quinta-feira, 30 de abril de 2009

Evitando a gripe suina...mas com estilo

via Vanessa.

Eu também gostei!


"(...) eu gostei do ‘Se perder, perdi’ de Manuela Ferreira Leite. Gostei, porque demonstra, além de desapego, uma forma de estar na política que se traduz na apresentação de propostas que se os eleitores quiserem serão aplicadas mas, caso não o pretendam, cada um fica na sua e seremos amigos como sempre. Esta qualidade política é rara.

Só com este desapego é possível ser sincero. Só com este desapego é possível falar verdade. Pode dar pouco votos, mas quando o país acordar para a realidade, dará uma legitimidade imensa a quem souber estar desta maneira na vida política."

André Abrantes Amaral n'O Insurgente

Ana Gomes sempre em grande!


Comissão parlamentar britânica critica eurodeputada Ana Gomes
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"Esperamos que tenha abertura para reconhecer que as afirmações injustificadas proferidas são erróneas e que seja suficientemente íntegra para as retirar" (AQUI)
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mas afinal parece que...
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"Não retiro nem uma linha do que afirmo" (AQUI)

Um sonho de criança


Carvalho da Silva, líder histórico da CGTP, dá hoje uma entrevista ao Jornal de Negócios.

Relevante é verificar que a entrevista foi dada ou pelo menos as fotos da entrevista foram tiradas no Terreiro do Paço, centro do poder por excelência.

Ora, não é suposto ser a CGTP contestatária a esse poder ou, então, a escolha do sitio, tendo sido feita por Carvalho da Silva, foi como que um pedido de alguém que sempre teve o sonho de um dia ocupar um gabinete do Terreiro do Paço?
Já dizia Kissinger «o poder é o último afrodisíaco» e acrescento que são poucos que escapam a esta sedução!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dia Mundial da Dança

O que dizer?


Um fundo cinzento como um dia de chuva e um número verde, que apenas funciona das 14h às 22h, como se fosse um qualquer produto de limpeza.

Dia Mundial da Dança

Neste dia, deixo um vídeo do Finale, uma coreografia de Henri Oguike, com interpretação pela Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo. A partir de 1'42, o bailarino mais a esquerda é o Emílio Cervelló. Na quarta-feira da Semana Santa entrou na Cartuxa de Valência. Podemos encontrar uma pequena entrevista que o Emílio deu, a propósito desta entrada na Cartuxa, no blog "Ver para além do olhar".



terça-feira, 28 de abril de 2009

Prémio, venenosa eu?

«Não acredito que a relação com a Alexandra vá durar muito tempo. Para ela, aquilo de certeza que é mais um 'flirt'.»
Sónia Fortunato de Almeida, in Vidas

Prémio, ainda não percebi bem o que me aconteceu

«O Paulo pede-me para esperar por ele.»
Sónia Fortunato de Almeida, depois do Paulo ter voltado para os braços de Alexandra Lencastre, in Vidas

Prémio, faço sempre bem vestidinha

«Tirei muito pouco a roupa, foi natural. Nem os meus pais ou amigos ficaram chocados.»
Sara Salgado, in Nova Gente

Lisboa, que miserável

Foi realizado em Abril um estudo sobre as 50 cidades mundiais com melhor qualidade de vida.
No meio de tudo isto Lisboa ficou em 44º lugar, seguido de Chicago, Madrid, New York City e Seattle. No fundo, uma má cidade para se viver....

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Hoje, no Indie Lisboa


Muitos Dias tem o Mês
Margarida Leitão


Documentário, Portugal , 2009, 91', HDCAM
Argumento: Margarida Leitão
Fotografia: Pedro Marques
Som: Filipe Tavares
Montagem: João Braz
Produtor: Pandora Cunha Telles
Produção: Ukbar Filmes

