sábado, 31 de maio de 2008
Um jardim para sonhar
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Carmo Rebelo de Andrade
Recebido por e-mail
Ganhe 2 bilhetes e viagem com tudo incluído para os jogo olímpicos de 2008, a realizar em Pequim - China Para participar, basta ver a foto em anexo e responder correctamente às questões colocadas.
Todas as respostas devem ser enviadas para o Comité Olímpico Internacional, Lausanne, Suiça
1. Qual dos estudantes parece estar cansado / sonolento?
2. Quais são os Gémeos do sexo masculino?
3. Quais são os gémeos do sexo feminino?
4. Quantas mulheres estão no grupo?
5. Qual é o professor?
Boa sorte! ...
Deixa-me adivinhar... Tu também não vais.
Ainda mais curioso, mas ninguém fala, o don Pinto da Costa, no meio disto tudo convive e é legitimado pelo poder, a classe política. Tudo ovos podres, ou como mourinho diria rotten eggs!
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Tesourinhos por e-mail
Primeiro Dia: Querido Diário... Já estou preparada para fazer este maravilhoso cruzeiro. Trouxe na mala as minhas melhores roupas! Estou excitada!
Segundo Dia: Estivemos todo o dia navegando. Foi lindo e vi alguns golfinhos e baleias! Que férias maravilhosas ...! Hoje encontrei-me com o Capitão, que por sinal é um belo homem!
Terceiro Dia: Hoje estive na piscina e estreei o meu novo biquíni. O Capitão aproximou-se e convidou-me para jantar na sua mesa. Foi uma honra e a noite foi maravilhosa. Ele é um homem muito atraente e culto.
Quarto Dia: Fui ao Casino do navio! Tive muita sorte, pois ganhei 80,00 euros! O Capitão convidou-me para jantar com ele no seu camarote. A ceia foi luxuosa com caviar e champanhe. Depois de comermos ele perguntou se eu ficaria na sua cabine, mas eu recusei o convite! Disse-lhe que não queria ser infiel ao meu marido.
Quinto Dia: Hoje voltei à piscina para me bronzear mais um pouco. Depois decidi ir ao Piano Bar e passar ali o resto do dia. O Capitão viu-me e convidou-me para tomar um aperitivo. Realmente ele é um homem encantador. Perguntou-me de novo se eu queria visitá-lo no seu camarote naquela noite e eu tornei a dizer-lhe que não! Então ele disse-me que se eu continuasse a dizer que 'não', iria afundar o navio! Fiquei aterrorizada!
Sexto Dia: Hoje salvei 1.600 pessoas... três vezes!
Lendo os outros
«No seguimento dos relatórios do FMI e da União Europeia e um mês depois de ter anunciado radiosamente a descida do IVA, o primeiro-ministro foi obrigado a render-se à realidade. Começando pelo óbvio, teve que rever em baixa o crescimento económico, pondo em causa não só a consolidação orçamental que, na sua opinião, estava já garantida, mas principalmente o futuro radioso com que, ainda há pouco tempo, nos acenava. A revisão do crescimento confirma apenas o que devia ser de uma evidência cristalina: não há "oásis" num mundo globalizado, e muito menos num país pobre e dependente, onde abunda a desigualdade e onde o desemprego tem batido recordes históricos, nos últimos anos. Se é verdade que o país sofre o efeito de uma crise internacional, não deixa de ser verdade também que o Governo foi o último a compreender a sua verdadeira importância e os seus inevitáveis efeitos na economia nacional. Como se isto não bastasse, entre o anúncio da descida do IVA e a revisão do crescimento económico, o dr. Menezes, esse verdadeiro trunfo do PS, decidiu abandonar a liderança do PSD, abrindo caminho às directas que se realizam este fim-de-semana. Com intuitos mais ou menos óbvios, as habituais "fontes" bem informadas já fizeram chegar aos jornais que a drª. Ferreira Leite era a candidata "preferida" pelo Governo porque oferecia ao PS o "voto útil" da