Eu estou a fazer algo novo, já está a germinar: não estão a notar?
Isaías 43, 19
Tenho andado às voltas com as questões da humanidade e da desumanidade. A ténue linha que separa o que posso contribuir para dar relevo a que alguém viva o sentido do humano em si, independentemente da sua (des)crença pessoal ou comunitária.
O Advento mostra-me a existência do desejo em ir mais fundo na ponte a construir entre várias margens. O desafio de entrar no mundo, no concreto da realidade, sem fazer um prévio julgamento e deixar-me entranhar pelo pulsar do que se passa no quotidiano. Tomar o que me acontece como graça, dando espaço a esse germinar, já em evolução. É o desafio. Sim, é o desafio do acreditar. Não me conformar com imagens feitas e fazer caminho, nesta espera em cada segundo de um (re)nascer de Deus.
Quero que germine e nasça, na fragilidade desse momento silencioso, numa gruta, envolvido em panos: aí está o Humano e o Divino!
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