[Secção coisas de nada] A rever fotografias reparei neste candeeiro de um café em Madrid. Parece um eclipse. Dos desafios que temos é abraçar a sombra. Escrito assim parece fácil. Somos educados ao bom comportamento, a fazer tudo direitinho, muitas vezes em exigências a colmatar frustrações de outros ou agradar fantasmas de tempos passados. Mas, a verdadeira educação consiste no amor. Daí sai a generosidade, o gesto de ajuda ao outro ser sem imposições. Para isso, é necessário atravessar esse lugares sombrios da própria existência amando-os. Amar a sombra não significa amar o mal. É tomar consciência de que não somos todo-poderosos, havendo em nós a possibilidade de ferir. Nem temos o direito de abusar de ninguém. E a luz acontece. Ilumina a compaixão. Sente-se a leveza da liberdade, de nada impor. Recordo que quando o vi estava com uma grande amiga. Falávamos de transfiguração.
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