esquerda. Este subtil argumento, que ninguém se deu ao trabalho de analisar, revela curiosamente o contrário do que pretende revelar. Se o Governo considera, de facto, que com a drª. Ferreira Leite à frente do PSD, consegue conquistar o "voto útil" da esquerda, isso significa apenas duas coisas: que o Governo pensa que a drª. Ferreira Leite pode ganhar ao eng. Sócrates (daí o voto útil); e que reconhece que, ao tentar penetrar no eleitorado do PSD, acabou por perder o voto da esquerda para o PCP e para o Bloco de Esquerda. É duvidoso que, mesmo num cenário de derrota, esse voto se encaminhe para a reeleição de uma maioria que, ainda esta semana, reagiu da pior forma ao "aviso" do dr. Soares sobre a pobreza, a desigualdade e o descontentamento. E é ainda mais duvidoso que os socialistas sejam imunes a uma eventual vitória da drª. Ferreira Leite no PSD. Com tanta gente a pedir "ideias" aos candidatos sociais-democratas, é natural que ninguém repare no debate que vai ter que haver, mais tarde ou mais cedo, no interior do PS, entre a esquerda do partido e os "falsos" socialistas que se encontram no Governo. Em qualquer caso, em dois meses, a situação do eng. Sócrates mudou. É a vida!»
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Bahok
A dança fala-me muito. Por um lado, por vivê-la na carne como experiência – até mesmo divina –, por outro, por ver a força da entrega, com sentido, dos bailarinos em palco e sentir o quanto posso entrar também na transcendência.
Ontem fui ver o Bahok, de Akram Khan e ainda estou a digerir – quem está em Lisboa ou arredores pode ver o espectáculo no CCB nos próximos dias 30 e 31… É forte, bastante forte, no que fala de tanto sobre nós, humanos. Depois de chegar a casa, já deitado, levei muito tempo até adormecer, a pensar em tudo o que vi, ouvi e sobretudo senti…
2008.Mai.28
Bahok – Portadores
Encontro de vida. Sentir como a unidade do sagrado é tocada, vivida numa espera, que atrasa e muda pelos elementos que compõem o ser… Dois monólogos que tentam o diálogo, numa ajuda, diante do desconhecimento de quem se é, onde se está, de onde se vem, tentando saber para onde ir. O futuro impedido de não ficar sem rumo pelo círculo rodopiante da Vida.
Ainda assim a presença do medo, do corpo que desfalece nos braços (des)conhecidos que fundem a linguagem sem voz, gritada pelos gestos que (e)invocam o passado sagrado. A tradição que se traz unicamente fechada no saco. Quem sou?
O mesmo passado calçado, mas liberto para o futuro de encontro, aqui e agora. Neste local de passagem que obriga a parar e a recordar…
… o corpo que se move desde tempos idos, que fala de rituais de cultura…
…reveladora do respeito e dignidade mesmo quando se está perdido em busca da mesma terra que todos tem. No silêncio contrabalançado pelo ritmo forte do pulsar do que é impedido de ser morto…
…memória de Alguém…
Não há diluição, há relação, há Encontro de Vida, com a lágrima de quem escuta a mãe e se descobre Viva…
[É forte muito forte. Senti-me a tocar no sagrado. Como se pode falar de algo que grita pelo encontro sério e profundo do ser humano? Rasgos de tempo e espaço conjugados num só momento unificados por todos.
Senhor, vejo-Te ali a gritar a cada um para que se sinta e Te sinta, para que se encontre e Te encontre, para que se viva e Te Viva…
Cultura, diferença, unidade, respeito, confusão, grito, riso, gargalhada, lágrima… Oração… Vida em Ti…
Sim, somos portadores de tesouro… Não podemos fechá-lo… Não! Temos de, sem medo, abrir e dar… A História, a Tradição, a Vida que não prende, que não fecha, mas que aponta para infinito…]
Para os nómadas, a casa não é uma morada, a casa é aquilo que transportam consigo.
