domingo, 11 de janeiro de 2015

Paris saiu à rua contra o terrorismo



Paris saiu à rua. Literalmente. Já no metro apercebia-me que ía muita gente à marcha contra o terrorismo. Com o medo no ar, pois uma ou outra estação de metro acaba por fechar devido a um “Coli suspect”. Pode ser esquecimento, mas, infelizmente, há pessoas que brincam com a situação, como a senhora francesa que gritou do hotel da EuroDisney que era Haya [a mulher co-autora do 2.ª ataque em Paris], que levou à evacuação de todo o parque. Seja como for, esta também seria uma marcha contra o medo. Já se viu que estava muita gente. Foi bonito de ver a dignidade, entre o silêncio e as palmas, de todas as pessoas. Novos, velhos, famílias, estrangeiros de muitas nacionalidades, ateus e crentes (entre judeus, muçulmanos e cristãos) davam rosto à humanidade. Nos momentos mais silenciosos, rezei pela paz e, além das 17 aqui em Paris, rezei pelas cerca de 2000 pessoas que foram igualmente assassinadas na Nigéria pelos radicais terroristas Boko Haram, que não se coibe de fazer mulheres e crianças de bombas. Recordei também as que morreram em Tripoli, Líbano, em ataque terrorista. Não posso pedir apenas pela paz no cantinho onde estou ou quero estar confortável. Se hoje se juntaram milhão e meio de rostos que dão forma à humanidade, biliões de outros estão por esse mundo a desejar a mesma paz. Esperemos que se façam as devidas reflexões sobre todos estes acontecimentos, pondo de lado interesses económicos e de poder. Já no final, quando me aproximava de Nation, aconteceu algo para mim muito simbólico. Esta manifestações são lugar de encontro de humanidade, pois bem, no meio de tanta gente vivo o encontro com o Denis e o Rafael, dois grandes amigos. Foi simbólico, pois também é isto que quero promover na minha vida: encontros e abraços de paz. 






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