Foi tirada em Faro, há uns anos… vou buscá-la, por também ter estado com a Suzanne na apresentação do “Anunciações”
O dia foi intenso, entre conversas, partilhas e abraços. Muito gostam os meus alunos de abraços. ;) [Eles já conhecem a minha teologia… eheheh] Depois, o workshop. Terminou há pouco… com pedido de “parte II”. Para mim é fascinante ver, nem que seja no espaço de uma hora, as subtis mudanças nas pessoas na descoberta de corpo. Chego a casa e venho ver os mails. Há um que me fez emocionar, pela amizade tão bonita e forte, ainda mais no cuidado das palavras, nesse sentir de poeta… que fala e escreve de Anunciações. O livro é imenso e, apesar de impresso e selado, não terminou no coração de Maria Teresa Horta. Foi um privilégio e uma honra acompanhar o desenrolar de poema atrás de poema no encontro entre Maria e Gabriel. É um livro, à boa maneira de Maria Teresa, heterodoxo, abrindo à liberdade, com profundo respeito e sentir na interpretação desse acontecimento único, dando pluralidade ao anúncio que mudou a história da humanidade. A poesia de Maria Teresa Horta é de Corpo, é de Eros… e agora, nas Anunciações, com imensa força mística, daquela que Tolentino Mendonça, na apresentação, designou de “excesso para entender o excesso”. “Anunciações - um romance” é para saborear e voar, em voos de anjos que ganham corpo… também em
DANÇA
É como se nós os dois
dançássemos
o perdimento
Tu de rojo a meus pés
e eu erguida num ímpeto
a tentar turbar o tempo
As minhas mãos
a suster
e as tuas a empurrar
num mesmo gesto sedento
A entrega e a recusa
o corpo e o pensamento
Maria Teresa Horta
in, ”Anunciações”
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