[Secção “Deus como Tu”] Momento orgulho: “Deus como Tu” em 10.° lugar nas vendas online da fnac.
segunda-feira, 30 de abril de 2018
domingo, 29 de abril de 2018
Conchas de presente
[Coisas na vida de um padre] O Gabriel celebrou hoje a sua Profissão de Fé. Na simplicidade de quem avança nos caminhos de dizer “sim, creio no Pai, Filho e Espírito Santo”. Disse-lhe, como tenho feito, para não se ficar com a fé deste tempo, mas continuar na busca. Se surgirem dúvidas, perceber que fazem parte do caminho. E ainda bem que surgem, é sinal que de que se deseja mais. E no final, ofereceu-me conchas do mar algarvio, pintadas por ele e por Tiago, o irmão. Relembro a concha como sinal de baptismo e de peregrino, ao lado do pão que se torna Vida na boa companhia.
Dignidade (tanto a fazer)
Julieta Cevantes, da coreografia “Kontakthof” de Pina Bausch”
[Secção pensamentos muitos soltos com a Festa das Famílias do Colégio das Caldinhas, a Exortação Apostólica “Alegrai-vos e Exultai”, a violação em “La Manada” e o Dia Mundial da Dança que celebramos hoje] Há algo que nos atravessa: sermos humanos com possibilidade de decisão. A decisão leva-nos a levantar ou não pela manhã, a estudar, a seguir por determinado projecto educativo, a informar sobre a fé, a fazer o bem ou a fazer o mal, a dançar. E muito mais coisas evidentemente. Começo por pensar na Festa das Famílias que aconteceu nestes passados dois dias aqui no Colégio. Desde que vivi a primeira, no meu tempo de magistério no CAIC, acho fascinante o projecto educativo que vai para além do académico e toca as relações com a comunidade mais alargada que são as famílias. O sentido de Comunidade ganha corpo, para se perceber a complementaridade de papéis na educação. Ensinar é distinto de educar. Nestes dois dias, e apesar da chuva de ontem, voltei a sentir a percepção da educação que se alarga em Comunidade de Alunos, Docentes e Não-docentes, Famílias, Antigos Alunos, nesse desejo de se construir um mundo melhor. Foi tudo perfeito? Não. Mas, sim o melhor de quem ama e agradece caminho feito que ajuda pessoas a crescer. E, como digo, a crescer no mundo concreto onde se aprende a decidir, também com fé que não é uma abstracção. O Papa Francisco, na recente Exortação Apostólica sobre a Santidade, fala-nos da santidade encarnada em gestos simples que formam comunidade. Tece forte crítica negativa ao gnosticismo. Em resumo, linha de pensamento que eleva os intelectuais ou aqueles que se ficam pelo meramente espiritual. Diria que o machismo, tanto em voga depois de milénios de primazia, também surge de uma visão gnóstica. Saindo da complementaridade entre homem e mulher, ele pode destratá-la por estar em nível superior. A educação cristã deve anular a desigualdade na dignidade. Ainda ontem, na Festa das Famílias, foi promovido um debate entre os nossos alunos sobre o tema. Afinal, na sociedade actual, coisa que já deveria ser impensável, ainda se destrata mulheres, desacreditando-as na violação a que foram submetidas. Bem, e que são: afinal, 5 homens decidiram violar uma mulher, física e moralmente, e alguns juízes espanhóis, pelo vistos não percebendo o significado de um não, consideram que aconteceu um “abuso”. A liberdade é coisa muito séria, tal como a dignidade. E Jesus, que nos pede para permanecermos n’Ele, revela-nos a importância do respeito pelo Corpo, meu e do outro, independentemente do sexo. Como se nota, ainda há tanto a fazer na construção da Comunidade. Cabe a cada um de nós decidir, em movimento habitado de vida, se dançamos gestos que nos encaminham a decisões mais humanas, seja em protesto pelo respeito, seja pela educação de dignidade.
quarta-feira, 25 de abril de 2018
segunda-feira, 23 de abril de 2018
Ecos da Primeira Comunhão
Shizuo Kambayashi/Associated Press
[Coisas do quotidiano de um padre num Colégio]
- P. Paulo, gostei muito da Primeira Comunhão. Estou feliz. Já posso receber Jesus mais vezes. Ele é muito saboroso.
