sábado, 31 de maio de 2014

Em dia de Visitação [e do Tripulante de Cabine]




[Secção outros tons] Visitar: sair ou viajar ao encontro de alguém a quem sirvo num abraço, na escuta ou simplesmente no olhar que abre o horizonte. Partilha-se o alimento ou as perguntas que fazem ir mais longe. Os Mistérios ganham outra luminosidade... e percebe-se o convite à descoberta de outros voos. [Recordo de forma de especial, neste dia da Visitação e do Tripulante de Cabine, todos os que voam e que permitem o voar... em particular antigos colegas e agora amigos ]

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Numa breve passagem por Taizé...




Capela da Ressurreição em Taizé


Aqui, neste silêncio habitado por tanta gente, rezo: Senhor, dou-te graças pela amizade, pelas histórias que também constroem a minha, pelas pessoas que não se cansam de sonhar e pôr em prática a Vida pelo outro. Peço-te por todas as pessoas que guardo no coração. Abraça-as muito! 

terça-feira, 27 de maio de 2014

[Secção pensamentos soltos]



Marco Parenti

(Versión en español en los comentarios)

Há insistência em contar as coisas como elas são. É justo! É de verdade que se trata. No entanto, há o perigo de abuso, como se alguém a tivesse em pleno bolso, junto com meia-dúzia de moedas. “Sou muito verdadeiro, digo tudo o que tenho a dizer no momento!” Esta frase pode magoar, mesmo que pareça revestida de autenticidade. Arrisca-se o pecado da omissão do tempo, do espaço, do outro. Antes de se dizer, tenta-se investir no perdão… primeiro de si próprio, não deixando as dores das feridas pessoais falar. Dar a outra face, com olhar fixo no horizonte, é sinal que o caminho não acaba ali. É oportunidade de recomeço… e de contar de outro modo as coisas como elas são.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

[Secção outros tons]



Ralitsa Byalkova


As palavras, presas no emaranhado de pensamentos e emoções, não saem na forma ajustada. O silêncio torna-se o melhor texto. E fico à escuta. Afinal, o caminho aproxima futuro.

domingo, 25 de maio de 2014

Em dia de eleições europeias



Ivan Tereschenko


Nesta noite surge a sensação de tristeza, incómodo, preocupação, um laivo de medo, por ser estrangeiro, apoiando uma comunidade com bastantes emigrantes, em França. Salientando que mais de metade da população votante do país [como em muitos outros] não votou… Brinca-se às birras políticas, até com a democracia, mas isto não é o “pictionary” ou o “Risco”… é sério e pode-se jogar com a vida de muita gente.

sábado, 24 de maio de 2014

[Desabafos... sobre isto das redes sociais]



J. Baylor Roberts


Considero-me um “facebooquer”, um “blogger”, sim, nisto de vir cá partilhar, mantendo contacto com amigos, ver coisas novas a partir das páginas que gosto, etc. Não tenho crítica fácil, nem às redes sociais, nem ao que cada um publica ou deixa de publicar. A minha grande crítica passa pelo perigo de se aceitar tudo, tomando como verdade algo que não se sabe. Sou daqueles que quando vê uma coisa que a curiosidade chama a atenção, mas tem ar suspeito, vai ao google confirmar: “spam? vírus?”, evitando enviar o belo do vírus por esse mundo virtual fora. Aprendi também que a velocidade das redes sociais pode permitir o bem, mas também o pior que se pode imaginar, por exemplo, entre outras coisas, cyberbullying ou alguém perder a vida em linchamento popular "por engano". As tais histerias perigosas… cada vez mais comuns na actualidade em que a racionalidade perde terreno, impedindo a noção de "critério", validando-se tudo a partir da emoção do momento. O que vai acontecendo? A desinformação impede a formação (também de consciência). E como formar leva tempo e dá trabalho, cai-se no perigo de viver e comentar a partir do “eu cá tenho a minha opinião pessoal e se não te agrada paciência”, isto, claro, em nome da tão afamada “liberdade de expressão”. Cada vez mais me convenço: a liberdade também implica aprender a saber perder… e isso, é todo um caminho a ser percorrido, não por auto-estrada, mas por estrada rural.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Abstenção a ganhar [infelizmente]





