Soneto comido
[Coisas extra-quotidianas em Paris ou coisas na vida de um padre] Fui ao teatro ver “By heart” de Tiago Rodrigues. A peça tem como pano de fundo a avó Cândida. Sabendo-se a ficar cega, pediu ao Tiago que escolhesse um livro para aprendê-lo de cor e assim poder lê-lo mentalmente quando deixasse de ver. Na folha de sala: “lancei-me numa viagem. Uma viagem literária e labiríntica que, ainda hoje, continua”. O actor chama 10 espectadores, à sorte. Lancei-me. A peça deu-me que pensar. Havendo momentos de humor inesperado, nisto de ser(mos) português(es). No final, os 10 comemos, literalmente, o soneto de Shakespeare que fomos convidados a saber “by heart”, “par cœur”, de cor. Não o comi todo e até são curiosas as palavras que ficaram. De seguida, fui ter com estudantes que iam de peregrinação de Notre-Dame de Paris até à Basílica do Sacré Cœur. Amanhã, na crónica no IMissio (por tudo isto acabar por estar ligado com a da semana passada), desenvolverei um pouco mais.
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