Saiu da sala. Sentou-se num banco do jardim sem ninguém. Há lágrimas que não podem ser públicas. Toda a vida ouviu: “homem que é homem não chora”. Nem se atrevia sequer ao direito da emoção da raiva, do ódio com que se lhe apresentava o destino traçado da (in)sensibilidade. Sem esperar enfrentou a mentira, essa que o queriam marcar a ferros. Acompanhei-o com o olhar. Lá, naquele banco, lia(-se) e enrolava-se: medo, vergonha, força… liberdade. Uma após outra… densas de tanto… caiam. Permitiu que me aproximasse. Nem uma só palavra entre os dois. Apenas a presença que desmascara a solidão.
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