A MAGIA DA DANÇA
Se me perguntassem como tem sido a minha vida profissional eu diria sem hesitar: uma sucessão de muitos momentos de magia – únicos e irrepetíveis.
Acontece magia quando descobrimos que o nosso corpo fala, se exprime, transmite e sobretudo comunica e encanta.
Acontece magia quando descobrimos que aquela criança à nossa frente, com um brilho especial no olhar, irá também ela viver inesquecíveis momentos de magia.
Aconteceu magia quando cheguei à Companhia Nacional de Bailado e encontrei alunos meus formados pela Escola de Dança do Conservatório Nacional (onde passei trinta anos da minha vida como professora e directora) apresentando-se como profissionais competentes, dedicados e criativos.
Senti, pois, ao longo da vida, muitos momentos dessa magia que me foi tocando.
Se me perguntassem se poderia isolar um único desses momentos, como se ele sozinho pudesse simbolizar o deslumbramento de uma vida realizada, escolheria a subida à cena de“ Pedro e Inês “, de Olga Roriz, dançado no Teatro Camões, que então se desenhava como Teatro/Casa da Dança.
Um teatro esgotado, um público jovem, de pé, aplaudindo longamente. E magia aconteceu ali, aconteceu no palco, aconteceu no público, aconteceu naquela obra, que renovou e fará perdurar na memória colectiva uma história de amor tão nossa.
Só através da arte se consegue uma corrente de força e de energia que percorre todos e os transporta a outra dimensão.
Se me perguntassem, eu ficaria a pensar que sou uma pessoa feliz porque teria que hesitar. Houve outros momentos mágicos, sem dúvida. Como quando Pina Bausch aceitou associar-se ao 30º aniversário da CNB e, mais uma vez, o Teatro Camões se levantou numa onda única, à volta daquela figura incontornável do mundo da dança contemporânea. Pina Bausch escreveu, num livro que me ofereceu, que o projecto Teatro Camões/Teatro da Dança era único na Europa, e por esse projecto nos felicitou.
Parabéns de Pina Bausch?!! Foi energia e simultaneamente orgulho.
Em cada um desses momentos mágicos vividos através da dança, senti que valeu a pena e, só por isso, sinto-me uma pessoa privilegiada e feliz.
As luzes do Teatro Camões apagaram-se. Acabaram com o projecto... Mas espero que a magia ainda lá esteja, e que um dia muitos voltem a senti-la ali, naquele espaço magnífico que agora ficou sem alma. Até quando?
Se me perguntassem como tem sido a minha vida profissional eu diria sem hesitar: uma sucessão de muitos momentos de magia – únicos e irrepetíveis.
Acontece magia quando descobrimos que o nosso corpo fala, se exprime, transmite e sobretudo comunica e encanta.
Acontece magia quando descobrimos que aquela criança à nossa frente, com um brilho especial no olhar, irá também ela viver inesquecíveis momentos de magia.
Aconteceu magia quando cheguei à Companhia Nacional de Bailado e encontrei alunos meus formados pela Escola de Dança do Conservatório Nacional (onde passei trinta anos da minha vida como professora e directora) apresentando-se como profissionais competentes, dedicados e criativos.
Senti, pois, ao longo da vida, muitos momentos dessa magia que me foi tocando.
Se me perguntassem se poderia isolar um único desses momentos, como se ele sozinho pudesse simbolizar o deslumbramento de uma vida realizada, escolheria a subida à cena de“ Pedro e Inês “, de Olga Roriz, dançado no Teatro Camões, que então se desenhava como Teatro/Casa da Dança.
Um teatro esgotado, um público jovem, de pé, aplaudindo longamente. E magia aconteceu ali, aconteceu no palco, aconteceu no público, aconteceu naquela obra, que renovou e fará perdurar na memória colectiva uma história de amor tão nossa.
Só através da arte se consegue uma corrente de força e de energia que percorre todos e os transporta a outra dimensão.
Se me perguntassem, eu ficaria a pensar que sou uma pessoa feliz porque teria que hesitar. Houve outros momentos mágicos, sem dúvida. Como quando Pina Bausch aceitou associar-se ao 30º aniversário da CNB e, mais uma vez, o Teatro Camões se levantou numa onda única, à volta daquela figura incontornável do mundo da dança contemporânea. Pina Bausch escreveu, num livro que me ofereceu, que o projecto Teatro Camões/Teatro da Dança era único na Europa, e por esse projecto nos felicitou.
Parabéns de Pina Bausch?!! Foi energia e simultaneamente orgulho.
Em cada um desses momentos mágicos vividos através da dança, senti que valeu a pena e, só por isso, sinto-me uma pessoa privilegiada e feliz.
As luzes do Teatro Camões apagaram-se. Acabaram com o projecto... Mas espero que a magia ainda lá esteja, e que um dia muitos voltem a senti-la ali, naquele espaço magnífico que agora ficou sem alma. Até quando?
*Ana Pereira Caldas foi, até ao ano passado, Directora da Companhia Nacional de Bailado e grande responsável pelo sucesso do Teatro Camões enquanto espaço priveligiado da Dança em Portugal
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