terça-feira, 30 de abril de 2013

[Non sense moment]



(Versión en español en los comentarios)

Nem só de reflexões profundas vive a pessoa, mas também de estupidezes. É o meu pensamento para hoje. Esta imagem foi-me enviada pela minha melhor amiga com o comentário: “Quando a vi, lembrei-me logo de ti!” Terá sido pelos olhos, ou seja, pela intensa expressão do olhar, ou pelas orelhas? Haja animação! [Ok, ela sabe que eu gosto muito desta raça]



segunda-feira, 29 de abril de 2013

E porque hoje recordamos a dança...




(Versión en español en los comentarios)

A relação, seja ela qual for, é acompanhada de gestos. Gestos que se tornam movimentos mais ou menos harmoniosos. Movimentos que expandem ou recolhem os sentimentos para com o outro. Sentimentos que traduzem o modo de viver a relação... que é acompanhada de gestos. Gestos que se tornam dança. Dança que se vive do primeiro respiro ao último suspiro, em que o novo ensina o antigo: que seria de mim sem ti? Depois... depois, um movimento de anca, com sorriso matreiro e celebra-se este dia. 


domingo, 28 de abril de 2013

"Amar como Eu"



Gary Hershorn/Reuters

(Versión en español en los comentarios)

Nunca encontramos em Jesus a condenação de pessoas. Facilmente pode-se encontrar no Evangelho a condenação e a rejeição de atitudes ou modos de ver a relação com Deus que escravizam a pessoa, pois o amor nunca conduz à escravatura religiosa, psicológica, afectiva ou moral. O amor nunca aprisiona. O amor abre as janelas da alma, dando-lhe frescura, respiro... e liberdade.


sábado, 27 de abril de 2013

(...) [VI]



Pedro Corrêa da Silva

(Versión en español en los comentarios)

“Uma fé madura ajuda a consciência a amadurecer; a fé imatura não confia na consciência, e tenta substitui-la pela obediência mecânica a prescrições e proibições impostas pelo exterior.” Tomás Halíck - Quando existem inseguranças, o mais fácil e natural é buscar o que protege: lei da sobrevivência. No entanto, o crescimento dá-se quando se sabe pensar, estar e viver, sem que seja necessário, por exemplo, uma defesa da fé. A fé não se defende, testemunha-se. E da sobrevivência passa-se à Vida.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

História [e liberdade]




Alfredo Cunha

(versión en español en los comentarios)



Gosto de História. Não gosto da expressão: “No passado é que era”. Por gostar de História e ir conhecendo-a um pouco mais, ante a expressão que não gosto posso perguntar: Qual passado? A riqueza do muito que já passou, seja na vida pessoal, seja na universal, permite eliminar falsos moralismos numa visão negativista do presente. Somos estruturados pela História. E, se o pensamento em saudável diálogo com a emoção estiver vivo e ajustado, é nessa mesma estrutura que se pode mudar o que há a mudar e criar realidade cultural, construindo, sem saudosismos nem futurismos, História viva... e livre. 


quarta-feira, 24 de abril de 2013

A propósito de chão [e de quedas]



Anna di Prospero

(Versión en español en los comentarios)

Uma das coisas que se aprende nas aulas de dança, por exemplo, é que o chão é chão. Simplesmente chão. Não há que ter medo dele. Se há medo, quando se cai todo o corpo, protegendo-se desse “grande mal” que se aproxima, contrai-se de forma tão violenta que o choque é duro e magoa à séria. Se é chão, nada mais que isso... há dor, mas muito passageira. Depois, levanta-se, dá uma gargalhada e continua o exercício (da vida).


terça-feira, 23 de abril de 2013

Livros [ponto]




Chema Madoz

(Versión en español en los comentarios)

Tinha 10 anos. Estava deitado na cama, na casa dos meus avós, de barriga para baixo e lia um livro do género “os cinco”. Não me recordo nem do título, nem da aventura, mas sim da sensação. Ia mais ou menos a meio do livro, quando, pela primeira vez, tive a clara sensação de entrar na história, de ser envolvido pela imaginação, pelas personagens, em querer ser mais um. Voltou a acontecer quando li, pouco tempo depois, pela primeira vez a “História Interminável”. Desde aí tem-se repetido muitas vezes, com muitos livros. Já li livros bons, outros nem por isso. Seja como for, são sempre oportunidade de passagens: de tempo, de conhecimento, de sabedoria, de confirmação ou confronto. Gosto de ler.


