Jing Wei
[Secção pensamentos soltos] Talvez pudesse escrever em duas frases ou três versos ou palavras, nessa ânsia de resumir o complexo, o que vai cá dentro. Talvez por ter parado ontem com Sísifo diante e hoje silenciado mais por aqui, no quarto, em leituras on-line e papel, sobre a “filosofia, como arte de pensar”. Junta-se a teoria com o acontecimento histórico e volto à pergunta: “quem é o ser humano?” Reconheço a faceta de certa ingenuidade por aqui, mas também esta escuta de belezas; de incoerências; de hipocrisias; de motivações de vidas; de “este aqui não é para trabalhar, é para cuidar”, dizendo um pai, humilde de vida, de trabalho e de história, com carinho, sobre um filho com deficiência; de brilhos de olhar de alunos com sede de conhecimento e de ternura, alguns na sua agressividade nada mais fazem que chamar a atenção. “Pergunto-me: não podia aperceber-me sozinho de que existo? Parece que não. Parece que é preciso que seja outra pessoa a avisar.”, como escreveu Erri de Luca, no romance “Montedidio”. É isso, precisamos de muita agitação de alma, coordenada com movimentos que se entregam à força da terra. No silêncio da minha oração, entrego tudo a Deus. Entre[ ]tanto, sigo em caminho de encontro… e assim escrevo numa frase em resumo do complexo do que vai cá dentro.
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