terça-feira, 29 de março de 2022

Sobre perguntas


[Secção pensamentos soltos com letras verdes] Estive a assistir ao Consultório do Amor da sexóloga Tânia Graça. Gosto de a ouvir, nas suas explicações mais direccionadas para a sexualidade. Para as minhas reflexões, sinto necessidade de sair das bolhas de conhecimento e ouvir outras perspectivas. Daí saem sínteses de aprendizagem, que humanizam. 


Às tantas, Tânia diz que é uma mulher que gosta de questionar, sendo para ela algo importante o de pôr as coisas em questão. Como comentário, deixei a frase das letras verdes. Um dos fundamentos da Filosofia é a pergunta. É preciso perder medo à pergunta. A meu ver é mesmo de grande densidade espiritual. Se não pergunto o que está para lá do lugar, fico estanque, não me ponho a caminho. Atenção, até pode ser uma opção ficar. E há que respeitar. O que quero dizer é que a pergunta alavanca movimento, dinamismo, intelectual, espiritual e existencial. 


No evangelho de hoje, Jesus pergunta: Queres ser curado? Mostra claramente que, mesmo desejando fazer o bem, não se quer impor. A pergunta é caminho de liberdade, para mim, para o outro, para a vida. Depois, no caminho, ir percepcionando as respostas. De forma adulta, com humildade de não sermos absolutos, integrá-las no crescimento. Isto de sermos inacabados é maravilhoso. Estamos em descoberta. Que seja para nos humanizarmos, mais e mais. Como? Respondendo cada pessoa, por exemplo, a duas simples perguntas: Quem sou? Como estou?


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