E lá dei uma gargalhada.
sexta-feira, 20 de abril de 2018
Agora Nós - RTP
[Coisas na vida de um padre] Ainda não consigo escrever com consistência sobre o lançamento de “Deus como tu”, de emocionante que foi. As palavras da Sónia ainda me ecoam forte. Ter lá tantas pessoas queridas fez-me sentir praticamente o mesmo vivido nas ordenações de diácono e de padre. É tempo de digerir. Sinto-me muito agradecido, isso, sim. Entretanto, partilho o link da entrevista no Agora Nós, a partir dos 36 minutos e 45 segundo. Mais uma vez, agradeço toda a simpatia de Tânia Ribas de Oliveira e José Pedro Vasconcelos, em conjunto com toda a produção. Também agradeço a compreensão de todos os que passam por aqui. Sabendo que não é o centro da minha vida, “Deus como tu” é-me muito importante. Para quem foi perguntando, com a Matéria Prima estamos a agendar a apresentação mais para norte. Assim que tenha, darei mais informações.
quinta-feira, 19 de abril de 2018
Lançamento "Deus como Tu"
quarta-feira, 18 de abril de 2018
A Tarde é Sua - TVI
[Coisas na vida de um padre] Partilho o link com a entrevista por Fátima Lopes, no programa "A Tarde é Sua" - TVI, a partir do minuto 28. Agradeço muito a simpatia da produção e da própria Fátima. Uma curiosidade: na assistência estava uma senhora que trabalhava na biblioteca da Faculdade de Motricidade Humana que me reconheceu. Demos um bom abraço.
Nas livrarias
[Secção “Deus como Tu”] Fico com grande sorriso ao ver “Deus como Tu” tão bem acompanhado, neste dia de estreia nas livrarias.
segunda-feira, 16 de abril de 2018
Convite
[Secção “Deus como Tu”] É com muito gosto que, em conjunto com a Matéria-Prima Edições, partilho o anúncio do lançamento de “Deus como Tu”. Será no Cupav - Centro Universitário, no dia 19 de Abril, às 18h30. A apresentação estará a cargo de Sónia Morais Santos.
domingo, 15 de abril de 2018
Tanta Paz é precisa
[Secção desabafos] As únicas explosões que gostaria de ver são as das cores de Primavera. Tudo o resto será a ganância de uns diante da fraqueza de outros. Tanta Paz é precisa.
sábado, 14 de abril de 2018
quinta-feira, 12 de abril de 2018
Juventude
[Breve pensamento na última noite em que 40 alunos dormem aqui no Colégio depois de uma semana cá a viver]
quarta-feira, 11 de abril de 2018
"Deus como tu"
[Secção “Deus como tu”] Começo por agradecer todas as manifestações de carinho pelo “Deus como tu”. Estará a partir de dia 18 de Abril nas livrarias por todo o país. O lançamento será no dia 19 de Abril, pelas 18h30 no Centro Universitário Padre António Vieira (CUPAV), em Lisboa. A apresentação será feita por Sónia Morais Santos (Cocó na Fralda). Agradeço muito à Sónia pela disponibilidade em aceitar, nas suas palavras, “este desafio”. Isto é tudo muito emocionante... também com a maravilhosa ajuda da Liliana Valpaços e da Sílvia Baptista da Matéria-Prima Edições.
terça-feira, 10 de abril de 2018
Nascer de novo
[Breve apontamento antes de adormecer na Semana em que cerca de 40 alunos vivem o Colégio de maneira diferente]
domingo, 8 de abril de 2018
Ver para crer
Jonathan Jallet
[Secção pensamentos soltos em II domingo de Páscoa] Este é o Domingo do famoso “ver para crer” de S. Tomé. Visto na superficialidade, parece que Tomé pede o inadmissível. Para nós, com visão de dois milénios de ressurreição garantida, o pedido aparentemente já não tem sentido. Mas, quantas vezes não acreditamos no que nos dizem? A incredulidade de Tomé segue-se a acontecimentos de grande brutalidade. A cruz não foi apenas um momento menos simpático. A cruz foi o derrubar da crença em alguém que prometeu a salvação, a mudança da relação com Deus, a transformação da humanidade. Quantos políticos não nos prometem “mundos e fundos” e, já tendo o poder, acabam por não cumprir? Seria Jesus mais um charlatão? Jesus não é um político. Jesus é o humano pleno, com a vida orientada para o justo encontro com o Deus da Vida. Também por isso, a cruz é resultado desse anular da mentira política e religiosa, e de forma bruta. “Ver para crer”. Jesus aparece diante dos discípulos medrosos e afirma a Paz. A ressurreição traz justiça e Paz. Não no etéreo, mas com as marcas da cruz. Tomé, então, representa aqueles que desejam profundamente acreditar em Deus que nunca engana. Apesar da brutalidade dos sofrimentos, a Paz do Senhor ressuscitado garante o sentido de todas as coisas. Ou seja, a experiência da fé, nessa busca que pode implicar dúvida, conduz à paz. Quando se encontra a paz, toca-se o lado do Senhor e percebe-se que a humanidade transforma-se mais um pouco em Vida divina.
sexta-feira, 6 de abril de 2018
"Deus como tu", o livro
[Secção boas notícias em oitava de Páscoa] Cheguei e fiquei a olhar por uns minutos. Aos poucos, comecei a folhear e a sentir o papel com palavras que me dizem tanto. A sensação é estranha. Olho para o livro nascido em Páscoa e vejo pessoas, acontecimentos, conversas, orações, dúvidas e certezas, tudo vivido no caminho até este momento em que o toco. Está quase a deixar de ser de mim, para passar a ser também de quem o ler. “Deus como tu”. É a minha crença em Deus que não se cansa de se aproximar da humanidade. Que alegria!
