[Secção pensamentos soltos em dia de Natal] Fazer um longo-curso de autocarro dá para pensar, rezar, escrever, dormir, ver um filme, responder mensagens. Os meus últimos Natais sempre foram assim, em viagem. Faz-me muito sentido: o nascer é dinâmico, é movimento, é abertura para caminhos de expansão. Deus, em Natal, continua a saída de si e integrar a humanidade, com tudo, excepto o que não seja amor límpido. Manifesta-se, isso sim, onde quer. Acabo de ver “Dois Papas” de Fernando Meirelles. Deus, pelo menos para mim, manifestou-se. Que filme tão interessante com belíssimas interpretações. O que mais me ressalta é a beleza de se ser humano, para além das vestes e funções. A história pessoal marcada pela densidade das escolhas, em contextos de grande complexidade. Quando se abrange a visão da realidade reconhece-se o porquê de evitar julgamentos rápidos e a possibilidade da complementariedade na(s) mudança(s). O que a Igreja precisa é de continuar a viver Natal: a colaboração que nos leva a Deus. Ele, apesar de tudo, foi o primeiro a querer colaborar connosco. É o que celebramos hoje: céu e terra profundamente unidos. É o que somos convidados a viver: a mudança que este nascer provocou e continua a provocar em profundo amor. Sigo na viagem por esse caminho.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
Em dia de Natal: Dois Papas
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