quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Raízes



[Secção coisas de nada] Achei fascinante andar por um caminho de raízes. Altivas, fortes, imensas, entrelaçadas, numa comunicação de vida. Parava. Observava. Imaginava as minhas raízes, das mais longas no tempo, às recentes: familiares, espirituais, existenciais de experiências vividas. O interessante: as raízes não se podam. Não podemos arrancar o nosso passado. O que se viveu está lá. No acompanhamento vou fazendo perguntas para ir o mais ao fundo possível do sentir, do concreto do que se viveu, para se perceber, por exemplo, onde é a raiz do sofrimento. Não se podendo arrancar, é possível curar. E nessa cura, ela fortalece e pode dar mais força e serenidade ao tronco e aos ramos. Estes últimos, sim, podem ser podados, direccionando futuro, em flores ou frutos bons.

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