[Pensamento em jeito de oração depois de o dia bonito de hoje]
domingo, 30 de setembro de 2018
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
478 | 15
Beatriz Dinis - no Campo de Férias deste Verão
[Secção vida] Dentro dos quase 39 anos de vida, celebro hoje 15 de jesuíta, a juntar, neste mesmo dia, aos 478 da Companhia de Jesus. Estes dias, para mim, são sempre de agradecer. 15 anos: em idade biológica seria o meio da adolescência. No entanto, em idade religiosa, já com a experiência de ser e de aprender a ser padre, é tempo de continuar a contribuir à abertura de horizontes, ajudando em passagens de descoberta de quem cada pessoa é no seu encontro com Deus. N’Ele aprende-se a ver. E nós, em especial os que seguimos a vida religiosa, temos a responsabilidade de tirar véus para ampliar a visão da vida, ajudando em maior amor e serviço a este mundo concreto, onde Deus se faz presente. Um Abraço a todos os jesuítas por esse mundo fora, com a minha oração ao “Senhor de todas as coisas” por nós, pelas nossas missões e por todas as pessoas que nos ajudam a ser quem somos.
terça-feira, 25 de setembro de 2018
sábado, 22 de setembro de 2018
Oração em equinócio
[Breve oração em entardecer de equinócio]
Agradeço-Te o silêncio da vida e a Luz brilhante de quem caminha no respeito da dignidade, não permitindo ou justificando violações, reconhecendo que o corpo do outro não é um objecto, mas é alguém com direito a decidir a quem dirigir o prazer de intimidade.
Peço-Te
que sejamos capazes de autêntica justiça, permitindo a transformação da sociedade na beleza do teu Reino onde, recordando as palavras de Maria, os “poderosos são derrubados dos tronos e os humildes exaltados”.
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Coisas de corpo
Baskar Kundu
[Secção coisas de corpo]
- P. Paulo, disseram-me que tem jeito para curar maleitas de corpo.
Dei uma gargalhada.
- Ai, sim. É verdade que gosto de estudar o corpo como um todo. Daí até “curar maleitas”… mas, diga lá.
- Estou com uma dor de pescoço tão intensa.
Notava-se pelo olhar fechado, enquanto o afagava.
- Já dói há muito?
- Sim, uns 4 dias.
- Importa-se que toque?
Sentia-se o calor febril na zona. Enquanto lá tinha a mão, continuei:
- Não tem de me responder a mim, apenas para si. Sente-se a carregar alguma responsabilidade? Ou então, sente-se pressionado por alguma decisão a tomar?
- Sim, sim, uma decisão de vida. Estou a caminho de uma possível mudança de país. Mas, não estou com muita vontade.
- Não está com vontade ou tem medo do que pode acontecer?
- Ai, até parece bruxo?, soltando uma gargalhada.
- Não, sou padre. E pisquei o olho, com outra gargalhada. Não tenha problemas com os seus medos. Numa análise de mudanças de vida, são naturais. Dê-lhes nome. Assim, de desconhecidos passam a conhecidos… e, aos poucos, deixam de se acumular no pescoço.
Tirei a mão.
- Ui, dói muito menos.
- Consegue perceber porquê? Isto não é milagreiro. É tomar consciência de corpo que vai para além do físico. Abrange o todo que somos, com o que sentimos, vivemos, sonhamos. E quando a dimensão física dá sinal, há que parar e perceber de onde realmente vem a dor.
Ainda ficámos mais um pouco à conversa. Espero que seja capaz de libertar-se dos medos e da dor.
P.S. - Temos tanto a descobrir de nós na totalidade enquanto Corpo. Haja caminho!
terça-feira, 18 de setembro de 2018
Breve oração
[Breve oração em entardecer]
Agradeço-Te a luz que desvela Outono,
pedindo tempo de renovação ante cansaços e ânsias de futuro.
Que eu me permita contemplar
a Luz
sobre mim.
domingo, 16 de setembro de 2018
Apresentação de Deus como Tu
Kátia Viola
[Secção agradecimentos] Neste fim-de-semana vivi um concentrado de emoções. Apresentar “Deus como Tu” no mesmo dia em dois sítios diferentes, em que um deles é a cidade com tantos rostos próximos, é muito forte. Quando tiver uma foto da apresentação de Beja, partilho como foi lá. Agora, com o olhar de beleza fotográfico de Kátia Viola, agradeço a amizade da Suzanne, dos meus companheiros jesuítas em Portimão, dos meus pais, dos meus colegas e amigos de secundário, de tantas pessoas que me viram crescer. Foi emocionante escutar a Melhor-Amiga-do-Mundo-e-Arredores a apresentar Deus como Tu. A nossa cumplicidade de 29 anos de melhor amizade também fala da relação com Deus. Sim, é de agradecer... e muito.
quinta-feira, 13 de setembro de 2018
O Que de Verdade Importa
[Secção boa publicidade] Estreia hoje “O que de verdade importa”. Tive a possibilidade de o ver na ante-estreia há uma semana. A delicadeza, o humor e a seriedade presente no filme, através da história de Alec e da comunidade à sua volta, ajudam a avivar o “curador” que há em nós. Curador na ajuda, no deixar-se transformar e aceitar quem é na contribuição de um mundo melhor. Paco Arango disse-nos que nos tornaríamos embaixadores do filme. E assim é, há que divulga-lo. Afinal, é o filme 100% solidário, em que a totalidade das receitas revertem para o IPO de Lisboa. ¡Muchas Gracias, Paco, por tu película! Vamos ao cinema?
