sexta-feira, 9 de março de 2012

7 anos d’o.insecto






O 7 guarda o misterioso significado de plenitude. 
Os 7 dias da criação, as 7 cores do arco-íris e as 7 notas musicais são apenas alguns exemplos da presença deste número denso e o que o mesmo pode evocar. O que pode parecer um fechamento, a plenitude, também pode ser visto como um tempo de reflexão. 
Este blog começou há 7 anos. 
A partir de uma sana inveja e manifestando o contentamento de ter um blog, o Pedro Rapoula deu início a’o.insecto. A partir daí foi um continuo partilhar. Primeiro a solo, depois juntando mais vozes. O tiago card, o Morgado Louro, a Moura, a Azul Comum, o João Mattos e Silva e eu. Estas vozes foram configurando a variedade deste blog. Falou-se de política, design, dança, poesia, música, desabafos, citações, desporto em geral e futebol em particular, teologia, filosofia, reflexão mais espiritual e/ou humana. Não posso esquecer os muitos convidados especiais que por aqui passaram, sobretudo quando manifestaram o seu carinho aquando dos 3 anos (outro número igualmente denso) d’o.insecto
Hoje sou eu que deixo o meu pensar sobre estes 7 anos. Afinal, tenho sido quem mais publica nestes últimos tempos. Já me dizem: “vi o teu blog”. Mesmo sendo ultimamente mais meu do que propriamente nosso, atendendo à sua realidade colectiva continuo a dizer o “blog onde participo”. Gosto desta imagem da participação. Participar é estar, é fazer parte de. Quem me conhece, sabe a importância que dou ao tema da relação humana. Recordando o que escrevi aqui pela primeira vez, em simplicidade disse que queria viver uma experiência de reciprocidade em caminho. Assim, considero-me parte de um projecto que, apesar das muitas mudanças, tem as marcas de uma história da colaboração de muitos, de forma especial do fundador. Pensemos, por exemplo, no nome do blog e no grafismo que se mantêm, para que de algum modo, sem que seja de forma saudosista ansiando pelo regresso ao jeito sebastianista, fique a boa recordação da presença do Pedro, com os seus escritos e sensibilidade.
O dia de aniversário condensa o tempo, a história. Recorda-se o passado, dando corpo aos desejos, aos projectos, aos sonhos. Nestes 7 anos podemos falar mais do que de plenitude (não me parece que o.insecto tenha culminado a sua voz), de um tempo de viragem. Não esquecendo que é um blog colectivo, e assim gostaria que continuasse, quero continuar a escrever e a partilhar ao meu estilo. Não escondo que por vezes me sinto meio perdido, afinal, a plenitude mesmo que tocada pelo 7, não está alcançada. Por isso, sigo em aprendizagem... em conversão, manifestando-a no que aqui vou deixando. 
Sim, a experiência da conversão é um ponto de viragem. Na conversão, por mais pequena ou forte que seja, a plenitude é tocada. Como que um encontro onde é revelado um novo conhecimento da realidade. Obviamente, esse conhecimento não é (e ainda bem) total. Bem vivido impele a outros conhecimentos, até mesmo a uma mudança e a um novo olhar sobre a realidade. A amplitude do conhecimento aprofunda a sabedoria, baixando as defesas, acolhendo mais, permitindo que se faça a justa selecção do que verdadeiramente importa, até a uma nova conversão... até à plenitude completa.
Não posso deixar de agradecer de forma especial a alguns amigos bloguistas que, junto à minha história e meus acontecimentos quotidianos, me inspiram, fazem pensar, “desinstalam-me”, no melhor sentido do termo: o João Delicado,sj no Ver para além do Olhar, o José Ricardo Costa no Ponteiros Parados, a Laura Abreu Cravo no A Alma Conservadora, os meus companheiros sj filósofos no Companhia dos Filósofos, a Ivone Costa no A Ronda dos Dias, o Nuno Delicado no bulicenas, o Nuno Branco,sj e José Maria Brito,sj no Toques de Deus, o Alfaiate n’ O Alfaiate Lisboeta, o José Barbosa Borges no Um Kaddish por Portugal, a Laurinda Alves no A substância da vida e muitos dos que escrevem no Delito de Opinião e no Escrever é triste.
Felicitar o.insecto é felicitar a cada uma e a cada um que lhe deu e dá corpo: em escritas, em inspirações e em leituras. É isto: Parabéns!

10 comentários:

  1. Pedro Rapoula11:03

    Abraço grande, meu amigo!

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  2. Enhorabuena!!! :)
    Abrazo!
    Deli.

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  3. Pedro, um forte abraço também para ti...

    João, ¡¡muchas gracias!! ¡Abrazo fuerte! ;)

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  4. Chrgo tarde, claro, mas aqui fica um grnade abraço de parabéns. Sete anos de blogsfera é obra.

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  5. Obrigado pela referência, Paulo.

    Também é necessário um mínimo de sete pessoas para poder ser rezado um Kaddish. Ou sete mestres para fazer uma sessão justa e perfeita.

    Parabéns pelo caminho e força para o continuar.

    Abraço fraterno

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  6. Ivone, muito obrigado.
    Sim, sete anos é obra e passam muito rapidamente. E que venham outros sete. :)
    Um abraço!

    José,
    a tradição hebraica tem tanto para ensinar... Cada vez estou mais encantando com os textos do Antigo Testamento e outros da época, que não foram introduzidos no cânon.
    Muito obrigado!!
    Um abraço!

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  7. João Mattos e Silva20:01

    Sete anos de blog é obra! Os meus parabéns também.

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  8. João, muito obrigado!
    Não podemos esquecer muito do seu contributo também nestes anos.
    Um abraço!

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  9. Os meus (atrasados) parabéns por estes 7 anos. E venham mais 7. Já agora, 70x7 :)

    Um abraço,

    JR

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  10. JR,

    Não vêm com atraso... Consta que as grandes celebrações não se ficam por um dia.

    Mais 7? Bem, quem sabe até 70x7, sim... :)

    Um grande abraço!! :)

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