(Versión en español en los comentarios)
Esta semana, Pueblos Unidos, a associação de onde faço voluntariado a visitar emigrantes detidos no Centro de Internamento de Estrangeiros - Madrid, apresentou o relatório anual sobre estes Centros em Espanha. Os emigrantes detidos são tratados de forma degradante, havendo dias, por exemplo, em que dormem no chão das celas, podem passar até 60 dias sem qualquer actividade, a não ser o básico da vida (higiene pessoal, comer... e esperar no vazio o que pode acontecer nas suas vidas, muitas vezes com outras grandes injustiças). Para quem possa ter interesse nestas questões sociais, aqui fica o link para o relatório. Mais um exemplo em que se constata: em nome da economia há pessoas tratadas como objectos.
"Atrapados tras de las rejas
ResponderEliminarEsta semana, Pueblos Unidos, la asociación donde hago voluntariado visitando emigrantes detenidos en el CIE-Madrid, presentó el informe anual sobre estos Centros en España. Los emigrantes detenidos son tratados de forma denigrante, habiendo días, por ejemplo, en que duermen en el suelo de las celas, pueden pasar hasta 60 días sin cualquier actividad más allá de lo básico de la vida (higiene personal, comer... y esperar en vacío lo que puede pasar en sus vidas, muchas veces con grandes injusticias). Para quienes tenga en interés en estas cuestiones sociales, dejo en enlace para el informe. Un ejemplo más en que se constata: en nombre de la economía hay personas tratadas como objetos.
http://www.pueblosunidos.org/cpu/formacion/InformeCIE2012.PDF
Nos últimos tempos, tenho pensado nos seres humanos presos. Mais ou menos culpados, mais ou menos criminosos, mais ou menos justamente presos, o que fazemos com eles? É tão fácil tratar os outros distantes de nós, que pensamos serem tão diferentes, de forma desumana. Se fosse um dos meus, se fosse eu mesma???..Ama o próximo como a ti mesmo...é mesmo dificil.
ResponderEliminarJá faço visitas a pessoas detidas no CIE há 3 anos. Desde que lá comecei a ir faço-me também essas perguntas. Penso, também sou estrangeiro nesta cidade, mesmo sendo do país ao lado. Se não fossem os acordos europeus, também eu seria "ilegal"... mas como houve umas assinaturas que unificaram os territórios nacionais, sou automaticamente "legal"... Não, não sou nem "legal", nem "ilegal", sou humano, tal como aquelas pessoas. Pois... concordo, tão difícil...
EliminarTenho pensado nos seres humanos presos por esse mesmo facto porque são todos estrangeiros, mesmo os do próprio país. Sentem na pele sempre que os olham, os tratam, decidem a sua vida, muitas das vezes assim registados para sempre. Claro que quanto mais considero os outros distantes do que eu acho que sou, mais fácil é trata-los como diferentes.
ResponderEliminar"Não, não sou nem legal nem ilegal, sou humano, tal como aquelas pessoas"...ora aí está, se nos lembrassemos mais vezes o quanto somos todos frágeis mais rapidamente percebiamos como ajudar o nosso irmão em vez de o julgar.
Obrigada sempre pelas suas partilhas
Maria Oliveira
Maria, obrigado pela sua visita e palavras.
EliminarA questão está aí mesmo: quando se reconhece a fragilidade própria surge a compaixão pelo outro. Não tem que ver com sensibilismo ou emotividade frágil e "tonta", mas com a profundidade das entranhas, quando se toca, mesmo que de formas diferentes, o sofrimento. Por isso, somos chamados a humanizar. É isto: humanizar.
Um Abraço!