John Berger, Hold everything dear
(pensamento escolhido por Akram Khan, como síntese do Bahok)
Petições na Web
Estado de espírito..
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto
E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho"
terça-feira, 27 de maio de 2008
Indiana Jones
Morreu Sydney Pollack
Fazer boa figura
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Há génio!
Boas Maneiras Exemplares
Por cá, Valentins Loureiros, Albertos J. Jardins, Luís F. Vieiras e afins estabelecem as regras do jogo, à burgesso mesmo.
domingo, 25 de maio de 2008
Hoje acordei mais ou menos assim...
"Pride can stand a thousand trials
The strong will never fall
But watching stars without you
My soul cries
Heaving heart is full of pain
Oooh, oooh, the aching
'Cause I'm kissing you, oooh
I'm kissing you, oooh
Touch me deep, pure and true
Give to me forever
'Cause I'm kissing you, oooh
I'm kissing you, oooh
Where are you now
Where are you now
'Cause I'm kissing you
I'm kissing you, oooh"
sábado, 24 de maio de 2008
Lendo os outros
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Isto é o que é o PSD
Lendo os outros
Como se sabe 50% dos jogadores seleccionados por Luís Filipe Scolari são do Agente FIFA, Jorge Mendes, isto se retirarmos os respectivos guarda-redes. Também só um cego não vê que o nosso seleccionador tem mostrado um especial gosto por tudo o que é representado por este empresário. Sem querer dizer que foi uma injustiça Jorge Ribeiro ter sido seleccionado mesmo quando estava no desemprego, o certo é que nem todos se podem gabar de serem tão protegidos, muito mais quando sei que Jorge Mendes nunca quis assumir um vínculo contratual com o Boavista em relação a este jogador tendo dito sempre que após o europeu não lhe faltariam clubes. Só ele sabia que garantia tinha de que o seu jogador iria estar nesta grande montra com palco na Suíça e Áustria. Mas, esta promiscuidade entre seleccionador e Jorge Mendes vai muito mais longe. O Agente FIFA é proprietário de uma agência de markting e publicidade com o nome “POLARIS” e que possui os direitos de imagem da maior parte dos jogadores da selecção, nomeadamente de Scolari. Esta empresa é gerida por Barbara Vara (exactamente… filha de Armando Vara). Como toda a gente sabe, Armando Vara era administrador da Caixa Geral dos Depósitos e agora está no grupo BCP. Mas, na altura em que Vara ainda geria os dinheiros da nossa “Caixa” da qual sou fã obrigatoriamente, Luís Filipe Scolari deixou o BPN e passou também a ser fã da CGD recebendo por isso uma pequena fortuna. Mas, a nossa história não acaba aqui. Segundo confissão de Marco Caneira em entrevista ao “CM”, a razão da sua não convocação para o EURO pode estar ligada ao facto deste jogador se ter recusado a assinar contrato com a Polaris, assim como a de outros jogadores. De facto vivemos num país desavergonhado onde só mesmo os mais espertos têm autorização para se “governarem”. Jorge Mendes teve uma grande escola, principalmente quando começou a negociar com os Russos."
Tesourinhos por e-mail
Ao seu lado, reparou num garoto de uns 10 anos, de óculos com ar sério e compenetrado.
Assim que o avião descolou, o garoto abriu um livro, mas Marcelo Rebelo de Sousa puxou conversa. - Ouvi dizer que o voo parece mais curto se conversarmos com o passageiro do lado.
Gostarias de conversar comigo? O garoto fechou calmamente o livro e respondeu: - Talvez seja interessante.
Qual o tema que o Sr. gostaria de discutir? - Ah, que tal política?
