Mirco Balboni
Sei que o síndrome da 2.ª-feira aparece. Não apetece trabalhar. Não apetece arrancar. Ainda mais quando o frio dos problemas, das chatices, das dores, apela à lareira, ao aquecedor ou à manta de almas, desejando ficar na cama, como refúgio, em leituras intermináveis de livros ou de mim, permanecendo no mundo aparentemente perfeito. Se isso acontecer, convido a pensar na constatação existencial, para além de qualquer mérito pessoal: “sou, podendo não ter sido. Sou alguém com possibilidades.” Mesmo que o caminho se apresente difícil, tome-se o descanso necessário, para de seguida dar os passos de avançar, de aceitar, de integrar. Pedindo ajuda, num chá, numa conversa, a cantar uma música, ou em silêncio acompanhado, sempre que tal fizer sentido.
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