[Breves notas muito pessoais, com letras verdes] Nestes dias tenho dito e escrito mais vezes
gosto muito de ti.
Mas acabo por lutar contra os meus desajustes de ego que atazanam: que exagero, nem gostas mesmo da pessoa, apenas para ficar bem, lá estás armado em ser iluminado, queres que te lembre os pensamentos opostos?, de que adianta isso, lá te estás a armar em santo, ainda vão achar que estás com intenções dúbias. Vale-me saber que estamos carregados de lixo emocional, de julgamentos moralistas incutidos, também em inconsciente colectivo, que nos leva a muitas vezes não dar o passo do bem, mesmo na simplicidade do gosto muito de ti, por medos, muitos medos, que provocam tantos conflitos internos e relacionais.
Tenho levado tudo à oração. Quando digo tudo, é mesmo tudo o que sinto. Fazê-lo tem sido uma aprendizagem ao longo dos anos. E é maravilhoso sentir a leveza de Deus que é o grande exagerado na promoção do Bem, que até tinha o discípulo predilecto, sem por isso gostar menos dos outros, de saber que as palavras e gestos de carinho adiantam. E, no caso de ambiguidades, que sim habitam-me, olho-as de frente para perceber a raíz disso mesmo, para curar ou tirar em reconciliação.
A reconciliação que desejo para o mundo começa em mim. Não podendo ir ter com Vladimir Putin e dar-lhe um abraço superior a 5 minutos, para acalmar a sua raiva, além de lhe enviar luz na oração, posso contribuir para que as pessoas se sintam amadas na simplicidade do
gosto muito de ti.
Sentindo-nos amados, somos capazes de amar mais, sobretudo os que sofrem. E nesse amor, em consciência, que se afasta de qualquer aproveitamento da desgraça alheia, cada qual percebe de coração o que pode fazer, livre de julgamentos ou comparação: na oração, no contributo em dinheiro e/ou géneros, no voluntariado, no acolhimento.
Sejamos Luz. Sejamos Amor. Sejamos Paz.
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