Achas que devemos reeleger Pedro Santana Lopes ou dar uma oportunidade a José Sócrates? O garoto suspirou e replicou: - Pode ser um bom tema, mas antes preciso de lhe fazer uma pergunta. - Então manda! - Encorajou Marcelo Rebelo de Sousa. - Os cavalos, as vacas e os cabritos comem a mesma coisa, certo?
Pasto, ervas, rações.
Concorda? -Sim. - Disse Marcelo Rebelo de Sousa. - No entanto, os cabritos excrementam bolinhas, as vacas largam placas de bosta e os cavalos grandes bolas...
Qual é a razão para isto? Marcelo Rebelo de Sousa pensou por alguns instantes, mas confessou que não sabia a resposta... E o garoto concluiu: - Então como é que o senhor se sente qualificado para discutir quem deve governar Portugal, se não entende de merda nenhuma?»
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Em dia de Corpo de Deus...
“O Verbo fez-se Carne e habitou entre nós”
(Jo 1, 14)
Corpo
Sentido, vivido, comungado…
Sangue
Essencial, vivencial, dado…
Poderá haver corpo sem Corpo? Sentir a humanidade que transparece a divindade dá a reposta imediata: não, não pode haver. O corpo isolado da Comunidade que sente, vive e comunga da realidade em cada pessoa é um corpo sozinho. A solidão, o afastamento, o desligar do outro, a superficialidade da vivência quer do próprio, quer do outro, está a tornar-se o marco do ocidente. Conseguirá o humano viver na plena solidão?
No entanto, mesmo que se esteja a tornar um marco, não é, a meu ver, um marco invencível. O Corpo vivido é, por mais que não se sinta, uma verdade no quotidiano. A partilha, a cumplicidade da amizade, a troca de experiências como o caminhar para a profundidade do outro permite que o Corpo se torne real. Pelo fazer e desfazer de laços que ajudam a ir mais além, o integrar da história vivida, o perdoar-se a si próprio…
Educados num racionalismo quase extremo, em que os afectos – a vivência da corporeidade, para ser mais específico – foram postos de lado, onde o sentir ou é para meninas, ou para os que não têm mais que fazer, nós humanos – de modo particular, os ocidentais – corremos o risco de ser objectos produtivos e não sujeitos de corpo e sangue vivificados. Em que cada qual comunga do Outro, dando o que é… Mesmo que seja o olhar, o toque, o grito, o limite, a doença, a vitória, o desejo, o sonho, a amizade, o amor, no fundo, a profundidade da humanidade, que revelam a subtileza da divindade quando dá… Do Seu Corpo e do Seu Sangue a que cada mulher e cada homem é convidado a participar…
A pala de Portugal
Já teve alguns destinos previstos, até ser sede da presidência do governo, mas nada se decidiu. Podia ser um museu, ter abrigado a Colecção Berardo sem desvirtuar a finalidade do CCB. Podia. Mas não foi nem é. Nada. O Pavilhão de Portugal, com a sua pala que parece desafiar a utopia, poderia ser a imagem desejada do País. Mas tal como Portugal que desafiou, em tempos, o impossível, ficou parado no tempo das suas passadas glórias. Triste destino.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
y agora o anúncio dos Tindersticks na Zambujeira.
A sorte é, os Tindersticks num cenário da Zambujeira do Mar, deve ser para adormecer aquela malta toda já grogue. Não vale a pena. Embora... tenha visto a Bela Cibele e foi granda surpresa, muita bom (num palco pequeno). Mais coisas boas, os Killers têm uma versão do Romeo and Juliet dos Dire Straits, MELHOR DO QUE O ORIGINAL!
Quando tanto sacrifico chega a ter graça
Lembrei-me disto por nada, ou talvez pelo sistema de transporte "colectivo" nos países mais pobres, cabe sempre mais um, e qualquer carrinha de caixa aberta leva dezenas por tuta e meia!
Glorioso
terça-feira, 20 de maio de 2008
Em vez de resposta na caixa de comentários...
... fica em post pessoal e mais íntimo!