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Breve oração em dia de começo de aulas
LookImaginary
Entre sono, curiosidade, felicidade, timidez e receios que as crianças e adolescentes trazem nos olhares e corações, agradeço-Te os seus talentos, os seus dons, os seus sonhos, os seus modos de ser únicos.
Que nós, educadores, sejamos capazes de os ajudar a crescer e a descobrir o mundo a partir de quem são, sem comparar capacidades, mas orientar para a colaboração na diferença.
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
Dia cheio
[Coisas na vida de um padre] O dia foi cheio de muito... e de bênção de mais um casal. Sinto-me privilegiado no testemunho destes momentos de tanto Encontro... e Amor.
quinta-feira, 6 de setembro de 2018
terça-feira, 4 de setembro de 2018
O Caminho
[Coisas na vida de um padre] Esta noite o João Delicado e eu estaremos à conversa sobre O Caminho ou peregrinações... de terra e de vida no Cine-Teatro Garrett, na Póvoa de Varzim.
segunda-feira, 3 de setembro de 2018
Breve oração [em início de ano lectivo]
Agradeço-Te os dons,
dirigidos aos passos de ensino, educando que não somos nem números, nem peças de uma máquina, mas seres que incorporam comunidades local e global.
Peço-Te a Luz,
para diante das sombras ser capaz de ver novas oportunidades.
domingo, 2 de setembro de 2018
Quem habitará no santuário?
REUTERS/Osservatore Romano
[Secção pensamentos soltos - um pouco mais longo] É fácil perceber que não é possível gostar, nem agradar a toda a gente. Quem o faz, em geral, está com dificuldades de lidar com o seu amor-próprio. Agradar toda a gente implica estar em constante anulação para se ajustar ao outro e assim evitar ao máximo, por exemplo, o conflito. O Papa Francisco quando percebeu que a Igreja necessitava de mudanças, não o fez por mero capricho. Só quem gosta de estar fechado em tradições mortas, que já não falam da vitalidade da fé, é que não percebe esse ar fresco, ao jeito do Espírito que sopra onde quer. E já se percebeu: se há coisa que Francisco não tem falta é de amor-próprio, daí que fala, silencia ou age conforme o que vai compreendendo ser, com o conhecimento que tem, o melhor para a Igreja ferida, bastante ferida. As feridas são visíveis. Perpetradas por membros que têm a responsabilidade de ligar o céu e a terra, mostram bem que se pode fazer muito mal. Aconteceu, e, infelizmente, em termos de consciência ainda acontece, com a maledicência, a segregação e acepção de pessoas, onde se julga que uns são impuros diante da pureza angelical de outros. Não é assim. “Não o que está no exterior, mas no interior é que torna o pensamento e a acção impura”, ouviu-se hoje no Evangelho. Nos meios eclesiais fala-se muito da necessária reflexão a ser feita. Sim, claro, com seriedade, tem de ser feita para detectar aquilo que não deveria acontecer em quem vive (mal ou de forma desajustada) a fé:
- jogos de poder e interesses;
- abusos de poder;
- sarcasmo;
- mentiras;
- usura;
- competições desgastantes para provar “dignidade”;
- a falta de noção e de respeito pela dimensão corporal e que, ainda mais, é rápida e exageradamente moralizada;
etc.
O Papa Francisco tem feito um enorme trabalho, na continuidade, sim, do Papa Bento XVI, de tornar a Igreja mais próxima do Evangelho, que salva e não passa a vida a condenar. No entanto, ainda há quem prefira a condenação, por exemplo, em grupos de facebook, messenger, whatsaap, nos quais é fácil, qual secretismo, destilar e segregar veneno, a partir de críticas negativas de uma posição monocolor da realidade. A verdade, como também vai dizendo de várias formas o Papa, é poliédrica, ou seja, é um conjunto de várias faces que se encontram no diálogo construtivo para um mundo melhor. Sem dúvida que o Salmo deste domingo (Sl 14[15]) é para ser rezado e entranhado:
Quem habitará, Senhor, no vosso santuário?
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.
Quem habitará, Senhor, no vosso santuário?
O que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante;
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que temem o Senhor.
Quem habitará, Senhor, no vosso santuário?
O que não falta ao juramento,
mesmo em seu prejuízo,
e não empresta dinheiro com usura,
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.
Subscrever:
Mensagens (Atom)