Parece que a abstenção vai ganhar mais uma vez nas próximas eleições. Isso preocupa-me. Sei que os factores são muitos, mais ou menos justificáveis, mas dá-me que pensar que é sobretudo o desinteresse, a desconfiança ou o desagrado que motivam a abstenção. Não é “só um voto”, é a opinião/vontade de cada pessoa que vota, aliada à história da possibilidade de emitir essa opinião/vontade. Ainda há dias comentava-se em aula que a consciência cívica vai desaparecendo. Se desaparece totalmente, haverá alguém com muita vontade de impor uma nova… ao seu modo. Pelo que a História nos recorda, essas imposições não deram resultados agradáveis. Conheço quem os viveu… não me apetece viver nada igual ou parecido.

terça-feira, 20 de maio de 2014

[Secção Sonhos]



O meu badget de comissário, junto com a estola que uma amiga muito especial, que já está junto do Pai, me ofereceu. Foi a minha primeira estola.

(Versión en español en los comentarios)


Hoje sonhei que estava a celebrar uma Missa num avião… com o pormenor de que estava fardado e de estola. ;) E assim juntam-se duas coisas que gosto muito. Faltou o movimento coreográfico, mas “we never know”! ;) Enfim, a emoção, pelos vistos também dá para isto. ;)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Do medo.. à liberdade.




Max Seigal

(Versión en español en los comentarios)


Medo. Foi o sentimento que me acompanhou durante anos. Não sai de um dia para o outro. Também não deixo que me volte a amordaçar os movimentos. Voltei ao “medo de perder-me” e dancei com o que não vejo… as costas e o seu infinito. Num primeiro momento ainda queria ver, buscar, tentar agarrar-me à segurança de algo. Concentrei-me, voltei à respiração e suavemente surgia o sussurro vindo do fundo de mim: liberta-te! Por breves instantes voltei ao caminho feito, repassando nomes, situações, gestos que acabaram por empurrar-me para a frente. Acabei como homem do aqui e do agora. Recomecei, agora de olhos postos para o horizonte, tendo em memória o corpo que cresce, que se eleva como árvore que alcança o céu. Densidade nos gestos, com novidades e leveza. No novo passo de autenticidade, entreguei-me… nos instantes em que mais um pouco do medo se desvaneceu. Acabei como homem de fé. Liberdade. É o sentimento que me acompanha no presente.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Eleições ao Parlamento Europeu




Sempre que voto agradeço por todos os homens e mulheres que lutaram para que eu possa viver este direito. Agradeço também a liberdade que tenho em poder decidir, com o máximo de humildade, o que penso ser melhor para o futuro que não é só meu, mas de toda uma Comunidade. Da minha parte, já votei! 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Fátima... [um Mistério de Fé!]



Henriques da Cunha


Das imagens que mais gosto, quando estou em Fátima a 12 de Maio ou de Outubro, é o momento em que se elevam as velas durante o terço. Das várias vezes que lá estive, encontrei pessoas do mais variado que se pode imaginar: pobres de dinheiro ou de espírito, ricas de criatividade ou de vaidade, crentes em Deus ou na energia cósmica do Universo, descrentes na política ou na família, alguém na solidão estando rodeada do grupo que a acompanhou em peregrinação e alguém com o coração cheio de gente, depois de ter caminhado só, em silêncio, durante 5 dias para agradecer algo importante na sua vida. Na escuridão, não havia rostos, nem roupas, apenas a luz que cada pessoa, independentemente da sua história pessoal e de relação com Deus, elevava. Essas luzes iluminam sempre todo o recinto… e, atrevo-me a dizer, a humanidade. Gosto desse momento, pois não se pode fazer nenhum julgamento. E aí está um dos Mistérios da Fé! 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Pensar custa...



