Acho extraordinário, depois de defrontar publicamente um modelo de gestão, haver quem considere que a Dalila Rodrigues, apesar do seu indiscutivel mérito, deva continuar à frente do MNAA. Não percebe com certeza nada de gestão. Entre a Dalila e o ministério da Tutela, poderão haver todas e quaisquer guerras, discordâncias, pensamentos, abordagens e formas de agir distintas, mas, para bem das instituições que dirigem, ficarão sempre entre os orgãos decisores.
Ao declarar-se publicamente contra, está a abrir caminho a facções, grupos e vozes contrárias. Se alguém concorda com isto, enfim, nada a opôr, mas é uma atitude bem mais de guerrilha e sabotagem do que gestão que revele brio e ética profissional.
Se discorda da tutela, di-lo publicamente e pede a demissão. Repito, apesar de todo o mérito que possa ter.
A Dalila sempre respeitou a tutela. Tentou apenas iniciar um debate sobre o modelo de gestão do principal Museu do país. Fê-lo com base na sua (bem sucedida) experiência profissional e com base em modelos que resultaram no estrangeiro (como é o caso do Museu do Prado em Madrid). Publicamente nunca se ouviu de Dalila Rodrigues uma palavra que pudesse ser considerada desrespeitosa para com a Ministra ou para com o Instituto Português de Museus. Numa empresa privada (e eu já trabalhei em algumas) nunca um funcionário foi penalizado por apontar caminhos diferentes que podem conduzir ao sucesso. Não foi guerrillha nem sabotagem. Foi a voz da experiência a falar.
ResponderEliminarCarta Aberta de Apoio a Dalila Rodrigues.
ResponderEliminarIniciámos uma missão.
Apoiamos uma causa.
Carta Aberta de Apoio a Dalila Rodrigues:
http://www.petitiononline.com/Dalila/petition.html
Para assinar on-line.
caro Morgado Louro, desculpe que lhe diga que a sua posição me parece demasiado radical. Porque é que a discordância, ainda que anunciada publicamente - o que, admito, não deve ser feito - tem que levar simplesmente à demissão? Não seria possivel a tutela mostrar civilizadamente que as opiniões não devem ser alardeadas mas ainda assim valorizar mais o trabalho e a competência do que esse pecadilho? A menos que houvesse uma situação clara de afronta, ou desafio, ou deslealdade no exercício de funções, é altura de começarmos a valorizar REALMENTE o trabalho das pessoas e o muito que podem trazer para uma instituição. Os radicalismos não reforçam a autoridade, apenas o medo, não esclarecem as opiniões discordantes, antes as desmotivam, e criam uma horda de sim-senhor que se limitam, e bem, a cumprir ordens. A mais não são obrigados, não lhes pagam para pensar não é???
ResponderEliminarA Dra. Dalila Rodrigues estava a transformar-se na Paula Teixeira da Cruz da cultura.
ResponderEliminarDeu várias entrevistas em que a tónica dominante era a contestação da política cultural dos orgãos oficiais, o que se traduz numa grande falta de bom senso.
Existem pessoas que não conseguem viver sem protagonismo; ela foi, reconhecidamente, um caso desses.