quarta-feira, 4 de abril de 2018
Martin Luther King e Cristiano Ronaldo
Massimo Pinca/Reuters
[Secção pensamentos soltos a partir de Martin Luther King,jr e Cristiano Ronaldo] Faz 50 anos que Martin Luther King foi assassinado. Cristiano Ronaldo marcou ontem, bastante noticiado hoje, um grande, senão o melhor golo da sua carreira. Este dois acontecimentos, à distância de 50 anos, são de registo. Alguém que lutou pela paz, promovendo o fim do racismo, mostrando a igualdade na dignidade humana, que vai para além de qualquer cor, foi assassinado pelas suas convicções. É conhecido o seu “I have a dream”, repetido com veemência no famoso discurso na Marcha para Washington, apelando ao fim da escravidão racial, com muitos pontos de não-violência. Como Cristão, sabia bem o que era dar a outra face, não em masoquismo sem-sentido, mas em nova perspectiva. Combater o mal com o mal, apenas acrescenta mal e nada se resolve. Sendo o mais fácil, é o mais destrutivo. A vida de MLK é atravessada por desafios, em medo e angústia, em conjunto com a certeza de que é possível humanizar pela paz. Morreu assassinado. Mas, a sua marca, apelando ao fim do racismo que infelizmente ainda assola a humanidade em tantos cantos do mundo, continua a fazer eco até que o sonho de que alguém seja apenas julgado pelo carácter e não por qualquer característica física se torne totalmente realidade. E ontem, graças ao extraordinário golo, todo um estádio levantou-se a aplaudir Cristiano Ronaldo. Eu que não ligo a futebol, vi por mero acaso em directo todo o passe que levou ao golo. Mesmo percebendo muito pouco deste desporto, constato facilmente que não foi somente sorte. Resulta de trabalho pessoal, até chegar àquele momento. Dá-se o golo e deixa de haver adversários, para haver admiradores de futebol, quebrando-se assim barreiras. Por breves segundos, realizou-se o sonho de unidade. Ronaldo agradeceu o gesto. Dá-se exemplo de humanidade que consegue conviver para além de qualquer divisão. Tudo é demasiado simbólico, certo. Contudo, que o sonho de humanização, de paz, de não-violência, possa passar de breves segundos para todo o tempo e todos nos possamos aplaudir mutuamente.
Bons encontros
[Coisas na vida de um padre] São sempre de agradecer os bons encontros com céu de fundo e mar de frente, onde, inevitavelmente, falamos de recordações.
terça-feira, 3 de abril de 2018
O meu primeiro livro
[Secção boas notícias em oitava de Páscoa] Foi hoje para a gráfica o meu primeiro livro. Filhos, espirituais entenda-se, tenho muitos. Plantei uma oliveira na transição de ano. Então, depois da renitência inicial e quase dois anos de boas conversas com a Liliana e a Sílvia, da Matéria-Prima Edições, surge o livro. Estou muito agradecido a cada uma, pelo seu cuidado, atenção, dedicação. Em breve darei mais notícias. Isto é mais emocionante do que eu poderia imaginar. A sensação é estranha. Muito boa, mas estranha.
domingo, 1 de abril de 2018
Luz de Páscoa
Mehmet Aslan
[Secção pensamentos soltos em dia de Páscoa] Em suave amanhecer, é como vejo a Páscoa. Que se cante alegre e efusivamente “Aleluia” e “Ressuscitou”. Assim é, depois desse caminho quaresmal que convida à conversão. Mas gosto de pensar, e rezar, a Passagem com a suavidade de quem vai integrando a beleza do mistério na sua vida. Os discípulos, onde se incluíam mulheres, não viveram esse momento com total segurança. Agitou-lhes o medo, a confusão, muitas perguntas. Sentir e viver a certeza da Vida daquele que viram a ser crucificado não pode ser encarado como novo-riquismo de fé, esfuziante. É gradual, onde a sombra de Sexta-feira Santa vai sendo iluminada com a presença do Ressuscitado revelada primeiramente por uma ausência: o túmulo está vazio. S. João fala-nos mesmo do nada ver que tudo vê. E quantas vezes dá-se a sensação de plenitude, em que se torna clarividente algo obscuro na nossa vida, revelando-se novo caminho em experiência de contemplação? A Páscoa tem a sua dose de estética, em revelação de contemplação, de sombras que se vão dissipando na experiência luminosa de novo ver. Ou de nova criação. Faça-se luz, ouve-se no primeiro momento da criação. A luz torna-se ela mesma fonte de vida. Mas é gradual. A fé, deixando-se iluminar por essa luz suave, tem de atravessar as sombras da vida, apesar do medo e da vergonha. A experiência da Páscoa é deixar que a fé seja atravessada pela luz.
Santa Páscoa a cada uma(a), em suave amanhecer. Nestes dias especiais, continuarei a rezar com o abecedário.
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