Lynn Johnson

(Versión en español en los comentarios)


Pensar à séria custa. E custa ainda mais quando tenho de admitir que a minha opinião pode não ser a [mais] correcta ou que lhe faltam dados para que seja adequada e justa. Já me custou mais o “perder a opinião”, mas tal, felizmente, vai diminuindo, quando é isso que faz sentido. Apesar de por vezes as vísceras se incomodarem quando ouço, vejo ou leio algumas coisas, tento aplicar a razão. Isto por ser mais p’ó emotivo. Talvez quem seja mais p’ó racional, poderia pensar que no corpo, além do córtex cerebral, também há baço, esófago, fígado, estômago, fémur, genitais, pulmões, tendão de Aquiles, “the famous one” coração, etc., etc.. Pensar à séria custa… afinal, é preciso fazê-lo com o corpo todo. Tenho para mim que haveria mais serenidade na apresentação das opiniões.

domingo, 11 de maio de 2014

Bring back our girls


[Sem título e sem muitas mais palavras, junto-me à causa!]


[“Devolvam as nossas raparigas | E todas as outras que vivem sem liberdade e dignidade!!”]

[Penso alto neste dia em que se reza especialmente pelas vocações]



Micael Martel

(Versión en español en los comentarios)


Deus chama sempre. O importante é parar e escutar para poder responder o que faz sentido nesse chamamento. Há os naturais sentimentos de medo, de dúvida e de estranheza, muita vezes provocados pelos preconceitos, ideias feitas, etc. e tal sobre a vocação de padre, religioso (ou Irmão) ou religiosa (vulgo freira), em relação ao casamento, à maternidade ou paternidade, outro modo de vida de consagração, ou ainda sobre esta ou aquela profissão. A liberdade passa mesmo por “pôr as cartas na mesa” e com serenidade ver o que faz sentido na vida pessoal, com total honestidade. Pessoas perfeitas não existem. Existem, sim, pessoas convidadas a crescer em humanidade e em serviço, na vocação a que são chamadas. Actualmente, em que se gosta tanto de desafios, um dos maiores é o de viver plenamente a própria vida… e para isso há respostas a dar e caminho a fazer.

sábado, 10 de maio de 2014

Abençoar [casas]



Ulises Rivero

(Versión en español en los comentarios)


Têm-me pedido para abençoar casas. Tem sido uma experiência bonita, pois é outra forma de levar Deus à vida concreta das pessoas. Há dias, depois de uma pequena conversa inicial, a explicar o que significa este ritual, pedi a água para abençoar e depois aspergir a casa e fui até à sala. Chego e toda a família vai para a cozinha. Pensei que iriam buscar alguma coisa. Passa o tempo, eles lá e eu na sala. Passa mais um bocado e vem o senhor, olha para mim: “Já está?”. Dei uma gargalhada e disse: “Já está o quê?” “Então, a benção feita!”. Dei outra gargalhada: “Não, ainda não, porque estava à vossa espera. Talvez não me tenha explicado bem. Isto não é segredo nenhum e faz todo o sentido que esteja toda a família presente. Como dizia, mais do que afastar “maus espíritos” ou afins, é o convite para que Deus entre na vossa casa e ela torne-se cada vez mais espaço de acolhimento”. Lá vieram todos… e mais uma família ficou [com a casa] abençoada.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Nervosismo



Bobby Haas

(Versión en español en los comentarios)


Uns meses antes da ordenação de diácono, perguntaram-me se estava nervoso. Respondi que não. Afinal estava-me a preparar há anos. Com o seu humor, Deus mostrou-me a partir do carinho das pessoas que a ordenação não era fim ou promoção de carreira. Lembro-me perfeitamente de surgir o nervosismo. Está a voltar. Há momentos em que estou a rezar, a imaginar o dia, e emociono-me, sentindo-me pequeno. Tenho uma vontade imensa em ser padre, é inexplicável. Talvez por isso sentir-me pequeno. Não tem que ver com ser mais ou menos digno. Percebo que não é pelas minhas forças, inteligência, ser mais ou menos isto ou aquilo, de mais progressista ou “normal”. Não. Hoje diante da minha pequena vela acesa, pensava que só pode ser pelo abandono, pela confiança. E no profundo silêncio, segredo-Lhe: “Ajuda-me a ser terra fecunda ao teu serviço!”

