quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Às moscas

Nos meses de Verão, em especial Agosto, a cidade de Lisboa pára. Até aqui não há novidade. Mas se Lisboa pára, então Lisboa vive em essência para os lisboetas. Qualquer grande cidade europeia vive para si e para os de fora de si. No dia em que Lisboa começar a ter produtos, que possamos oferecer a quem nos visita e a quem fica, certamente teremos bastante a ganhar, em termos de visibilidade, notoriedade e financeiramente. São Carlos é o que é, porque não sai de si mesmo, nem do snobismo de meia duzia de árvores petrificadas que ali têm lugar cativo. Mesmo na Gulbenkian, excepção ao Jazz, o marasmo instala-se. O CCB oferece meia dúzia de espectáculos light, mais carnavalescos que interessantes. As outras salas ... enfim, o deserto.

1 comentário:

  1. Anónimo13:20

    Uma cidade cada vez mais pensada para trabalhar e não para ser vivida. Excepção a alguns bairros, como o de Campo de Ourique.
    Temos ainda um cinema de bairro, a Cinemateca e a excelente Gulbenkian (veja as programações dos últimos anos da Gulbenkian para perceber que por lá se tem bebido água límpida.
    Lisboa está menos periférica do que nos anos 70/80, mas do centro tem atraído, quase sempre lixo light).Não é um deserto, mas parece.

    Abraço
    O anónimo das 15:15.

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