Fotograma do filme Dez Mandamentos.
[Secção pensamentos soltos] Sempre que paro no livro do Êxodo, nomeadamente na passagem dos Mandamentos divinos, recordo o épico filme de 1956, dirigido por Cecil B. DeMille. Nalgumas tardes, sozinho em casa, deixava correr a VHS do filme, com risquinhas de gasta. As quatro horas de filme preenchiam-me as medidas. As imagens que ainda tenho do resgate de Moisés no rio, do encontro na Sarça Ardente, do confronto com o Faraó e as muitas pragas, do Povo a ser liberto, da famosa travessia pelo Mar Vermelho enxuto, do dedo divino a escrever nas tábuas as orientações de liberdade surgem-me a partir das do filme. Nem sonhava que mais tarde iria estudar a riqueza teológica destas passagens. Os mandamentos são pensados a partir da liberdade. Há muitas coisas que oprimem, que impedem a liberdade, às quais damos mais destaque e peso do que imaginamos. A liberdade implica travessias. Não é um automatismo. Atravessar feridas da história, medos e animosidades nas relações familiares e profissionais é um processo de libertação a ser vivido com muita verdade consigo próprio. O mais fácil é criarmos deuses que abafam esse caminho de autenticidade: o deus Agora-Não, o Agora-Não-Tenho-Tempo, o Ah-Isso-Não-É-Comigo, o Isso-É-Coisa-de-Fracos. Depois, há ainda os deuses dourados: a deusa Comparação, o deus Falta-de-Agradecimento, o deus Poder, o deus Dinheiro. Mais do que a grandiosidade da travessia do Mar Vermelho, há que abrir os braços e viver aa Travessia da nossa Vida, também em momentos de deserto, para encontrar a liberdade.
Bom dia.bem verdade criamos tantos Deuses(falsos)à nossa volta e esquecemos o Deus verdadeiro ;Esse que nos oferece tranquilidade, paz e serenidade ;e nos momentos de deserto da nossa vida nos guia no caminho do Amor.Boa semana.
ResponderEliminarObrigado. Boa semana!
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