Estava à procura de umas coisas aqui pelo blogue e acabo por ler um ou outro texto mais antigo. Por exemplo, esta partilha que fiz de um dos momentos de oração de uns Exercícios Espirituais, que, por vários motivos, é tão actual para estes meus últimos dias: “Repito muitas vezes ‘misericórdia’, com o sentido de ‘entranhas mexidas’ com a dor, o sofrimento, do outro. Tenho receio de que de tanto repetir possa esvaziar a palavra, tal como acontece com ‘amor’. No entanto, tal como na dança a repetição do gesto, do movimento, é fundamental para o incorporar, também é necessário repetir os gestos de misericórdia. Deixar que se entranhe, incorpore o sentido da entrega, do amor ao próximo. Dito assim pode ser, ou pode entrar num voluntarismo. Aqui é uma questão, mais que de esforço, da prática de amor ao próximo a partir de Cristo. Imitar Cristo, não me comparar com Ele. Senhor, peço-te, ajuda-me a ‘con-figurar’ contigo. Não para ver se chego onde tu chegas… não é uma questão de comparação ou competição, mas de viver o amor ao próximo a partir do teu amor. É aí que vou percebendo o ‘passou fazendo o bem’ e o ‘levanta-te’ tantas vezes repetido a quem estava caído, desprezado, excluído e rejeitado, sem exigires nada, absolutamente nada, em troca.”
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário