Duarte Melo - diante do impactante altar em talha na belíssima Igreja dos Jesuítas em Ponta Delgada
[Notas soltas a terminar o Dia de Santo Inácio de Loiola] Ao longo do dia foi-me ecoando como as nossas decisões podem marcar parte da humanidade. A maioria das vezes a pequena escala, mas algumas, como aconteceu com Santo Inácio, a grande escala. Quer eu queira quer não, desde há uns anos até esta altura da minha vida, os meus dias pautam-se imbuídos pela espiritualidade que emanou deste homem, a partir da sua existência e relação com Deus. Isto é forte: somos marcados pelas existências e decisões uns dos outros.
Sinto-me muito agradecido por Santo Inácio. Sinto-me muito agradecido por ter fundado a Companhia de Jesus. Sinto-me muito agradecido pelos Exercícios Espirituais. Sinto-me muito agradecido pelos meus Companheiros. Sinto-me muito agradecido por todas as pessoas que conheci como jesuíta.
Conta-se que Inácio, já mais no final da vida, quando passeava, dizia que até das flores ouvia Deus, fazendo juz a uma das suas máximas: encontrar Deus em todas as coisas. Se se abre o coração à liberdade interior, começa-se a ver a realidade de forma renovada. E as nossas decisões, desde aí, poderão ser transformadoras de mundo. E a ser, que sejam para o amor.
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