"Que as famílias portuguesas estão sobreendividadas temos conhecimento. Aliás, estamos avisados: gastamos mais do que aquilo que temos. Não são raras as notícias dando conta de inúmeros créditos malparados, de vidas estagnadas ou, pior, completamente asfixiadas pela sobrevivência financeira. Parece então ser quase inexplicável que os anúncios ao crédito continuem a ocupar em grande parte os espaços publicitários, das ruas aos meios de comunicação. O que propõe Muitos Dias Tem o Mês é um olhar sobre um conjunto de famílias sobreendividadas, tentando perceber que mecanismos de aquisição de crédito acabaram por os aprisionar numa espiral infindável de empréstimos para pagar empréstimos. O recurso a estes empréstimos vulgarizou-se e o consumo democratizou-se. No entanto, tudo tem um preço. É difícil ser-se mais contemporâneo que isto: os portugueses têm vida a crédito, o país parece estar à venda. Qual é o preço das nossas necessidades?"

Exibições:
27 Abril, 21:45, Cinema São Jorge, Sala 1
1 Maio, 21:15, Cinema Londres, Sala 2
Mais informações AQUI

domingo, 26 de abril de 2009

Sai amanhã



Os Hoje, um projecto pop português liderado pelo músico Nuno Gonçalves (The Gift), apresentam um álbum que revisita fados interpretados por Amália Rodrigues à luz da sonoridade pop.

Nuno Gonçalves assina a escolha do alinhamento, os arranjos e a direcção musical do grupo, que inclui Sónia Tavares, vocalista dos The Gift, Fernando Ribeiro, líder do grupo metal Moonspell, e Paulo Praça (ex-Turbo Junkie e Plaza).

Intitulado «Amália Hoje», o álbum terá nove fados imortalizados por Amália Rodrigues e sairá a 27 de Abril pela La Folie e Valentim de Carvalho Multimédia, no ano em que se completa uma década da morte da cantora.

Em declarações à agência Lusa, Nuno Gonçalves disse que o convite para este projecto surgiu há cerca de um ano por parte da Valentim de Carvalho e que lhe foi dada total liberdade para escolher os fados «a partir de um catálogo muito respeitado».

Mesmo em reverência à obra de Amália Rodrigues, Nuno Gonçalves defendeu que «é redutor falar apenas em fado, tocado com duas guitarras e um xaile negro», quando se fala da maior das fadistas.
O projecto, que o músico define como «uma pedrada no charco», pretende mostrar que Amália Rodrigues foi uma artista pop como Portugal não voltou a ter mais.

Para esta homenagem, Nuno Gonçalves deixou de fora a guitarra portuguesa e deu sangue novo ao repertório da fadista, recorrendo à guitarra eléctrica, bateria, programações, sintetizadores e a uma formação de orquestra.

O alinhamento do disco reflecte «uma escolha pessoal dos fados de Amália e ao mesmo tempo uma escolha que não fosse óbvia».

«Escolhi composições que tivessem espaço para crescer e que tivessem muita pop em si», referiu.

Sobre as vozes escolhidas, Nuno Gonçalves explicou que Sónia Tavares, Paulo Praça e Fernando Ribeiro se complementavam no objectivo de evidenciar segurança a cantar, respeito pelas letras e uma interpretação que soasse genuinamente portuguesa.

O primeiro single a retirar do álbum será «Gaivota», com poema de Alexandre O´Neill e música de Alain Oulman, na voz de Sónia Tavares.

Sabe-se ainda que Fernando Ribeiro interpretará «Formiga Bossa Nova», também de O´Neill e Alain Oulman, e «Grito», poema de Amália Rodrigues musicado por Carlos Gonçalves.

Paulo Praça interpretou «Nome de rua», de David Mourão-Ferreira e Alain Oulman.

«Amália hoje» é descrito por Nuno Gonçalves como «um disco épico, muito orgânico, mas pesado em termos de produção», já que contou com gravações em Londres com a London Session Orchestra e foi misturado em Dublin e Madrid.

O músico acredita que o álbum tem potencialidade para ser editado também no estrangeiro e pode sobreviver à existência do próprio grupo, criado de propósito para este projecto editorial.

