domingo, 31 de dezembro de 2006
Balanço
sábado, 30 de dezembro de 2006
Coisas que se ouvem na rádio e que, subitamente, fazem muito sentido em vésperas de novo ano
Will it stop me searching?
Will it be enough?"
sexta-feira, 29 de dezembro de 2006
Leituras
de Pedro Miguel Lamet
Edições Tenacitas
Ano de Edição: 2006
Nº de Páginas: 605
Tradução de Fátima Regageles
quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
terça-feira, 26 de dezembro de 2006
domingo, 24 de dezembro de 2006
Noite Feliz...
Tecendo sem esperar Ulisses
Há anos que não fazia tricot. Mas outro dia lá andava eu à procura de presentes que gostasse de oferecer e dei com uma loja de lãs em Mafra, daquelas muito desarrumada, em que se pode ir às prateleiras e experimentar as meadas, sentir o macio, pedir uma amostra, tirar um montão delas para ver se a mistura resulta. Estive que tempos a conversar com a senhora da loja, que tricotava pacientemente enquanto eu deambulava pelas prateleiras. Medi o tempo que faltava até ao Natal, e destinei logo ali os casacos em lã grossa que podia fazer.
Soube-me mesmo bem recuperar os gestos com as agulhas, mudar de ideias à medida que ia crescendo o trabalho, inventar combinações... E soube-me sobretudo muito bem ir pensando demoradamente em quem cada prenda se destinava. Não sei se saiu mais barato, mas cada laçada deixou-me mais presa às pessoas de que gosto. E, além disso, os casacos não ficaram nada mal!...
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
Mistério(s)...
“Deus fez-se homem, para que o homem se faça Deus”
Sto. Atanásio
Já há muito que gostaria de escrever algo sobre o Natal, mais precisamente sobre o mistério da Encarnação de Deus. Não me ocorria nada em concreto, até ler um comentário que me foi feito no razões do não. O comentário fez-me pensar e bastante.
Já manifestei no Ser Corpo… e no Coisas… uma pequena visão pessoal sobre Deus… Gostava de a aprofundar…
Nos nossos dias, olhando em redor, parece que Deus e Mundo não conjugam. Parecem duas esferas sem relacionamento, sendo uma delas, a divina, intransponível. Se Deus é assim, impessoal e intransponível, a partir deste momento sou ateu. Neste deus não acredito, porque perde todo o sentido mais profundo da relação. Quando comecei a pensar seriamente na minha vocação, percebi que teria de mudar a imagem de Deus. Afinal, o tal Todo-Poderoso, assume a condição humana, tornando-se homem… Na verdade tal acontece, porque uma mulher dá um sim. A sua entrada no mundo não é imposta, é solicitada. Tal é o respeito, que espera pelo sim de Maria.
Jesus nasce da casa de David, segundo nos diz a Escritura. Se formos ver a Sua genealogia, não encontramos pessoas, à partida, muito dignificantes. Ali encontramos uma prostituta, uma mulher adúltera, um assassino, no meio de outros, com mais virtude aos olhos de muitos. O Deus que acredito, faz questão de conhecer a condição humana até à medula… Sem entrar em pormenores, o nascimento de Jesus dá-se na total simplicidade tendo sido deitado numa manjedoura, de um estábulo de animais. Deus, o Todo-Poderoso, por vicissitudes das circunstâncias nasce num estábulo… Os primeiros a reconhecê-lo são os pastores, os marginalizados que viviam fora da Cidade… Outros exemplos podem ser dados para mostrar que, afinal, o Todo-Poderoso não nasceu para uma elite, ou apenas para alguns, mas para todos… E para que todos se tornem um com Ele. Claramente Deus convida-nos a um processo de divinização, só isso é que faz sentido… Ser cristão é ser Cristo!
