Ly Hoang Long
Ontem recordei uma conversa muito importante para mim. Não sei precisar o dia, mas sei que passaram alguns meses depois de começar a voar como Comissário. “Paulo, que se passa? Porquê esse ‘nariz empinado’?”, pergunta-me a Suzanne. Por vários motivos, estava a seguir por um caminho de superioridade que, de todo, não me caracterizava. O que é certo é que estava a seguir. Porque recordei esta conversa ontem? Pelas mais de mil partilhas feitas pelo facebook [será que se pode considerar “viral”? ;) ], muita gente leu a minha “breve” história vocacional, de relação com Deus, publicada no Folha de Domingo. Tive bastantes comentários e mensagens, a agradecer e a celebrar a ordenação que aí vem. Como dizia há dias, mexe por dentro, surge o nervosismo: a minha vida é e será de partilha. “Humildade” ressoou-me na cabeça e no coração ao longo do dia, quando via os vários pedidos de amizade e as partilhas da notícia a aumentarem. É fácil resvalar para o mau orgulho de “sou mesmo bom”… pondo-me num pedestal. Estes anos de formação deram-me campainhas interiores para recordar: “Paulo, não percas o sentido do dom de Deus. Sente-te reconhecido e agradecido por ele. Que bom que a tua vida pode ser exemplo e meio para que as pessoas possam conhecer Jesus, a quem tentas seguir. Mas, liberta-te dos interesses do mundo. Não és melhor, nem pior que ninguém. Não és superior a ninguém. Sabes bem que Jesus, a quem queres imitar, lavou os pés.” Depois, quando me deitei, lembrei-me desta partilha: "Tentações e flatulência"
Humildade: com esta palavra acabei o dia de ontem, agradecido a Deus e tanta gente que me ajuda a ser quem sou, em especial à formação que recebo na Companhia de Jesus... e, claro, com uma boa gargalhada. :D
:D
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