Mehmet Aslan
[Secção pensamentos soltos em dia de Páscoa] Em suave amanhecer, é como vejo a Páscoa. Que se cante alegre e efusivamente “Aleluia” e “Ressuscitou”. Assim é, depois desse caminho quaresmal que convida à conversão. Mas gosto de pensar, e rezar, a Passagem com a suavidade de quem vai integrando a beleza do mistério na sua vida. Os discípulos, onde se incluíam mulheres, não viveram esse momento com total segurança. Agitou-lhes o medo, a confusão, muitas perguntas. Sentir e viver a certeza da Vida daquele que viram a ser crucificado não pode ser encarado como novo-riquismo de fé, esfuziante. É gradual, onde a sombra de Sexta-feira Santa vai sendo iluminada com a presença do Ressuscitado revelada primeiramente por uma ausência: o túmulo está vazio. S. João fala-nos mesmo do nada ver que tudo vê. E quantas vezes dá-se a sensação de plenitude, em que se torna clarividente algo obscuro na nossa vida, revelando-se novo caminho em experiência de contemplação? A Páscoa tem a sua dose de estética, em revelação de contemplação, de sombras que se vão dissipando na experiência luminosa de novo ver. Ou de nova criação. Faça-se luz, ouve-se no primeiro momento da criação. A luz torna-se ela mesma fonte de vida. Mas é gradual. A fé, deixando-se iluminar por essa luz suave, tem de atravessar as sombras da vida, apesar do medo e da vergonha. A experiência da Páscoa é deixar que a fé seja atravessada pela luz.
Santa Páscoa a cada uma(a), em suave amanhecer. Nestes dias especiais, continuarei a rezar com o abecedário.
Um obrigado pelos seus posts sempre com sentimento..Também rezarei por si para que Deus o acompanhe sempre.Abraço forte
ResponderEliminarMuito obrigado, Elvira.
EliminarAbraço forte.
Era um gosto um dia assistir a uma missa celebrada pelo sr.padre..
ResponderEliminarApesar da distância quem sabe..