Na actualidade o Natal é vivido como um simples encontro familiar, onde Deus não entra muitas vezes. Corro o perigo da generalização, mas é o que vejo. Penso que a Igreja tem responsabilidade nisto. Devemos ser os primeiros a mostrar a encarnação com as nossas vidas. A Igreja, se segue os passos de Cristo, deve no seu íntimo, ser a primeira a acolher, sem condenar ninguém. A Encarnação acontece para todos. No comentário é referido entre muitas coisas a falta de respeito pelas mulheres, pelos homossexuais. Refere ainda as incoerências e demagogias em que caímos quando defendemos uma posição. Percebo este comentário. De facto, nós Igreja não temos sido muito acolhedores em relação a algumas pessoas, muito pelo contrário, acabamos por catalogá-las, metendo-as num saco de “coitadinhas” a viverem a sua limitação… Isto não é encarnação. Há pessoas revoltadas connosco e nos dias que correm não lhes interessa o que possamos dizer. E eu percebo que tal possa acontecer…
A Encarnação é um acolhimento, por um lado da humanidade que diz sim à divindade, por outro a divindade que diz sim à humanidade. Como viver isto? Há que escutar a pessoa concreta com a sua história num acolhimento constante. TODOS nós já fomos salvos, precisamente porque Deus encarnou, morreu e ressuscitou. Sim, é preciso a fé… Mas é preciso mostrá-la com obras e com gestos concretos de encarnação. Como é que podemos exigir que alguém entenda a consagração do pão e do vinho; os sacramentos; as celebrações; se não dermos a mão ao problema da pessoa concreta? Se não acolhermos a pessoa tal como ela é com esta ou aquela característica? Consagrei-me (algo que não me eleva a nenhum estatuto especial) porque acredito num Deus Humano, em Jesus, que veio para Salvar, convidando a que todos sejam um, como Ele o é com o Pai (cf. Jo 17,21) … Afinal, Deus fez-se homem para que o homem se torne Deus…
Um Santo Natal para todos! Que Ele Encarne nos nossos corações...
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Desejo de suspender o tempo
José Dias Coelho tinha 38 anos quando foi morto (1961). Dividido entre a Arte e a Política optara por esta, o que significava, então, passar a viver na clandestinidade.
segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
Bethânia
"Mar de Sophia" e "Pirata" são os nomes dos dois (DOIS!!) novos cd's de Maria Bethânia recentemente editados no Brasil. Apesar da globalização, estes magníficos discos ainda não estão à venda em Portugal. O.Insecto teve a sorte de poder contar com a generosidade de uma irmã recentemente regressada do Brasil. Na mala vinham estes presentes e, depois de uma atenta audição, devo dizer que foram os melhores presentes musicais que recebi nos últimos tempos (excepção feita ao meu novo IPod)!.
Ezekiel 25:17 among others
sábado, 16 de dezembro de 2006
Parabéns Pedro
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
O Poder da arte
O meu primeiro presente
A Arte dos Presentes
"Nem tudo o que é antigo tem que ser caro". Foi isto que disse ao Álvaro Roquette quando ele me falou na ideia de fazer, no seu antiquário, uma venda especial de objectos antigos que fossem bonitos, bons e baratos. A ideia pegou e a partir da próxima terça feira, dia 19, mesmo a tempo do Natal, vai ser possível comprar antiguidades dos 10 aos 250 euros. Garanto que convem não perder, principalmente aqueles que preferem oferecer coisas diferentes aos amigos. Tudo com muito bom gosto!
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
Unreal ~ Sidewalk cartoon
Teatro São Luiz
14,15,21,22 e 23 Dez
21h00
Bernardo Sassetti
Intérpretes ao vivo:
Drumming [GP], Perico Sambeat, Alexandre Frazão, José Salgueiro, Rui Rosa, Bernardo Sassetti e músicos convidados
Participação especial:
Beatriz Batarda
Filme/cartoon musical realizado por:
Filipe Alçada e Bernardo Sassetti
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
Migalhas
Murder she wrote
She - Quando mudar de emprego para um sitio onde me paguem bem, a primeira coisa que eu compro é um Vison!
Incrédulo - Um casaco!?!?!?
She - Claro querido, queria o quê, um bicho lá em casa... ?
Post Já vai sendo tempo de Assumirmos o nosso lado da Lua
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
Munch
Gosto mesmo deste serviço. A google mais uma vez, inventiva, pega no aniversário de Munch e presta um serviço inestimável ao mundo. Hoje milhões de pessoas vão ver e rever o Grito. talvez, ganhar curiosidade para ir atrás de mais.