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dia da Terra




(Versión en español en los comentarios)

A criação fascina-me. Da natureza à criatividade artística, é impressionante a riqueza da diversidade terrena. Na Terra não há “meu”, há “nosso”. Aí reside a diferença para um maior respeito. Afinal, é básico: acabando com a Terra, com a sua diversidade cultural, de fauna e flora, mineral, acabamos connosco.


domingo, 21 de abril de 2013

(...) [V]



Ofelia de Pablo

(Versión en español en los comentarios)

Tenho andado com esta: parece-me que pode haver muito ateísmo entre os crentes. Fala-se muito do amor de Jesus, da sua entrega, mas, será que se acredita que Ele ama a todas as pessoas como são para além do seu tipo de fé, cor, identidade, etnia, cultura, orientação, pecados ou dores? Se sim, o testemunho que se dá é precisamente de um pastor que cuida, protege e ama as ovelhas, que veio, não para condenar, mas para salvar (incluindo os gentis).


sábado, 20 de abril de 2013

Do forte ao fraco




Elliot Erwitt

(Versión en español en los comentarios)


Parece que os fortes sempre ganham, que o mundo é regido por eles, sendo os fracos rejeitados e anulados. No entanto, como acredito em Deus que se move pelo paradoxo, penso que a humanidade, a simplicidade e até mesmo alguma pequenez e humor mostram que, quando menos se espera, há outra força que surge: a da colaboração ou comunidade. 

[Dedicado de forma especial a todos os educadores do CAIC, pensando nos dias que se avizinham, e a todas as pessoas que se sentem a perder as forças para lutar contra o cancro, para que se sintam acompanhadas pela oração e amizade de muitas outras.]


sexta-feira, 19 de abril de 2013

[Histórias coreografadas]




(Versión en español en los comentarios)

Este vídeo faz-me pensar na quantidade de sentimentos que podem surgir dos vários movimentos... ou acontecimentos. Dos mais intensos aos mais suaves, a partir de cada um seria possível coreografar história(s). Daqui também me vem o fascínio pelo ser humano: não somos criados para a mediocridade. É verdade que não se pode viver em cada segundo a intensidade das coisas, mas os desejos sem esforço e impulso comunitário rapidamente se desvanecem. 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Primavera




(Versión en español en los comentarios)

A Primavera é o tempo dos amores. O calor, o brilho das cores e o agradável fresco do entardecer despertam vontade de voar ou de abraçar ou de dar aquele beijo repenicado a quem se gosta. Nestes tempos de algum caos [e infelizmente tristezas em muitas pessoas], quem está de Primavera não esqueça de levá-la como pode a quem vive o Inverno: com respeito e carinho. Sei que parecem das “frases-feitas-felizezinhas”, mas às vezes, no meio de tanto “desprezo governamental”, basta um simples: “Gosto muito de ti”, sem pudores ou medos. 


quarta-feira, 17 de abril de 2013

A liberdade da vocação



Thomas Czarnecki

(Versión en español en los comentarios)


A descoberta da vocação muda a vida e implica entregar-se. Assim tem de ser. Encontra-se o sentido com que se pode guiar os desejos e os dons recebidos: Ser mãe ou pai, padre ou freira, gestora ou bailarino, cientista ou escultor... A liberdade passa por “pôr as cartas na mesa” e com serenidade ver o que é melhor para cada qual. Pessoas perfeitas não existem. Existem, sim, pessoas que são chamadas a crescer em humanidade e em serviço (até mesmo na adversidade). ;)

domingo, 14 de abril de 2013

Primeira Homília de um domingo... [O amanhecer]



Brice Portolano



Hoje estreei-me como "pregador dominical": fiz a minha primeira homilia. Está em espanhol. Peço desculpa, mas de momento não tenho tempo para a traduzir. 


A pesar de encontrarnos en tiempo Pascual, estamos en lleno en la rutina, en lo cotidiano de nuestra vida: trabajo, estudios, esperas en el desempleo o de noticias que pueden cambiar algo de la vida. Así estaban los discípulos, en su rutina, en sus labores de pesca... en una noche más que no cogieron nada. Entonces es cuando aparece Jesús, al amanecer, y, a semejanza de lo que había pasado en la otra noche en que no habían pescado nada, les pide que echen las redes. Los discípulos respetan la autoridad que transmite Jesús, aunque no lo han reconocido todavía, y ya no contestan como de la otra vez: “Pero, ¿cómo? Hemos pasado toda la noche sin coger nada y ahora nos pides...” No. Esta vez, escuchan y lo hacen. Y recogen hasta ciento cincuenta y tres peces (el número total de especies conocidas en aquél tiempo) y grandes. 

