Hoje, assim que sai à rua, recordei-me das manhas em que saía, pela manha, com o meu pai para o seu trabalho. O pai cheio de papeis debaixo do braço, já cheio de preocupações e a queixar-se de que, mesmo sendo de manha, já não teria tempo para tudo o que tinha que fazer ao longo do dia.
Por pequenos momentos era esquecido perante a importância dos seus afazeres, mas isso não me incomodava, até me fazia sentir importante, mais crescido, um adulto. Esquecia-me que era criança e era igual ao pai, um crescido.
Mas a melhor parte era quando o pai me voltava a descobrir e, sem que estivesse à espera, até porque já me sentia sozinho no mundo, sentia a sua mão à procura da minha, que de tão grande que era quase me levava o braço todo…
Hoje sou eu quem lhe dá a mão.
Hoje sou eu quem lhe dá a mão.
Que bonito, T. Um beijo
ResponderEliminarÉ a ordem natural das coisas. Oxalá possa manter a sua mão na dele durante muitos anos...
ResponderEliminarParabéns pelo post!
ResponderEliminarTodos temos um pouco desta tua imagem. Das manhãs em que saíamos, lado a lado, com o nosso pai, que nos deixava à porta da escola, mas onde pelo caminho éramos, ainda que por momentos, omnipresentes. Por momentos apenas.