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Entre quedas e aprendizagem...



Carolyn Drake


Houve um tempo, já como jesuíta, que só gostava de falar sobre temas interessantes, profundos, intensos, considerando o banal como algo a evitar. O que interessava era isso: fazer sempre uma viagem ao extraordinário. Como resultado, vinham as frustrações, a sensação de não aguentar tudo, e, pior ainda, o julgamento dos outros: “não estão ao meu nível!”. Levei algum tempo a admitir. De facto, precisei de cair algumas vezes, rezar outras tantas, para perceber que muitas vezes sou eu que não estou ao nível dos simples ou dos que “não são profundos” aos meus olhos. Moral da história (nada bombástica): ainda tenho muito a cair… perdão… aprender.

terça-feira, 6 de maio de 2014

"Não me detenhas!"



William Kerdoncuff

(Versión en español en los comentarios)


As ideias saltam, num questionamento sobre tanto. Esta mania de não me deixar ficar pelo adquirido ou pelas “certezas” que acabam por se tornar ídolos (mesmo na teologia, na espiritualidade, na relação com Deus), provocam-me a agitação do pensamento. Volto à tensão da coerência entre o sentir, pensar, dizer e agir. “Não me detenhas!”, diz Jesus, já ressuscitado, a Maria Madalena. Isto é impressionante… sobretudo por pensar que posso acomodar-me a detê-lo numa fórmula ou numa imagem. E isso não quero! Como resultado: as ideias saltam, num questionamento sobre tanto. E aí a vida também acontece!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A dois meses...




“Selfie” diante da estátua de S. Paulo, que o refere como Apóstolo dos Gentis, à porta da 
Basílica de S. Paulo Fora de Muros em Roma

A dois meses do grande momento, um excerto da Carta de S. Paulo aos Romanos [12, 9-18].


“Que o vosso amor seja sincero. Detestai o mal e apegai-vos ao bem. Sede afectuosos uns para com os outros no amor fraterno; adiantai-vos uns aos outros na estima mútua. Não sejais preguiçosos na vossa dedicação; deixai-vos inflamar pelo Espírito; entregai-vos ao serviço do Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração. Partilhai com os santos que passam necessidade; aproveitai todas as ocasiões para serdes hospitaleiros. Bendizei os que vos perseguem; bendizei, não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram. Preocupai-vos em andar de acordo uns com os outros; não vos preocupeis com as grandezas, mas entregai-vos ao que é humilde; não vos julgueis sábios por vós próprios. Não pagueis a ninguém o mal com o mal; interessai-vos pelo que é bom diante de todos os homens. Tanto quanto for possível e de vós dependa, vivei em paz com todos os homens.”

domingo, 4 de maio de 2014

Confissão Pública [em dia da Mãe]



“Selfie” no Verão passado, com o meu pai José ao lado, a ver as nossas “figurinhas” ;)


No dia 19 de Março passado (dia do Pai) fiz uma Confissão Pública. Hoje tenho de fazer outra muito parecida: esta senhora é a parte que falta com alta responsabilidade sobre quem sou. E eu agradecido. Muito agradecido! Tem sempre “As histórias de Maria” para contar, mostrando a genica e a impressionante atenção que tem pelas outras pessoas. Das coisas que mais gosto é quando rimos os dois (ou os três) a bom rir (por isso esta foto, em que ríamos que nem uns perdidos a vê-la). Gosto também da mousse de chocolate, das ervilhas com batatas (ou arroz) e ovos. Dos bordados (terei algo muito especial bordado por ela). Nela guarda a tristeza de a vida não lhe ter permitido estudar como gostaria, de poder ensinar. O curioso é que acaba por ensinar muito mais do que pensa… a partir da sua delicadeza e cuidados. Às vezes os nossos feitios fazem surgir alguma faísca, que é rapidamente dissipada, entre outras coisas, com o beijinho que me dá sempre antes de sair para trabalhar, estando eu ainda a dormir. Sim, é a minha mãe Maria e eu gosto muuuuuuito dela! :)

sábado, 3 de maio de 2014

"Ad audiendas cofessiones"



