sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Riso em oração



[Secção conversas soltas em tempo de pandemia] - P. Paulo, sou uma pessoa que gosta tanto de rir, mas no meio de tanta desgraça é falta de respeito. 

- Há vários tipos de riso. 

- Sim, sei, mas seja qual for, sinto-me estranha. Os mortos, os hospitalizados, os profissionais a dar no duro e nós a rir por qualquer motivo.

- Lá vem o moralismo entranhado, com o “muito riso, pouco siso”. Uma coisa é gozar, em atitude de desrespeito, outra é permitirmos que o humor nos ajude a suavizar a vida. O humor também é sinal de amor. E é natural nos momentos mais tensos sentirmos a vontade de rir. Há a sabedoria de corpo: libertam-se hormonas que ajudam a suavizar a tensão e assim a pensar melhor. Quando lhe der vontade de rir, torne oração o riso e a gargalhada. Ao fazê-lo está a libertar hormonas espirituais para o corpo social. Todos ganhamos. Há tanto a agradecer aos bons humoristas que nos ajudam a viver com mais suavidade os dramas da vida. 

- Ai, P. Paulo, tanto muda com uma boa gargalhada. Isso, vamos dar amor, saúde, vida ao mundo pela boa-disposição e alegria.


[A todos os humoristas que trazem humanidade a estes tempos pela gargalhada, obrigado! Que recebam de volta a dobrar a luz, a vida e amor que transmitem.]


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