Ao colo da minha Mãe Maria a fitar algo, de forma atenta. Ou não. Pode ter sido o instante do clique.
As nossas mães são sempre as melhores do mundo. Naquele segredo de saberem o nosso sentir, por terem elas mesmo sentido nas entranhas o desenvolvimento de cada gesto que desperta vida em nascimento. Depois vem o quotidiano, na experiência de terem sido filhas e de quererem sonhar futuro com muitas histórias. Entre tensões e cuidados, raspanetes e abraços e beijos, os cordões umbilicais demoram a cortar. Será que alguma vez se cortam? Vêem-nos voar, por vezes em caminhos desconhecidos, guardando no silêncio o que não compreendem. Na escuridão, nossa, voltam sempre a mostrar o regaço. Apesar da saudade, quando notam o sorriso, em caminho feito de expansão de Luz, descansam. E entregam(-se). As nossas mães são sempre as melhores do mundo.
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