Me detengo un poco: noche y amanecer. El amanecer es algo muy suave: el cambio de los colores y los primeros sonidos. Empezamos a ver y a escuchar de otro modo después de la noche que podemos haber pasado en nuestra vida. Son las mismas realidades, pero con otro enfoque. Jesús resucitado aparece con el amanecer, trayendo una nueva luz sobre la vida. De forma suave. Los pasajes que relatan las apariciones, siempre hablan de paz. Jesús diciendo, por ejemplo: “la paz esté con vosotros”. Este no relata la paz directamente, sino a partir de una imagen luminosa. La paz de un nuevo día, de una nueva oportunidad desde la suavidad de la luz que permite ver de otro modo los acontecimientos de la vida. Dos de los discípulos, el que “Jesús quería” y Pedro, en este amanecer lo reconocen por la voz y por el suceso de la pesca.  

Volvamos al dinamismo del relato: los discípulos se dirigen a la orilla, controlando la barca y recogen los peces pescados. Es fácil imaginar la cantidad de sentimientos que están dentro de estos discípulos. No es para menos, con todo lo que estaban pasando de extraordinario, cuando menos esperaban. Sin embargo, no es posible percibir lo que pasa, si no hay momentos de calma para una buena reflexión. Así, hay que parar y pensar lo que cada cual vive en su corazón, dejando que el amanecer ilumine las nuevas perspectivas de la realidad. “Almorzad”, “Comed”. Es decir, “vamos parar y escuchar ahora lo que lleváis dentro” y quizás compartir. No olvidar que aquí todos ya habían percibido que estaban ante el Señor. Los discípulos terminan la faena, compartiendo juntos, en comunidad, la comida también preparada por Jesús. 

En esto, nunca es demás resaltar la dimensión comunitaria que la resurrección invita. Volvamos al número de los peces: ciento cincuenta y tres. La totalidad, que además no rompen las redes. Para la Iglesia nadie sobra, nadie está de fuera... todo el mundo es acogido en su seno. Todo el mundo que vive una cantidad de sentimientos, precisamente en la rutina de su cotidiano. Aquí, este lugar, con todo lo que significa, es el local donde se debe sentir a gusto. Y nosotros, sus miembros más activos (no, no sólo los curas, sino todos y todas), los que reconocen inmediatamente el Señor, somos llamados dar ese paso de escucha y de acogida de los distintos “peces”, en que muchas veces pueden ser muy distintos de nosotros. No tenemos de nos preocupar: como se ve, la red no se rompe.

Sin embargo, este no es un camino en que uno se despierta por la mañana y “ah, ya soy una persona que acoge”. El trabajo de acogida, de apertura de corazón, lleva su tiempo... su amanecer. 

Sigamos mirando el Evangelio, centrándonos ahora en el profundo diálogo con Pedro. Imagino a Jesús a invitar Pedro a dar un paseo: “Venga, vamos...”. Me acuerdo que cuando he leído este pasaje en las primeras veces hacía años, la sensación era de indignación: “!Qué pesado es Jesús! ¿No le basta con una respuesta? ¿Tiene de preguntar tres veces?”. Uno va creciendo, leyendo y viviendo otras cosas, y percibe que Jesús de pesado tiene muy poco o nada, y que yo soy el que pasa por la torpeza de pensamiento y corazón.

¿Quién no hay pasado por la duda? ¿De fe, con uno mismo, con los demás? Yo sí. Y Pedro también, al punto de haber negado Jesús tres veces. El hombre fuerte que decía “Yo te seguiré donde sea”. Jesús le contestó en esa vez: “Tranquilo hombre, ya verás...” Así, fue: “No lo conozco”; “No soy su discípulo”; “No sé quién es”. Esto tiene una fuerza tremenda. Muchas veces hay miedos sobre quienes dudan de la fe, los ateos, los que rechazan la Iglesia, porque “ellos no, sino que yo soy el que siempre te seguirá”. Tranquilo, tranquila... El camino de encuentro con Jesús tiene día, noche y amanecer. Así pasó con Pedro, así pasa con cada persona. Es preciosa la forma como Pedro contesta por tercera vez. Después de haber negado, lloró amargamente. Ahora, se entristece, o quizás vuelve la vergüenza, y responde: “Señor, tu sabes todo... mis debilidades, mis impulsos sin pensar, también como soy un buen hombre que da lo mejor que puede... Señor, tu sabes que es así como soy que te quiero”.  