Nuno Gonçalves não descartou ainda a hipótese do álbum ser transposto para o palco.

sábado, 25 de abril de 2009

O telefone

«(...) Uma das realidades da vida moderna é a nossa crença na santidade do telefone. As pessoas interrompem um acto de amor ardente ou suspendem uma discussão violenta para obedecer à sua ordem. A recusa de atender é equiparada à anarquia, a um ataque à própria estrutura da sociedade (...)»
Paul Auster, in O jogo dos Enganos (Squeeze Play)

Uma animação, portanto...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ensaio "Ser Humano: Ser Corpo em Relação"




Foi publicado um ensaio meu - Ser Humano: Ser Corpo em Relação - numa nova revista on-line "Informativo FdS - Ferraz de Souza". O site base: www.ferrazdesouza.com.

O site e a revista têm como objectivo a investigação sobre o corpo no campo cultural. Está a começar... Esta foi a segunda edição.

Absolutamente a não perder!!




Encounters at the End of the World
Werner Herzog

Exibições:
23 Abril, 21:30, Cinema São Jorge, Sala 1 •
3 Maio, 16:00, Cinema São Jorge, Sala 1

Documentário, Estados Unidos da América , 2007, 99', Beta Digital
Argumento: Werner Herzog
Fotografia: Peter Zeitlinger
Música: David Lindl, Henry Kaiser
Som: Werner Herzog
Montagem: Joe Bini
Produtor: Henry Kaiser
Produção: Discovery Films

Mais informações AQUI

Público, com uma capa assim mal lhe consigo tocar


Prémio Achas que acreditamos, pá?

«Otelo admite recusar promoção
Lídser operacional do 25 de Abril não ficou satisfeito com a promoção a coronel por reconstituição da carreira. Pondera não aceitar e processar o Estado»
in, Correio da Manhã de 24 de Abril de 2009
Fazer o que nos pedem, fazer o que nos apetece ou fazer o que é suposto ser feito?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Educação

Ausente, mas não desaparecido...

Deixo um vídeo interessante, resultado de uma investigação de Michael Wesch, professor de Antropologia Cultural.


25 de Abril sempre e sempre mais para alguns


«Otelo promovido ganha 49 800 euros


Otelo Saraiva de Carvalho foi esta semana promovido a coronel de Artilharia. A promoção do líder operacional do 25 de Abril, efectuada ao abrigo da lei da reconstituição das carreiras dos militares que tenham sido penalizados por terem participado no período de transição da Revolução de 1974, ocorre sete anos depois de Paulo Portas ter travado essa iniciativa, enquanto ministro da Defesa, por questões relacionadas com o processo que envolveu o grupo terrorista FP-25, no qual Otelo foi indultado e depois amnistiado.»


in Correio da Manha, 15 de Abril de 2009

Pois...

... porque, de resto, a criatividade é tão ilimitada quanto a estupidez...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Gabrielle



Estreou hoje em Paris da França e estará brevemente entre nós!

Quando a realidade é melhor que a ficção

Abrimos a secção Portugal de hoje, 22 de Abril de 2009, do Correio da Manha e o que temos:
1. «Ciúme Gay acaba em morte a tiro»
2. «Atirador detido pela Judiciária»
3. «Ladrão a catana fica preso»
4. «Eu no fundo tinha pena dele», caso do pai pedófilo que abusava das filhas
5. «Trio assalta bomba e duas farmácias»
6. «Gang arromba casas e amordaça famílias»
7. «Português deu 15 facadas na ex-namorada»
8. Estudantes detidos por roubar jovem»
9. «Polícia condenado por ter falsificado queixa do sogro»
10. «Mata a mulher com tiro na boca»
11. «Raparigas sequestraram»
12. «Trio armado espalha terror em assalto aos CTT»
13. «Traficantes atascam lancha de 200 mil euros»
14. «Contramão A2 com taxa de 2,48gr/l»

Sem razão a minha música de hoje

terça-feira, 21 de abril de 2009

Water... o filme!

Prémio a Hipocondríaca

«O tamanho interessa?
- O que importa é que tenha saúde.»
Joana Azevedo, in Noticias TV, de 16 de Abril

Earth Water já em Portugal


Arrancou esta semana em Portugal um projecto pioneiro de solidariedade.