Estranha é a cor do céu. Hoje avança-se uma explicação para a mesma. Naquele tempo, nos antipodas da europa, uma violenta erupção vulcânica assolou todo o sudoeste asiático, uma nuvem pesada cobriu o céu durante meses chegando à Europa. Crê-se hoje ser esse o fenomeno que vislumbramos no Grito. O resto, não me interessa, admiro ao longe, gosto de pensar que não partilho a frieza nórdica capaz de tamanha loucura.
Fátima Campos Ferreira
O.Insecto descobriu neste vídeo de cerca de 10 minutos uma verdadeira pérola televisiva. No meio de uma série de cenas que só vêm confirmar aquilo que todos nós sabemos acerca dos portugueses, existe uma situação que envolve Fátima Campos Ferreira e uma mosca. É aos 5 minutos e 30 segundos e é genial. Depois de vermos percebemos perfeitamente o "Prós e Contras". Enjoy!
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
sun flower moon
Consumismo
Por qué quieres matarme poco a poco?
Si va a llegar el día que me abandones
Prefiero corazón que sea ésta noche.
Diciembre me gustó pa' que te vayas
Que sea tu cruel adiós mi navidad
No quiero comenzar el año nuevo
Con éste mísmo amor que me hace tanto mal.
Y ya después que pasen muchas cosas
Que estés arrepentida, que tengas mucho miedo.
Vas a saber que aquello que dejaste
Fue lo que más quisiste pero ya ho hay remedio.
domingo, 10 de dezembro de 2006
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
Dia da Imaculada Conceição
"Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim.» Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?» O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus.» Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo retirou-se de junto dela."
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
Vale a pena ver de novo...
From Here To Eternity (1953)
ONDE
Cinemateca Portuguesa.
R. Barata Salgueiro, 39
Tel .213 523 180
QUANDO
dia 12 às 15h30
QUANTO
€ 2,5
Ciclo 'Oscar de Melhor Actriz Secundária
'FROM HERE TO ETERNITY
Até à Eternidade
De Fred Zinnemann
Estados Unidos, 1953 - 118 min.
That I would be good
that I would be good even if I did nothing
that I would be good even if I got the thumbs down
that I would be good if I got and stayed sick
that I would be good even if I gained ten pounds
that I would be fine even if I went bankrupt
that I would be good if I lost my hair and my youth
that I would be great if I was no longer queen
that I would be grand if I was not all knowing
that I would be loved even when I numb myself
that I would be good even when I am overwhelmed
that I would be loved even when I was fuming
that I would be good even if I was clingy
that I would be good even if I lost sanity
that I would be good
whether with or without you
Growth
Isto é o que o consumidor TAP enfrenta. É com base neste tipo de actuação que é sustentado o crescimento das empresas portuguesas. Impostos vs Subsidios vs Taxas vs Comissões vs A Eterna Pachorra do Consumidor.
"As taxas (de segurança e combustível) e impostos de aeroporto não estão incluídas e serão suportadas pelo cliente.Todos os bilhetes estão sujeitos a uma taxa de emissão." in site TAP
O trabalho
E falo por mim, em criança adorava ver a mulher-a-dias da minha avó a passar a ferro, era de uma tal perfeição que aquilo me deliciava só em ver. Claro está, que esta grande vontade de ver não passa disso mesmo, ver e só ver, ajudar, dar uma mãozinha, nunca. O português nunca tem pena de quem trabalha, se estas a trabalhar foi porque fizeste alguma coisa que não devias, ou armaste-te em trabalhador à séria, ou queixaste-te que não tinhas trabalho, ou porque não foste suficientemente inteligente para conseguir um emprego e tens um trabalho. Quem melhor para representar esta imagem que o belo funcionário público de 50 anos, colocado numa repartição de apoio ao jovem agricultor em Almada, onde jovens existem cada vez menos e jovens agricultores muito menos.
E assim deixaríamos de ter a relação trabalhador/desempregado e passaríamos a ter a relação trabalhador/voyeur.
A propósito de Sá Carneiro
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
E as tardes de Bolonha ficaram para outras calendas...
O sistema de ensino em Portugal discrimina os alunos por escolas, por turmas e por vias de ensino, agravando os processos de desigualdade social, revelam as conclusões de vários estudos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE)."
