domingo, 9 de março de 2008

José Pedro Costa e Silva* para O.Insecto (Especial 3º Aniversário)

Agradecendo o amável convite para colaborar no aniversário d’O Insecto, lanço-me numa previsão política para o próximo ano. Sim, minhas senhoras e meus senhores, estamos a dar início ao ano d’O Insecto.
A previsão será partido a partido, culminando no Governo. Como estará o PS, o PCP, o PSD, o Bloco de Esquerda e o CDS quando O Insecto completar o seu quarto aniversário? E o Governo?
Ora, à esquerda, o PCP vai arrumar mais trinta ou quarenta camaradas inconvenientes. Aliás, será formada uma associação de comunistas escorraçados, liderada por Pinto Coelho, que entretanto admite uma cozinheira guineense e depois de ser enfeitiçado por africanos pitéus, abandona o PNR e ingressa no PCP; sendo expulso duas horas depois, por usar camisolas de gola em bico e fumar cigarrilhas nos corredores da Soeiro Pereira Gomes.
O PSD vai deixar de ter dois líderes e chega a 2009 com três. Ribau Esteves debutará no Outono e consegue, por incrível que pareça e num movimento que fica na história da ciência política, arranjar espaço entre Santana Lopes e Luís Filipe Menezes.
No Bloco de Esquerda os acontecimentos serão mais discretos, excluindo um tiroteio na sede, que terá lugar depois duma disputa pelo lugar rotativo no Parlamento azedar. Francisco Louçã apanha uma bala perdida, mas felizmente fica alojada no blusão de penas que usa nas manifestações.
Depois de chamar todos os portugueses ao Parlamento, o CDS entra em depressão. Nem um mini arraial no Largo do Caldas anima os deputados, que ameaçam pôr termo aos mandatos se Portas não fizer nada.
O Partido Socialista chega ao próximo aniversário d’O Insecto dividido em dois. De um lado vão estar os apoiantes de Sócrates, do outro, um conjunto de pessoas desagradáveis. Sendo que as pessoas desagradáveis vão desaparecer durante uma visita às minas da Panasqueira, organizada pela secretaria-geral do partido, que tem como ponto alto uma experiência pirotécnica inédita.
Esta é a previsão para os partidos políticos. Vejamos o Governo.
Haverá remodelações. José Sócrates substituirá Manuel Pinho por um desenho animado, argumentando que custa menos dinheiro e que o efeito é o mesmo. Nas Obras Públicas, Mário Lino será substituído pelo próprio LNEC.
No plano social, os portugueses terão mais plasmas e menos filhos. A média será 2,1 plasmas por lar e 0,5 filhos por bairro.
Durante este ano d’O Insecto, os impostos vão baixar e não é por causa das eleições. É por causa de… De… É impossível prever. Nesta altura, não é possível prever uma razão para baixar os impostos que não seja assédio eleitoral.
Um abraço a’O Insecto. Parabéns!



José Pedro Costa e Silva* é jurista e autor do blog Lobi do Chá

1 comentário:

  1. Anónimo00:01

    Grande prazer JCS, em lê-lo por estes lados, um abraço.

    Pedro Navarreta

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