A água embalada Earth Water é o único produto no mundo com o selo do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), revertendo os seus lucros a favor do programa de ajuda de água daquela instituição.

A nível nacional, a Earth Water é um projecto que conta com a colaboração da Tetra Pak, do Continente, da Central Cervejas e Bebidas, da MSTF Partners, do Grupo GCI e da Fundação Luís Figo.

Com o preço de venda ao público (PVP) de 59 cêntimos, a embalagem de Earth
Water diz no rótulo que «oferece 100% dos seus lucros mundiais ao programa
de ajuda de água da ACNUR», apresentando, mais abaixo, o slogan «A água que
vale água».

Actualmente morrem 6 mil pessoas no mundo por dia por falta de água potável.

Com 4 cêntimos, o ACNUR consegue fornecer água a um refugiado por um dia.

http://earth-water.org/

"Todos os dias morrem seis mil pessoas devido à falta de água potável e destas, 80% são crianças. A cada 15 segundos morre uma criança devido a uma doença relacionada com a água.


Com a criação da Earth Water pretende fazer-se a diferença e melhorar estas estatísticas assustadoras. Ao desenvolver o conceito "You Never Drink Alone" pretende-se criar solução para a falta de água mundial.


CUSTA APENAS 0.59 euros

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Museologia by Handel...



...os meu alunos sofrem tantooo com estas coisas horrorosas que eu os obrigo a ver!!!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Lendo os outros...

"Ando com um azar dos diabos. Ia hoje todo contente para aquele ritual do "cafézinho", convencido que ia fincar o dente numa boneca que tenho debaixo de olho vai para lá de cinco meses, e sem ligar muito àquela mania que agora as gajas boas têm de, chegadas aos 26, irem estudar Psicologia. Mal me sento, começo a ver a vida a andar para trás. Não confio nos homens... procuro um compromisso, uma relação estável e duradoura, gostava de construir um futuro e uma família, dizia ela, e eu já pior que estragado ia disfarçando, pois, é difícil, a sociedade exerce uma grande pressão e outras tangas que me iam ocorrendo. Virou-se a barbie para mim: então e tu, compromissos? Compre quê? Se quando me falam da Verdade a resposta só pode ser, é muita metafísica para mim, quando se leva uma banhada destas uma pessoa íntegra e séria (?) responde: compromissos? hum... pois, faltei a essas aulas. Pior do que isto, só mesmo ainda ter tido de pagar quatro euros pelos cafés (igualdade entre sexos, o caralho) e a certeza de que vai ser um artolas, um daqueles tipos que passa os vinte e os trinta a jogar computador e que tem o youporn como página principal do seu navegador, que vai abifar-se no torrãozinho. Se não há orgasmos, também não há cornos na testa. Verdade.

A minha vida é tão triste."

Para ti

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Verdade


"45 E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.
46 E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
47 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias,
48 E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.
49 Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo.
50 E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.
51 E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;
52 E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
53 E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.
54 E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus."


Evangelho Segundo S. Mateus 7, 45-54

quinta-feira, 9 de abril de 2009

E se fosse hoje?


"64 Ora, Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu.
65 Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
66 E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno.
67 E ele negou outra vez com juramento: Não conheço tal homem.
68 E, daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia.
69 Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou.
70 E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente."

Evangelho Segundo S. Mateus 26, 64-70

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Prémio Há futuros chatos

«Antigo presidente peruano Alberto Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão.»

sábado, 4 de abril de 2009

Hoje no Centro Cultural de Belém


PAIXÃO SEGUNDO SÃO MATEUS
DE JOHANN SEBASTIAN BACH



"Foram vinte e seis as paixões que Bach dirigiu entre 1723 e 1750, enquanto Kantor da igreja de são Tomás em Leipzig. Cinco destas paixões foram compostas pelo próprio Bach, mas apenas duas delas chegaram completas aos nossos dias: a Paixão Segundo São João e, aquela que por muitos é considerada a mais completa das suas composições, a Paixão Segundo São Mateus. Foi no ano de 1727, na sexta-feira santa, que Bach apresentou na igreja de São Tomás esta obra de dimensões musicais extraordinárias, executada por dois coros, dois órgãos, duas orquestras e cinco solistas.
A música tem o poder de sacudir as pessoas e de penetrar profundamente nelas, obrigando-as a reflectir. Mas isto não pode ser interpretado nem como confortável, nem previsível e ainda menos tranquilizante"