Dana Clemons


Este fim-de-semana comecei mais uma formação de preparação para o sacerdócio: o “Ad audiendas confessiones”. É isso: preparar-me para ministrar o Sacramento tão mal entendido, por vezes mal vivido e outras tantas mal tratado: o da Confissão ou, como prefiro, da Reconciliação. Poderei escrever um dia mais sobre o assunto, mas… depois de uma “esfrega” de bastantes casos complexos, fica a certeza de que a misericórdia de Deus tem de estar sempre presente, ajudando a pessoa a encontrar a liberdade no que a oprime. Vai daí que, aliado à indiscutível caridade, a escuta atenta é primordial para perceber se há ou não pecado, e se há, onde é que ele realmente está. O importante é ajudar a pessoa a encontrar a Paz e o caminho de reconciliação consigo, com os outros e com Deus. E depois, eu sou sempre intermediário da graça divina… se sou um mau confessor, arrisco-me a ser eu a estar em pecado. ;)

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Os vídeos de Bill Viola


4 fotogramas do vídeo “Tristão” de Bill Viola

“Tens de ir ver a exposição de Bill Viola no Grand Palais!” Lá escrevi na lista dos desejos: “A ir!” No entanto, parecia que a exposição me perseguia: na rua, em revistas, mais pessoas a terem ido ver. Fui esta semana, na 4.ª feira passada. E vou voltar. Tenho de voltar. É difícil explicar o porquê. Aqueles vídeos, a forma como estão projectados, a disposição da sala, tudo me entra (sim, ainda hoje) pelas entranhas dentro. Não consegui “ver” todos. É preciso, mais que tempo, paciência: em relação ao presente, ao que está a acontecer, ao climax e ao momento seguinte… como que em digestão do que se passou. Talvez isto seja demasiado intelectual ou abstracto, mas as metáforas utilizadas nos vídeos condensam imenso da vida mesma. Fiz-me várias perguntas: Como lido com o tempo? Como trabalho a paciência? Como vivo a rotina? Como me deixo transformar pela realidade? Como aguentar que a vida continua apesar da brutalidade de alguns acontecimentos? Racionalmente parece óbvio, mas… ninguém é uma máquina de produtividade, de habilidades, de crenças (políticas, religiosas, desportivas). Obriga-me a pensar na conversão: no tornar-me mais humano e, assim, mais divino. Alguns vídeos chamam por mim (ou será a verdade de mim próprio que me chama a isso mesmo?). Vou voltar. Tenho de voltar! 


Deixo um excerto do vídeo “Ascensão”: http://vimeo.com/29978729

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dia do Trabalhador



Seyit Konyali

(Versión en español brevemente en los comentarios)


Estava a rezar e fiz uma pequena viagem no tempo aos trabalhos que tive: numa esplanada no Verão, quando tinha 15 anos (os "primeiros trocos" ganhos), numa loja de fotografias no ano seguinte, em duas recepções de hotel (numa delas durante 9 meses), depois como comissário (3 anos) e como professor (2 anos). De vez em quando faz-me bem voltar à riqueza do já vivido, no caminho que me ajuda ser quem sou. A meio da oração agradeci, não só toda esta experiência, como a dos meus pais que desde pequeno ensinaram-me a respeitar o trabalho e as dificuldades da vida. Depois dei outro passo: entreguei a Deus todas as pessoas que estão desempregadas ou que têm de se sujeitar a condições desumanas de trabalho. Conheço bastantes, entre família, amigos e conhecidos, que, infelizmente, passam por uma destas situações. Sim, hoje não é o dia transcendente ou metafísico do trabalhador. É dia para recordar que o trabalho justo, aliado ao igual justo descanso, também fazem parte da dignidade humana.