Suzanne Rodrigues
[Secção final de férias] Isto do “ao sétimo dia descansou” tem muito que se lhe diga. Não só em fim-de-semana, independentemente de qual dia, como também em pousio final de época, há sagrado no restabelecer o curso das horas e das estações de corpo, onde se incluem todas as sua dimensões. É preciso desligar e, nesse tempo, simplesmente fazer nada. Houve momentos na praia em que contemplava Deus no mar. Sentia o silêncio crescer. Ainda vivia resquícios de tentação no formular palavras de agradecimento para aliviar o “tens-de-dizer-sempre-qualquer-coisa”. Sei de onde vêm, mas igualmente sei que faço caminho na contemplação deixando-me estar. E serenam-se as vozes, dando espaço ao silêncio. Terminaram estes dias. Já me encontro novamente em viagem.
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