MUITO Obrigado... Para os que me conhecem, e sobretudo conhecem a minha sensibilidade, ler-vos é esboçar um sorriso de orelha a orelha.
De facto, sou feliz... Por tanto, pelo que vivo, pelo Amor que sinto, pelas pessoas que me rodeiam, por seguir em frente... Por sentir que posso dar o meu contributo a que outros também sejam felizes... Seja a dançar, a conversar, a dizer a cada um que me peça: "Aqui estou!" - tal como na oração que deixei...
Conto um segredo:
Há dias em que estou a rezar, seja no meu quarto, seja enquanto passeio, e vejo as pessoas que me rodeiam e as que desconheço. Quando rezo no quarto coloco diante de mim uma fotografia, de um artigo da "Pública" já com uns três anos, de uma anciã etíope... Não a conheço pessoalmente, mas aquele olhar revela-me um pouco da Humanidade... E olho, quando rezo na rua, os rostos das pessoas e penso: "Aqui está alguém com a sua história de vida, não sei se com mais ou menos alegria ou sofrimento, mais ou menos amada ou desprezada... Não me pertence, não sei quem é, mas a partir deste momento, contribui para que o meu respeito pela humanidade seja cada vez maior..." Isto faz com que lute pelo valor da dignidade humana, olhando, dentro dos meus limites, para cada pessoa como única e especial...
Mesmo correndo riscos - como por vezes acontece - de ser mal interpretado, gozado, até julgado, o Amor que sinto de Deus leva-me a perder o medo de ir em frente, até ao infinito, como revelador desse mesmo Amor.
De facto, não me considero naïf, um dos meus males por vezes é pensar muito no que me rodeia, por já ter sofrido, bem, no fundo por viver intensamente... E ser crente, para mim, é aprofundar de facto este Amor. Com todo o racionalismo que me pode circular, há algo que ninguém me tira, é a sensação de Amar e ser Amado com uma profundidade tal que só me permite, mesmo no meio da adversidade, que também tenho, dizer: Sou Feliz!
Obrigado meus Amigos... Por tudo, sobretudo por serem quem são!
(Bolas, estou emocionado...)!!
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Lá voltam à "vaca fria"
Como "elitizado"? O Ensino Superior não é já só para uma elite? Ou estão estes estudantes convencidos que se não existissem propinas, ou estas não tivessem que aumentar periodicamente face au aumento do custo de vida, todos os estudantes saídos do Secundário correriam para Universidades e Politécnicos? Sobre as propinas pensei que já estivéssemos falados. Mas os mesmos meninos que gastam nos copos num fim-de-semana quase tanto quanto pagam de propinas e vão de carrões para as aulas, ainda voltam à "vaca fria". Não há pachorra!
Nova Missão, nova morada...
A nossa formação, na Companhia de Jesus, até à Ordenação é longa. Primeiro o Noviciado, depois a Filosofia, segue-se o Magistério antes da Teologia… Estou a terminar a licenciatura em Filosofia, seguindo em frente nesta caminhada e vou para o Magistério…
[Gostaria de contar pessoalmente a cada pessoa amiga, pelo respeito que tenho pela Relação Humana, mas… na impossibilidade… deixo escrito neste canto internético…]
Escolhi esta fotografia por ser elucidativa da minha próxima Missão. Dou um salto mais para sul, não para Lisboa como a imagem de fundo na fotografia, mas para o nosso Colégio de Cernache, perto de Coimbra, dar aulas. E também continuar a formação na área da dança, tanto prática como teórica, como contributo na articulação entre a arte e a espiritualidade. O desfoque da fotografia também ajuda… Afinal, ir em missão, apesar de se saber algo concreto, também se vai em caminhada para a novidade que se avizinha…
Para me sentirem o pulso, partilho o que escrevi na oração após me ter sido confiada a Missão:
Sou feliz! Estou mesmo contente pela missão que me é confiada.
Que sensação de entrega ao Outro... Aqui estou. Agora, de olhos fechados,
sinto-Te a me dar o escrito com o selo sagrado, com as Tuas mãos...
E vejo o Teu sorriso, e a minha vontade de me embalar nos Teus braços.
Aqui estou! E eis-me embalado nos braços do Amor.
Por tudo, sobretudo por Amar e ser Amado.
Senhor, Obrigado...
Aqui estou a ser +!
Quero ser +!
Procura-se director Editorial para a Sábado
Grande Caminhada
Inesquecível será os 5-3 ao Benfica em Alvalade
e agora estes 2-0 ao Porto.
Bi-Campeões de Portugal!
O Ataque
Mulheres à Arbitragem!
Breves para não xatear o mundo
sábado, 17 de maio de 2008
Estórias...
[Uma amiga especial enviou-me este texto de José Luís Peixoto...
E nessa noite choveu.
No domingo de manhã, acordei com um relâmpago espetado no olhar e um trovão a ressoar no peito, o cavalo de cartão?, o meu cavalo de cartão?, corri para o quintal, atravessei a cozinha em cuecas e com a camisa interior, corri e, descalço, entre as poças de água limpa e a terra húmida e as folhas das árvores a segurarem gotas suspensas no ar, no quintal, o cavalo de cartão estava onde o deixara. Um monte amorfo de pasta de papel, onde se distinguiam dois olhos tristes de diamante, a tinta desbotada a pintar o chão e as pedras. Ajoelhei-me sobre ele e chorei. Aquela manhã. Chorei. Foi o meu pai que me tirou de lá.
Para ti, para o nosso filho, para mim, quis um cavalo de cartão, sem a chuva. Um idílio impossível, sem a culpa que não se pode evitar. A culpa que tu e eu não tivemos. A condenação certa por existirmos. Conforme um precipício no fim de uma corrida: os corredores a terem de vencer e a meta a ser a linha de um precipício. Ou uma faca suspensa sobre nós, uma faca que se nos enterra nas costas a qualquer instante, sem motivo, uma faca que às vezes olhamos e sabemos que está lá pronta a cair e que vai cair, a qualquer instante, sem motivo. Uma faca enterrada nas costas, para sofrermos ou nos levar sofrendo. Não escolhi este destino. Escolhi estradas desconfiando que todas eram a mesma. E todas eram a mesma."
Com o que me envias pergunto? Que estradas surgem então para caminharmos? Facilmente me surge no pensamento a estrada da própria vida, remetida para a certeza de que somos em caminho. Não será, esta, uma resposta demasiado fácil? Talvez, dependendo de como encaro(amos) a vida. A vida se for banal a resposta é tornada ela mesmo fácil, até mesmo um facilitismo de uma rapidez de quem não quer ir mais além que a própria banalidade do respirar, simplesmente... No entanto, na profundidade exigida pelo sim diário que acontece no nosso coração, deixamos que o cavalo de cartão não adormeça aqui ou ali, mas esteja situado, mais, incorporado nas entranhas mais fundas do ser. Assim, a estrada ganha um outro contorno e todas as estradas passam a ser uma com as implicações que tenho contigo, com aquele que está ali a passar na sua estrada, no fundo o outro que me interpela a comunicar. Comungando da Vida, não na simples respiração, mas no acto de assimilar(-te) o ar que já não é de ninguém em particular, mas nosso, sim, nosso... Respiramos o mesmo, o infinito que acontece porque não conseguimos ser medíocres... Simplórios até... Não, vamos ao ínfimo do que podemos... Afinal, a verdade desenha-se com os passos dados. O que é o passado sem o olhar para o futuro? E o que sou eu, perdido na culpa que não é minha? Sim, se sou porque sou, trago a vida já não no baloiçar do cavalo de madeira, nem na fragilidade do de cartão, mas na segurança do Amor que não é matéria, mas de uma transcendência apenas permitida à carne que se deixa viver, dando-se...
