Carla Gomes
[Coisas na vida de um padre em isolamento voluntário] Há sete anos, neste dia, fui ordenado diácono. Dia bonito e intenso, aquele. Dias, não tão bonitos, mas intensos, os de agora. Ainda assim, somos chamados a tentar viver o máximo de serenidade possível. Em casa, claro. (NINGUÉM SAI, a não ser por necessidade fundamental!) Estive a ambientar-me à cozinha da Casa da Torre, já que a qualquer momento há que assumir este serviço. Com humor e vida. Nas “stories” chamavam-me o “chef Paulo Chakall Duarte.” Tomara eu chegar-lhe aos calcanhares na cozinha, mas já deu para rirmos. Uma boa gargalhada liberta endorfinas e serotonina, fortalecendo o sistema imunitário. Vêm tempos duros, não nos enganemos. Mas, que sejam vividos em tempo novo, que já o é na História. Na cozinha, na capela ou no quarto, nos momentos de silêncio, rezo de forma especial por quem tem de trabalhar, pelos doentes, pelos familiares, pelos sem-abrigo e pelos refugiados. Sejamos capazes de dar vida uns aos outros.
Também nessa linha de dar vida, em especial para estes tempos de estar em casa, os jesuítas em Portugal apresentamos o “Ponto de Abastecimento”. Podem espreitar aqui: https://pontosj.pt/especial/isto-vai-ser-uma-maratona/
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