DIVINO SOSPIRO
ENRICO ONOFRI direcção

GRUPO VOCAL OFFICIUM
PEDRO TEIXEIRA direcção

CORO INFANTIL DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
ERICA MANDILLO direcção


SOLISTAS
EVANGELISTA ANDREW TORTISE tenor
JESUS JOÃO FERNANDES baixo
PEDRO / JUDAS / PILATOS / PONTÍFICE I FULVIO BETTINI baixo
PONTÍFICE II MANUEL REBELO baixo
TESTEMUNHO I FERNANDO GUIMARÃES tenor
TESTEMUNHO II KAREN CARGILL contralto
PRIMEIRA SERVA / SEGUNDA SERVA / MULHER DE PILATOS JOANA SEARA soprano

CORO INFANTIL DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
ALEXANDRA SOUSA | ANDRESA OLIVEIRA | CAMILA ROBERT | CAROLINA ZERBES | CLARA GONÇALVES | CONSTANÇA VILLAVERDE | JOANA BARROSO | JOANA CARDOSO | LEONOR ROBERT | MARIANA FERNANDES | MARIANA COURTEILLES | MARIA CARATÃO | REBECA AMORIM | TERESA REBORDÃO | TERESA REIS | TERESA VASCONCELOS

PRODUÇÃO:
CCB | DIVINO SOSPIRO ORQUESTRA EM RESIDÊNCIA NO CCB

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Num pressuposto equilibrado

As pessoas estão prontas a viver em bom entendimento, mas não querem ser viciadas em agradar. A condição humana assenta num pressuposto equilibrado: a vida agrada a uns e desagrada a outros. Há uma parte da solidão que não podemos compor, e é melhor que assim seja, porque é na solidão que assenta a diferença tão falada. É isso que se receia: que nos proíbam a solidão, esse pequeno espinho que afinal nos faz solidários na multidão. Observem um grupo de pessoas que ri da mesma anedota: estão abertas a esse prazer do momento, mas não se distraem da faculdade de serem sós na sua fundamental forma de orgulho que é serem únicas. A moral consta duma certa dose de cortesia para parecermos bons. «Só Deus é bom.» Se percebermos esta conclusão, percebemos que imitar o bem é tudo o que humanamente nos é permitido.
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Agustina Bessa-Luís, in 'Dicionário Imperfeito'

Lendo os outros...

