Aaron Huey
No final da Missa, uma criança aproxima-se:
- P. Paulo, porque é que fecha os olhos tantas vezes durante a Missa? Está a dormir?
[Gargalhada minha]
- Sim, aproveito e faço pequenas sestas. Não sabias?
- Mas como é que consegue dormir e manter-se direitinho? É que às vezes está de pé.
[Outra gargalhada]
- Vá, eu conto a verdade. Fecha os olhos e sente a respiração. Só isso. Como te sentes?
- A acalmar.
- Agora imagina que alguém muito especial está a abraçar-te. [Surge um sorriso suave] Então?
- É bom.
- Por ser padre, nalguns momentos tenho de falar de forma especial em nome de Jesus, então, por ser grande a responsabilidade, eu fecho os olhos, e, ora estou à escuta, ora agradeço a presença dele na minha vida. Depois, imagino-o a dar-me um abraço e a dizer-me: ama. E é isso mesmo: é bom, por isso faço-o muitas vezes. Tu também podes fazer.
- Mas eu não vou falar em nome de Jesus.
- Pois, na Missa, como eu, não vais, tens razão. Mas, na vida, no dia-a-dia, quando acreditamos em Jesus, os nossos gestos de carinho e amizade falam muito dele. Por isso é que, sempre que quisermos, podemos fechar os olhos e imaginar o abraço de Jesus. E assim estamos também a rezar.
- AHHH, [com grande sorriso], descobri!! O P. Paulo, passa a Missa a rezar! No próximo domingo também vou fechar os olhos.
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