terça-feira, 2 de setembro de 2014

O brinco perdido



Não fosse o plural, diria que teria sido a Rapariga a perdê-lo. Não seria modelado em lágrima, mas de certo provocou a comoção, quando num passar de mão pelo cabelo sentiu o silêncio no gesto junto à orelha. Percebe-se ser especial: de herança ou de oferta de amor? Nem todos os valores se reduzem ao económico. Há peças, obras, objectos que não têm preço. Apenas o valor único e especial de terem sido invisivelmente gravados com nomes, datas e locais guardados na memória… ou recordação. O papel enrugado segreda que já havia dias que ali estava, em anúncio esperançoso. Já foi há umas semanas que o vi. Ainda assim, algumas histórias passam-me pelo pensamento. Seja como for, espero que se encontre o que pode estar perdido. 

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