Martin Klimas
[Secção outros tons]
O tempo
nem sempre é sincronizado.
Havendo tempo para tudo,
também o há para desmontar
a linearidade lógica das coisas.
Abrem-se as portas e os umbrais,
derrubando as mesas,
desordenando o caos,
estabelecendo a harmonia
do novo olhar.
Ovelhas e pombos já não justificam os pobres,
os bois regressam para lavrar a terra,
a misericórdia não é feita dos seus sangues.
Ainda há quem diga que é loucura,
loucura escandalosa
para quem tudo quer acertado
em modos que segregam.
Já não são moedas, poder ou jogos,
actividades de distâncias
- sociais, religiosas, políticas -
que abrem a passagem
para o novo Templo
em Corpo.
É o rosto
do novo olhar
desnivelado.
Eis o sinal.
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