Inicialmente publicado no iMissio ... e que, apesar de ter sido escrito ontem, tem maior impacto com os acontecimentos de hoje.
Esta Semana faz-me sempre viver especial silêncio. Não é o silêncio de estar calado. Ainda há reuniões, conversas, preparações de Tríduo Pascal. Não é o silêncio de nada ouvir. As palavras e os gestos falam em cada dia desta Semana. É aquele silêncio habitado pela densidade dos acontecimentos que levam à passagem da morte à vida. Não é “apenas” Cristo que se entrega, é o actualizar da Paixão por esse mundo fora, em injustiças, em histórias mal contadas, em perseguições, em violência gratuita, em humilhações de tantos homens, mulheres e crianças. O silêncio desta semana faz reviver gritos de quem não tem voz, de pessoas abandonadas na sua existência porque são diferentes do que se estabelece como normal. O que é o normal? Ou melhor, o que é a verdade? Pergunta que ecoa… tendo silêncio como resposta.
Perde-se tempo. Perde-se o tempo. Com acessórios ruidosos, tentando justificar a força do desamor. Há que ler e reler o Evangelho, como ampliação das 24 horas mais explicadas da vida de Jesus. Percebo o desconforto. Afinal, também O condeno por ser tão autêntico, por não desejar combater o mal com igual mal. Percebe-se que escândalo da cruz não é a cruz, mas o rasgar de tudo o que impeça ver Deus face-a-face. Esse olhar, que comoveu Pedro negador, ilumina cada recanto do ser e amplia o horizonte de mim mesmo, criatura sempre amada. Só diante dessa luz abraço a possibilidade de renovar-me e ser participante desse caminho de Paz. É preciso silêncio para escutar a entrega do Espírito. Ninguém fica de fora. E o mundo continua nas dores de parto. Em caminho para a grande passagem.
Esta Semana faz-me sempre viver especial silêncio. Não é o silêncio de estar calado. Ainda há reuniões, conversas, preparações de Tríduo Pascal. Não é o silêncio de nada ouvir. As palavras e os gestos falam em cada dia desta Semana. É aquele silêncio habitado pela densidade dos acontecimentos que levam à passagem da morte à vida. Não é “apenas” Cristo que se entrega, é o actualizar da Paixão por esse mundo fora, em injustiças, em histórias mal contadas, em perseguições, em violência gratuita, em humilhações de tantos homens, mulheres e crianças. O silêncio desta semana faz reviver gritos de quem não tem voz, de pessoas abandonadas na sua existência porque são diferentes do que se estabelece como normal. O que é o normal? Ou melhor, o que é a verdade? Pergunta que ecoa… tendo silêncio como resposta.
Perde-se tempo. Perde-se o tempo. Com acessórios ruidosos, tentando justificar a força do desamor. Há que ler e reler o Evangelho, como ampliação das 24 horas mais explicadas da vida de Jesus. Percebo o desconforto. Afinal, também O condeno por ser tão autêntico, por não desejar combater o mal com igual mal. Percebe-se que escândalo da cruz não é a cruz, mas o rasgar de tudo o que impeça ver Deus face-a-face. Esse olhar, que comoveu Pedro negador, ilumina cada recanto do ser e amplia o horizonte de mim mesmo, criatura sempre amada. Só diante dessa luz abraço a possibilidade de renovar-me e ser participante desse caminho de Paz. É preciso silêncio para escutar a entrega do Espírito. Ninguém fica de fora. E o mundo continua nas dores de parto. Em caminho para a grande passagem.
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