Entonces, es con este reconocimiento, por un lado, del Señor Resucitado, por otro, con el reconocimiento que uno no es llamado a ser superhombre o supermujer, que se pueden dar pasos en comunidad (Ventilleros, Arrupe, Parroquia, Iglesia). Comunidades que viven la fuerza y la debilidad de sus miembros, ya no en un deseo de perfección, sino de plenitud. Por ejemplo, en ayuda de gente desempleada, como Cáritas-Madrid nos invita hoy, a través de la Campaña contra el desempleo, con el lema “Estamos contigo”. Como se dice en el comunicado de esta campaña: “Cáritas Madrid está junto a muchas personas que están padeciendo esta situación, e intenta recuperar su autoestima, su integración social y su sentimiento de dignidad.” 

Aquí está una forma de apacentar las ovejas: la ayuda a la gente que sufre el desempleo. Sin embargo, sea cual sea el modo de ayudar, este sólo es posible después del amor profundo que uno siente por parte de Jesús, que no se impone, y nos invita a mirar interiormente. Esta mirada interior es la que conduce al amanecer de la relación con Dios y con los demás. En el Evangelio, sólo al final de este diálogo, y después de la respuesta que sale de las entrañas, Jesús dice a Pedro, o a Fran, o a Erika, o a Tomás, o a Seve, o a Maité, o Paulo, o a Toño, o a Leti... o a [que cada uno, cada una, ponga su nombre]: “Sígueme”. Amén. 

sábado, 13 de abril de 2013

Diálogos Ocultos VIII [Especial - dia do beijo]




(Versión en español en los comentarios)

- Oh, deixa-te de coisas! Faria sentido, se não te considerasse como pessoa que pensa.
- [Risos] Que bom saber-me pensante. Mas achas que não é uma boa decisão? 
- É tão estranho, ridículo até para os dias que correm. Com facilidade tudo se desfaz, como poeira no ar. Por isso não me digas que queres dar um sim definitivo. 
- Esse é o problema. Por medo ou comodismo, por exemplo, não se quer dar o sim a outra pessoa e recebê-lo, achando que pode não dar certo. Por isso penso. Se der mal, se houver conflito, mais do que buscar a emoção imediata, pensaremos e tentaremos serenar ânimos. Ou estaremos nós na famosa “eterna juventude”, onde o gozo está em primeiro lugar?
- E não deverá estar? 
- Não renuncio ao prazer. Seria estupidez, pura e dura. Mas não permito que tenha a palavra absoluta, aliás, nenhum sentimento deveria ter. Por isso é que tudo se desfaz. Se tomas como absoluto o prazer ou a felicidade, à mínima dor... puff... acabou-se. A felicidade ou o prazer podem ser algo a alcançar, óbvio, mas com a serenidade da subida da montanha... o cansaço de caminho feito torna o abraço mais pleno. E, quem sabe, o beijo. É uma questão de equilíbrio entre dois.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

"Atrás das redes"



(Versión en español en los comentarios)

Esta semana, Pueblos Unidos, a associação de onde faço voluntariado a visitar emigrantes detidos no Centro de Internamento de Estrangeiros - Madrid, apresentou o relatório anual sobre estes Centros em Espanha. Os emigrantes detidos são tratados de forma degradante, havendo dias, por exemplo, em que dormem no chão das celas, podem passar até 60 dias sem qualquer actividade, a não ser o básico da vida (higiene pessoal, comer... e esperar no vazio o que pode acontecer nas suas vidas, muitas vezes com outras grandes injustiças). Para quem possa ter interesse nestas questões sociais, aqui fica o link para o relatório. Mais um exemplo em que se constata: em nome da economia há pessoas tratadas como objectos. 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Formas em voos



amyfriend

(Versión en español en los comentarios)

Todos os véus de templos se rasgam. Com mais ou menos cor, deixam de fazer sentido quando se dá o encontro face-a-face. A Ressurreição tem esse quê de fazer esvoaçar as novidades, deixando que o brilho puro dos sentidos toque a humanidade mais profunda, regada de amor. O amor que despe, pondo a nu os sentidos e a verdade ante Deus. Essa é a que interessa. Tudo tem o seu tempo. Há que deixar voar... ganhando novas formas.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Dançar... a fé.