"No início, ninguém dá nada por eles. Mas, pouco a pouco, vão conseguindo afirmar o seu espaço. Não se lhes conhece nada de significativo, mas começa a dizer-se deles que são porreiros. Geralmente estes tipos porreiros interessam-se por assuntos também eles porreiros e que dão notícias porreiras. Note-se que, na política, os tipos porreiros muito frequentemente não têm qualquer opinião sobre as matérias em causa mas porreiramente percebem o que está a dar e por aí vão com vista à consolidação da sua imagem como os mais porreiros entre os porreiros. Ser considerado porreiro é uma espécie de plebiscito de popularidade. Por isso não há coisa mais perigosa que um tipo porreiro com poder. E Portugal tem o azar de ter neste momento como primeiro-ministro um tipo porreiro. Ou seja, alguém que não vê diferença institucional entre si mesmo e o cargo que ocupa. Alguém que não percebe que a defesa da sua honra não pode ser feita à custa do desprestígio das instituições do Estado e do próprio partido que lidera. O PS é neste momento um partido cujas melhores cabeças tentam explicar ao povo português por palavras politicamente correctas e polidas o que Avelino Ferreira Torres assume com boçalidade: quem não é condenado está inocente e quem acusa conspira. Nesta forma de estar não há diferença entre responsabilidade política e responsabilidade criminal. Logo, se os processos forem arquivados, o assunto é dado por encerrado. Isto é o porreirismo em todo o seu esplendor.
Acontece, porém, que o porreirismo de Sócrates, pela natureza do cargo que ocupa, criou um problema moral ao país. Fomos porreiros e fizemos de conta que a sua licenciatura era tipo porreira, exames por fax, notas ao domingo. Enfim tudo "profes" porreiros. A seguir, fomos ainda mais porreiros e rimos por existir gente com tão mau gosto para querer umas casas daquelas como se o que estivesse em causa fosse o padrão dos azulejos e não o funcionamento daquele esquema de licenciamento. E depois fomos porreiríssimos quando pensámos que só um gajo nada porreiro é que estranha as movimentações profissionais de todos aqueles gajos porreiros que trataram do licenciamento do aterro sanitário da Cova da Beira e do Freeport. E como ficámos com cara de genuínos porreiros quando percebemos que o procurador Lopes da Mota representava Portugal no Eurojust, uma agência europeia de cooperação judicial? É preciso um procurador ter uma sorte porreira para acabar em tal instância após ter sido investigado pela PGR por ter fornecido informações a Fátima Felgueiras.
Pouco a pouco, o porreirismo tornou-se a nossa ideologia. Só quem não é porreiro é que não vê que os tempos agora são assim: o primeiro-ministro faz pantomima a vender computadores numa cimeira ibero-americana? Porreiro. Teve graça não teve? Vendeu ou não vendeu? Mais graça do que isso e mais porreiro ainda foi o processo de escolha da empresa que faz o computador Magalhães. É tão porreiro que ninguém o percebeu mas a vantagem do porreirismo é que é um estado de espírito: és cá dos nossos, logo, és porreiro.
E foi assim que, de porreirismo em porreirismo, caímos neste atoleiro cheio de gajos porreiros. O primeiro-ministro faz comunicações ao país para dizer que é vítima de uma campanha negra não se percebe se organizada pelo ministério público, pela polícia inglesa e pela comunicação social cujos directores e patrões não são porreiros. Os investigadores do ministério público dizem-se pressionados. O procurador-geral da República, as procuradoras Cândida Almeida e Maria José Morgado falam com displicência como se só por falta de discernimento alguém pudesse pensar que a investigação não está no melhor dos mundos... Toda esta gente é paga com o nosso dinheiro. Não lhes pedimos que façam muito. Nem sequer lhes pedimos que façam bem. Mas acho que temos o direito de lhes exigir que se portem com o mínimo de dignidade. Um titular de cargos políticos ou públicos pode ter cometido actos menos transparentes. Pode ser incompetente. Pode até ser ignorante e parcial. De tudo isto já tivemos. Aquilo para que não estávamos preparados era para esta espécie de falta de escala. Como se esta gente não conseguisse perceber que o país é muito mais importante que o seu egozinho. Infelizmente para nós, os gajos porreiros nunca despegam."
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Helena Matos no jornal Público de hoje

Hoje acordei mais ou menos assim...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Piada do dia, via Carlota

- Qual é o problema da sua esposa?
- Surdez. Não ouve nada.
- Então o senhor vai fazer assim: antes de vir com ela, pois só tem consulta daqui a 15 dias, vai fazer um teste para facilitar o diagnóstico do médico.
O senhor vai colocar-se a várias distâncias da sua esposa. Fala para ela normalmente e, quando vier, diz ao médico a que distância estava dela, certo?
Nesse dia, à noite, quando a mulher estava a preparar o jantar, o idoso lembrou-se então de fazer o teste. Mediu a distância que estava em relação à mulher. E pensou: 'Estou a 15 metros de distância. Vai ser agora!'
- Maria... o que é o jantar?
Nada. Silêncio. Aproxima-se 5 metros .
- Maria... o que é o jantar?
Nada. Silêncio. Fica à distância de 3 metros:
- Maria... o que é o jantar?
Silêncio. Por fim, encosta-se às costas da mulher e volta a perguntar:
- Maria! O que é o jantar?
- É frango, foda-se!!! É a quarta vez que te respondo!!!...Porque será que os homens acham que os problemas são sempre das mulheres?...