João Almeida
[Secção celebração de vida] 8 anos de padre, celebro hoje. Recordo a sensação de estranheza que durou algum tempo quando me dava conta de ser padre. Ia na rua, a passear, parava: sou mesmo padre. Passei a sê-lo há 8 anos. Naturalmente já me está mais entranhado na consciência. Ainda assim, continuo a aprender a viver esse acontecimento que me mudou a vida.
Sinto grande responsabilidade. É um desafio ser padre na actualidade. Estamos em tempos de muitas mudanças, na sociedade e na Igreja. Daí que o primeiro olhar, como padre, tenha de ser para Deus, feito alimento, a dar vida. Não é por acaso que nas intenções antes do momento da consagração da ordenação seja recordado de forma especial a Eucaristia e a Reconciliação. Aí, na humildade de toda a vida, em luz e sombra, deixamos que Ele nos mostre o caminho de escuta, de acolhimento, de serviço, a promover a paz. Na oração há pouco, precisamente onde diante do mar decidi ser jesuíta e padre, recordava-me inacabado e o quanto tenho de estar atento aos desajustes do poder que me foi conferido. É exigente a liberdade. Quando reconcilio em Seu nome, percebo mais um pouco do meu caminho de reconciliação, sobretudo com as subtis pontas soltas que impedem a existência densa de amor. Afinal, quero o amor em crescendo e em profundidade.
Sim,
sinto-me feliz e realizado na vocação.
E também agradeço a tantas pessoas que, com mais, menos ou nenhuma consciência disso, me ajudam neste caminho de paternidade espiritual.
Peço-Te
Atravessa-me de Ti
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