A vida a ser observada por um aluno de 9.º ano
[Aula com alunos de 9.º ano] Há alguns dias: “Stôr, quando vamos ao bosque?” “Como podem ver, o tempo não está para bosque.” Hoje, acordei, abro a janela e… céu aberto, sem qualquer previsão de chuva. Pensei logo neles. Aula no bosque. Antes de lá chegarmos, já bastante animados, surge o central da aula:
- Estamos a trabalhar a dignidade. Hoje vamos observar o exterior. Peço-vos silêncio e observem. Quando somos mais pequenos, desenhamos e pintamos o céu de azul, as nuvens de branco, o sol de amarelo, as árvores de verde, os troncos castanhos. Mas, à medida que vamos crescendo, há muitos tons de cores e conforme se está mais escuro ou claro no dia, essas cores são mais vivas ou mais pálidas. Observem. […] Então? Que viram?
- É imenso. As gotas de orvalho.
- Cores. Tantas folhas de cores diferentes
- Pormenores nos troncos. Os raios de sol.
[etc. etc….]
- Já repararam que o mesmo se passa connosco. Sejamos nós ou alguém, pode(mos)-nos marcar com “és inteligente”, “és burro(a)”, “és fraquinho”, “não sou bom(a) a matemática ou a inglês ou seja-lá-o-que-for”, “és top”, … pois, ficamos marcados e temos, ora que corresponder a expectativas, ora que nos resignar… Não, cada um de nós é mais que uma marca. Nós somos seres humanos, em que há muito a acontecer no nosso interior. Tal como o exterior é uma variedade de tons, visuais e sonoros, também nós passamos por muito e é preciso aprender a lidar com esses movimentos todos. Se não somos bons nisto, de certo que seremos naquilo. Mesmo que a minha inteligência esteja mais estimulada, há que fazer caminho no processo, a não acomodar-me, seguir no continuar a descobrir. Proposta de trabalho para casa: o que vi? o que observei? o que senti? como sinto e vivo o que me rodeia?
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