Boas notícias!
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
Pode haver mulheres tão bonitas? (post de conteúdo machista)
Vida
Delhi tem 18 milhões de pessoas e isso percebe-se num ápice. Passam à nossa frente, ao lado, atrás, à nossa volta, num ritmo constante, alucinante, frenético. Carros, motas, bicicletas, vacas, burros, gente, gente, gente. São olhos negros que nos fixam com avidez e despudoradamente. Não somos ninguém ali. Nunca uma cidade me fez sentir tão pequeno e tão perdido. Por mais que me dissessem o contrário, não existe em Delhi qualquer hipótese de orientação. Porque não há orientação possível naquele caos urbanístico e naquele trânsito suicida.
E o resto é a cor, a festa, a alegria e os sorrisos no meio da miséria. São os pedintes, com olhares treinados desde a infância para suscitar a compaixão. São os templos aos deuses (milhares, parece), as árvores sagradas, os macacos sagrados, as pedras (?) sagradas, além das vacas, é claro, tudo sagrado num constante e eterno agradecimento pela vida.
São as lojas e os bazares das mil e uma curiosidades. São as pacheminas, as caxemiras, as sedas de tantas cores quanto a nossa imaginação consiga vislumbrar. São os saris, bordados a ouro numa criatividade que raia a loucura. São as pratas lisas, trabalhadas, limpas, sujas, brilhantes. São as pedras preciosas, as jóias, os diamantes. São as madeiras, os mármores, os tapetes, um imenso, louco, infindável rol de coisas que apetece comprar e é também a vertigem de não conseguir comprar nada perante tamanha oferta. São os hotéis de luxo, as lojas de luxo, os restaurantes de luxo. É o gin tónico ao fim da tarde e o medo de pedir bebidas com gelo.
É a espiritualidade. A simplicidade do sorriso fácil. A certeza de que o sol nasce no dia seguinte. As pessoas que dormem ao sol na relva das rotundas. As pessoas que dormem ao relento porque não têm casa. Os que se arrastam pelas ruas porque não têm o que fazer, não têm o que comer, não têm onde ir. É a vida a pulsar arrebatadamente com a morte ali ao lado. São os cães nas ruas, as gralhas negras nos céus, os lixos acumulados no chão das avenidas ao lado de tantas vidas descartadas e descartáveis. É o passado e o futuro.
E depois, é Goa que não é a Índia. É chegar num dia de manhã e sentir no ar (ainda que seja sem razão) que se chega a casa, a um património emocional português, a um lugar em que a palavra saudade faz tanto sentido quanto num bairro de Lisboa. É ver casas portuguesas e igrejas portuguesas e nomes portugueses e palavras portuguesas e pensar que se está em casa e depois perceber que não!
É rezar de joelhos ao pé das relíquias de São Francisco Xavier e perceber que a globalização de hoje é uma brincadeira de crianças comparada com a intrepidez dos que foram à frente falar de nós e da nossa fé. E é a fé deles que são tão diferentes mas acreditam como nós. São as oferendas a um santo que não é hindu. São as pedras seculares e as flores de imensas cores que apodrecem ao sol porque são para o Santo e ninguém lhes pode tocar. É o pouco de Portugal que ainda resta. É o Bairro das Fontaínhas, é a Dona Paula, é o mar, é o mar… E a vista do Palácio do Governador que só não alcança Portugal porque é muito longe!
E depois o nascer do sol, mesmo antes de vir embora, a mostrar-me que o céu afinal tem mais cores do que eu pensava. E que é uma festa! Foi isto a minha Índia. E foi muito mais. Porque não consigo falar de tudo o que vi, pelo menos por enquanto. Eu disse que “gente” é a palavra que melhor descreve a Índia? Não é verdade. “Vida” é o que me passa pela cabeça quando penso naquele país.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
Por € 15...
O homem, perplexo, deixa-se cair lentamente para uma cadeira.
O mesmo anúncio repete-se, na televisão, ora com o filho, ora a mulher, ambos a abandoná-lo por causa daquela falha imperdoável. Então por 15€/mês deixa a sua família abandoná-lo?????
Acho isto tão indecente.