Lance McMillan
Num grupo de adolescentes que acompanho, para falarmos na capacidade de escutar, em especial o outro, comecei com um exercício de escuta de vários tipos de música. Enquanto ouviam cada música teriam de escrever o que sentiam ou surgia ao pensamento. Da mesma música, como se esperava, houve vários comentários ou reacções. Propus de seguida que se pusessem de pé, de olhos fechados, e escutassem as mesmas músicas com o corpo. Sim, não se ficar apenas pelo ouvido, sentindo as vibrações da música a partir das mãos, pernas, braços, cabeça, etc. As reacções foram muito engraçadas, pela novidade que se abriu. Entre outras, uma das conclusões foi: interpretamos a realidade de maneira diferente, ao nosso modo, como é óbvio, mas, como vimos, da mesma surgem várias perspectivas. Por isso, antes de se fazer qualquer julgamento, há que ter muita atenção às “vibrações” que circundam. Depois de as receber, é conveniente parar, respirar fundo e pensar, evitando fazer juízos que podem ser prejudiciais ao outro e à própria pessoa que os faz.
Sem comentários:
Enviar um comentário