Sim, choro diante do esquecimento de algo - ou alguém - especial. Como não o poderia fazer? Como se quem faz parte se apartasse. O meu olhar fica tremido diante do desbotar que nunca desejei, mas que acontece sem dar conta e sem que possa impedir... Mas a cor deixada na terra pode vivificar se alimentar o sonho mais profundo com toda a intensidade que me pode caracterizar... E as tais gotas, que (me) amachucaram, dão vigorosidade e com as lágrimas confundidas, tornam-se elas mesmas fonte de alimento para a transfiguração da Vida que partiu, mas que nunca deixará de ser... Porque o Amor não permite a morte, apenas que o rosto deixe de ser limitado, para ser pleno... E mesmo na dor, no rasgar do desespero como ponta do finito que ainda resta, a semente germina e dá fruto, porque Ele a quer mais perto de si...
Com o meu beijinho voador... De quem te/vos pensa e reza...
Calimero
It was an injustice, it was!!!.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Peregrinação
Milhares de pessoas reunidas sobre um mesmo goal, a euforia que se instala num estádio, o climax do golo. Domingo, estou pelo Estádio Nacional, desta vez no meio da Juve Leo. Não vou fazer qualquer estudo, foi a única forma de arranjar bilhete.
VENDE-SE
De amor e outros demónios
Em bom!
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Lendo os outros
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Pinto da Costa
Fé, fezadas e afins...
Mas na linha da fé... A fé mobiliza. Seja ela religiosa, seja ela futebolística, seja ela partidária... Há uma crença de fundo quase inexplicável. No entanto, a fé religiosa, quando bem vivida, leva o ser humano mais longe. Talvez porque leva ao questionamento, ao não querer ficar submetido ao que está, e impele a mais... As outras exemplificadas também poderão levar o ser humano mais longe, mas não o conseguirão levar à dimensão transcendental que a Vida, em si, comporta. Pode-se ter fé no jogador ou na táctica, até mesmo neste ou naquele candidato, mas não se consegue ir mais além que a simples relação com o humano. Agora a Fé, mais do que uma confiança, é um estado de vivência interior que eleva o humano à divinização com todos os outros, em que, sem dúvida, entra o campo do perdão, do respeito, da integridade - não simplesmente moral, mas totalizante - do Humano. Daí que a mensagem divina, seja uma mensagem de Vida e não meramente doutrinal.
Infelizmente na dimensão do religioso há muita confusão. Misturam-se mitologias, com crenças religiosas... Misturam-se medos, receios, com temor e respeito pelo Sagrado... E, depois, há uma tentativa ultra-racionalista de se explicar algo - ou alguém - que é mais do que a razão humana.
Para se viver isto há a surgir mais que um diálogo, aquilo que Gadamer designa por fusão de horizontes. De forma bastante simples, passa por uma escuta atenta do outro, numa atitude comunicativa, não rejeitando à partida o que ele me diz ou é, mas tentando ir ao fundo do que me possa dar. Porque a pessoa, tal como podemos encontrar no campo da Fé, tem uma história que, em si, tem algo para dizer, mesmo que mínimo...
Recordo a última parte da citação também de Gadamer que coloquei no meu último post: Precisamente através da nossa finitude, da particularidade da nossa essência, é que se detecta toda a variedade de linguagens e o diálogo infinito abre-se na direcção da verdade que somos. Somos, e não é sou. Não há nenhum ser humano, que possa dizer, eu tenho a verdade... E no campo da fé, isto é muito importante.
Morgado da minha parte fica com o meu Abraço pelo teu Acto de Contrição. Com a vontade de uma conversa...
Acto de Contrição
são coisas distintas. Distingo ainda, a mensagem de Cristo desta figura a que se resolveu chamar Deus. Admiro outra coisa, à força de se acreditar, conseguem-se coisas incriveis. Por último, a minha frase é infeliz, porque não a expliquei sequer.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Porque não recordar o pentecostes,...
Hans-George Gadamer