"Twilight Dreams of a Papilio Demouleus (5)" de Clang
(Versión en español en los comentarios)
Job respondeu ao Senhor e disse: «Sei que podes tudo e que nada te é impossível. Quem é que obscurece assim o desígnio divino, com palavras sem sentido? De facto, eu falei de coisas que não entendia, de maravilhas que superavam o meu saber. Eu dizia: 'Escuta-me, deixa-me falar! Vou interrogar-te e Tu me responderás.' Os meus ouvidos tinham ouvido falar de ti, mas agora vêem-te os meus próprios olhos. Por isso, retracto-me e consolo-me, cobrindo-me de pó e de cinza.»
No princípio buscava
o meu rosto no teu nome.
Calcorreando caminhos
de subidas e vales,
em silêncios do alto
e escuridão do abismo.
Em espelhos de pedra
tentava desenhar os meus contornos
pensando para mim conhecer-te
e não ter dúvidas.
E continuei, ainda assim,
a pôr estradas nesses passos.
Será que te encontrarei?
Na tempestade do deserto
perco a orientação:
mudam as questões ou intensificam-se.
Como o anoitecer
sem estrelas,
escuto o silêncio
de uma nova abertura.
Tenho de esperar,
dar outro sentido à história.
Mesmo em razão:
Não esquecerei o caminho feito,
marcas das entranhas,
no chão desfeitas,
no coração delineadas
com o cinzel de carne.
[Job 42, 1-6]
ResponderEliminarJob respondió al Señor, diciendo: Yo sé que tú lo puedes todo y que ningún proyecto es irrealizable para ti. Sí, yo hablaba sin entender, de maravillas que me sobrepasan y que ignoro. «Escucha, déjame hablar; yo te interrogaré y tú me instruirás». Yo te conocía sólo de oídas, pero ahora te han visto mis ojos. Por eso me retracto, y me consuelo en el polvo y la ceniza.
En el principio buscaba
mi rostro con tu nombre.
Recorriendo caminos
de subidas y valles,
en silencios del alto
y oscuridades del abismo.
En espejos de piedra
intentaba dibujar mis contornos
pensando en mi conocerte
y no tener dudas.
Y he continuado, aún así,
a poner estrada en esos pasos.
¿Será que te encontraré?
En la tormenta del desierto
pierdo la orientación:
cambian las cuestiones o se intensifican.
Como el anochecer,
sin estrellas,
escucho el silencio
de una nueva apertura.
Tengo que esperar,
dar otro sentido a la historia.
Mismo en razón:
No olvidaré el camino hecho,
marcas de las entrañas,
en el suelo deshechas,
en el corazón delineadas
con cincel de carne.
"...a pôr estradas nesses passos"!
ResponderEliminar