas a partilha de “se estou bem e me vêem bem, tal também se deve a caminho de psicoterapia onde muita sombra foi iluminada”. Não me parece que todos tenhamos de passar por psicoterapia, mas todos somos convidados a mergulhar na beleza do amor-próprio que desperta o amor ao próximo. Por isso, a boa saúde mental de cada pessoa, afecta toda a sociedade. Na actualidade, onde somos bombardeados por “ter de estar obrigatoriamente bem, feliz e super-em-tudo, física-intelectual-relacional-e-socialmente”, é fundamental reconhecer a importância da saúde mental no caminho do equilíbrio do conhecimento e no diálogo entre emoção e razão, juntando a espiritualidade. Se naturalmente procuramos um ortopedista, cardiologista, etc., quando assim é necessário, que seja igualmente natural a ida a um psicoterapeuta, psicólogo ou psiquiatra. E quando não é o próprio a vivê-la, que não se goze, faça desdém, burla, mas, além de pensar se não está realmente a precisar por estar a gozar com outra pessoa, sorria e agradeça por alguém fazer caminho de amor por si com efeitos de vida para os outros.
terça-feira, 8 de outubro de 2019
A nossa tarde - RTP
[Coisas na vida de um padre] Mais uma vez fui muito bem acolhido por Tânia Ribas de Oliveira. Desta vez no programa “A nossa tarde”, da RTP. Estivemos, a Ir. Ida Videira, doroteia, e eu a falar sobre vocação religiosa, intercalado por entrevistas a duas Irmãs Clarissas. Começa aos 27 minutos da segunda parte. Já agora, aconselho a entrevista antes da nossa, a Frederico Almeida, com a sua alegria, apesar da Esclerose Múltipla.
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
Bereshit
[Secção vida] “Bereshit” a palavra que abre o livro do Génesis, que significa “no princípio”. Ou o nome que dei a este agapone, ou pássaro do amor.
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
Libertar a raiva
[Secção coisas de corpo]
- P. Paulo, tenho tanta raiva acumulada dentro de mim. Tanta! Sei que não é muito cristão, mas não tenho como evitar.
- Ser muito cristão é ser verdadeiro. E se a sua verdade neste momento é a raiva que sente, ela tem de sair. Consegue partilhar o que provoca essa raiva?
- Custa. Custa muito. É um misto de vergonha e medo. Que vai pensar de mim?
- Percebo que isso pode inquietar. Também senti isso quando tinha de falar das minhas coisas com o meu director espiritual e quando fiz terapia. Mas, o meu interesse é ajudar. Não estou aqui para julgar, mas para ajudar a libertar no que me for possível.
- Agradeço-lhe, muito. É tão difícil.
[Conta algumas coisas que lhe provocaram e provocam raiva. Dou um abraço.]
- Tome esta almofada e atire-a com toda a força contra a parede ou para o chão. Pode gritar ou ficar em silêncio. Mas, atire-a. Vá atirando. Imagine que está a libertar-se de todas essas pessoas. Aqui e agora, neste espaço e neste tempo, tudo é possível. [Ponho uma música mais forte. Vai atirando a almofada com mais violência. Vão saindo os gritos de raiva e muitas lágrimas.] Aqui estou. Quando achar que está na altura de terminar, pouse a almofada na mesa. Faça-o com a solenidade de quem decide em consciência parar. [Pousa a almofada.] Proponho agora que se deite no chão. Peço-lhe que feche os olhos. Respire com tranquilidade. [As lágrimas deslizavam.] Tome o seu tempo. Permita-se sentir a possível paz, depois de tudo o que viveu.
[Passados uns minutos.]
- Agora entendo quando o evangelho fala da expulsão dos demónios. É tanto o que levamos dentro.
- Por isso, é preciso respeitar os tempos. Não há automatismos, há caminho.
- E há que fazê-lo para encontrar liberdade.
- Agradeço-lhe, muito. É tão difícil.
[Conta algumas coisas que lhe provocaram e provocam raiva. Dou um abraço.]
- Tome esta almofada e atire-a com toda a força contra a parede ou para o chão. Pode gritar ou ficar em silêncio. Mas, atire-a. Vá atirando. Imagine que está a libertar-se de todas essas pessoas. Aqui e agora, neste espaço e neste tempo, tudo é possível. [Ponho uma música mais forte. Vai atirando a almofada com mais violência. Vão saindo os gritos de raiva e muitas lágrimas.] Aqui estou. Quando achar que está na altura de terminar, pouse a almofada na mesa. Faça-o com a solenidade de quem decide em consciência parar. [Pousa a almofada.] Proponho agora que se deite no chão. Peço-lhe que feche os olhos. Respire com tranquilidade. [As lágrimas deslizavam.] Tome o seu tempo. Permita-se sentir a possível paz, depois de tudo o que viveu.
[Passados uns minutos.]
- Agora entendo quando o evangelho fala da expulsão dos demónios. É tanto o que levamos dentro.
- Por isso, é preciso respeitar os tempos. Não há automatismos, há caminho.
- E há que fazê-lo para encontrar liberdade.
Teologia da Dança
[Coisas na vida de um padre] A convite do Professor José Eduardo Franco e do Círculo Cipião, em conjunto com as Faculdades de Letras e de Direito da Universidade de Lisboa, irei falar sobre “Teologia da Dança” num Seminário à Hora do Almoço. É uma honra poder partilhar sobre este tema que me é tão querido num destes Seminários.
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Fé sólida?
[Secção conversas soltas]
- P. Paulo, ouvi-o há pouco na Missa... e como gostava de ter uma fé sólida.
- O que entende por “fé sólida”?
- Que nunca duvidasse. Que sentisse sempre Deus presente na minha vida. Que nunca vacilasse diante do sofrimento ou das crises e maleitas da vida.
- Hmm, pelo que vejo, gostava de estar no céu.
- Como assim?
- Com esses absolutos todos, só mesmo no céu, rodeada de anjos e dos santos.
- Mas aí estaria morta!
- Bem, sim, teria atravessado a morte e estaria Viva no céu.
- Ui, não tenho pressa.
- Já somos dois. [Demos uma gargalhada] A fé, por mais voltas que demos estando por estes caminhos terrenos, implica dúvida e dúvidas. Se pensarmos bem, as dúvidas ajudam a libertar imagens de Deus que nos atravessam o consciente e o inconsciente. Sentir Deus na Vida é sentir o Seu empurrão ao crescimento, que implica atravessar a descrença e o desespero. No entanto, como disse há pouco falando de Santa Teresinha, o que nos salva é o amor. O mais importante é aprofundarmos o amor.
- Mas isso é difícil.
- Não impossível. O grande desafio do cristianismo, aliás da humanidade, é mesmo o amor.
- Então, tenho de desejar é um amor sólido.
- E se for antes um amor simples e autêntico?
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