Não está em causa a derrota. Há uma dose de sofrimento por termos perdido, mas não é por aí, é pela forma e pelo impacte. As penalidades, o falhanço na marcação e a tristeza espelhada na cara dos jogadores (primeiro o grande Polga, depois Liedson e no fim Izmailov). Espalhou-se como uma epidemia por todo o lado, houve alcool e drogas em excesso para compensar o desaire, não da derrota, mas daqueles 11 metros de horror. É difícil admitir, nem nós mesmos temos já confiança na equipa, a marcar penaltis. Não o fazer seria estúpido e mascarar o erro. Paulo Bento errou, é extraordinário a dar força e oportunidades aos jogadores, mas há um momento em que temos de saber dizer não, ele não o soube fazer. Esta final fica manchada por um problema crónico. Por tudo, continuaremos a regressar a casa e apoiar os bravos.
Notas breves:
(1) É notório que Mourinho está por trás do Setubal;
(2) O Sporting estava refém de duas tácticas contrárias: tinha de marcar e defender-se muito bem dos impetos velocistas do Setúbal (Polga esteve extraodinário a defender). Se na primeira esteve exemplar, o ataque perdia-se na malha fechada da defesa do Setúbal, com médios recuados a ajudarem a barreira;
(3) Vukcevic depois da lesão ainda não recuperou a garra;
(4) Liedson apesar de ser um combatente nato, esteve longe de si mesmo;
(6) Miguel Veloso parece a sombra de Peter Pan, quando dele se perde;
(7) Romagnoli, Izmailov e Moutinho, também eles acusaram cansaço.
(8) Fomos melhores e foi o Sporting a querer sempre resolver o jogo, só por este factor mereciamos ter ganho, no entanto, é justa a vitória do Setúbal, e se dúvidas houvessem, Eduardo o guarda-redes, vai retirar o lugar ao assustador Ricardo na selecção.
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