(Versión en español en los comentarios)

Rezo, penso, questiono, vivo-a, mas nunca a tinha dançado: a fé. Sem dúvida que é um mistério, sobretudo em tempos que se deseja (ou exige) respostas para tudo, num racionalismo extremo, querendo justificar passo-a-passo as acções divina e humana, ou respectivas crenças. Dois dos momentos mais fortes para mim nesta manhã: dançar as dúvidas de fé e dançar a fé na comunhão dos santos. Uma vez confirmo: para poder servir, mesmo no anúncio da fé, é preciso muita humildade, nas lutas das próprias dúvidas e no reconhecimento que Alguém nunca abandona. “Aqui estou Senhor!” [Esta foi a música para “fé: caminhos de... dúvidas e inquietudes”]

terça-feira, 9 de abril de 2013

fe: caminhos de...



(Versión en español en los comentarios)


Amanhã, 4.ª, com outro jesuíta, cantor, vamos apresentar uma performance-concerto na faculdade: fé: caminhos de.... O desenvolvimento da performance tem que ver com aquilo que tenho vindo a pensar sobre a fé e encarná-la na actualidade. No fundo, dar corpo à fé em Deus. Terá como linha condutora do caos à comunhão dos santos. Dançarei o caos, as dúvidas, a relação da fé com a humanidade e a divindade. Vai dedicada: a todas as pessoas que não cessam de buscar, às que não sabem como fazê-lo e às que não têm medo de mudar os seus esquemas de fé... e [apesar de não conseguires ver isto] a ti, Ber.

domingo, 7 de abril de 2013

Misericórdia



(Versión en español en los comentarios)

É relativamente fácil responder “quem é Deus” a partir de conceitos, numa argumentação intelectual interessante, talvez erudita. Mas o abraço, o sentido abraço que une coração a coração depois de histórias escutadas ou partilhadas, onde se vê e toca o Senhor, dá corpo à grande definição de Deus: a misericórdia. Levada a sério, deixa de haver “os nossos” e “os de fora”, passando a haver pessoas que são chamadas a amar e a ser amadas [como são].

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Máscaras políticas



Elliott Erwitt


Estamos cansados de gozo com a nossa cara. Hoje deu-se um passo na redução do ridículo nacional. No entanto, os políticos, sejam de que quadrante for, poderiam ganhar mais credibilidade, a partir do respeito que deveriam ter pelas pessoas. Bem, já agora também coragem para dizer: “Fiz mal!”, “Não tive à altura da nação!”, ou simplesmente “Peço desculpa!”... Ok, é ingenuidade da minha parte e sei que peço muito. Vá, Paulo, uma já caiu... mas ainda há muita máscara no baile político.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Conforto ou saídas do ninho




Robert & Shana ParkeHarrison

(Versión en español en los comentarios)

Parece-me que o conforto é algo de que se gosta e dá segurança. No entanto, também pode ser uma forma de comodidade que impede ir mais longe. A história e a tradição não são de renunciar, contudo ficar fechado “no passado é que era”, não lendo as potencialidades do presente que apontam para o futuro, trava as “saídas do ninho confortável”. Os discípulos de Emaús perceberam isso com o partir do pão: o coração ardia e, mesmo de noite, saíram de casa para anunciar a novidade: já não é o medo que move, é a originalidade e criatividade da Vida.

terça-feira, 2 de abril de 2013

"Não me detenhas"



Shinichi Maruyama

(Versión en español en los comentarios)


Uma das coisas que me fascina no cristianismo (resultado, a meu ver, da ressurreição) é a possibilidade de questionar a ponto de se chegar à eventualidade do não-crer, sem que, por isso, seja “o fim do mundo”. No fundo, a tal liberdade que caracteriza o ser humano. Não faço apologia da não-crença, mas da de se pensar profundamente as coisas que se vive... não só para os que buscam, como também para aqueles que se dizem “detentores da verdade”. É bastante forte ouvir Jesus dizer: “Não me detenhas”.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Se de sonhos se tratasse




(Versión en español en los comentarios)

Podíamos falar de sonhos, se de sonhos se tratasse. A realidade está aí, sorrateira, à espreita, à espera. Júbilos, na certeza dos tempos. Ou de passos simples, apesar do medo, no coração humano, sussurrando: “estou vivo... estás vivo, não perdeste a capacidade de amar!” As páscoas (sim, no plural) não são mais que a Passagem que impulsa o desejo do reencontro. De momento não te é permitido tocar... o Corpo, sendo o mesmo, é outro.